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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Cultura Material e Modernidade



CULTURA MATERIAL E MODERNIDADE.
 Conforme se impunham as dificuldades e adversidades pelo caminho, o homem lançou mão de estratégias, mecanismos, estruturas a fim de assegurar sua sobrevivência, reprodução e felicidade. O Homo Sapiens (homem que sabe) foi também o homo artifex (homem artista), ou seja, inventor, engenhoso, criativo, que reuniu cada vez mais inteligência, artifícios e tecnologias (GANDILLAC, 1995).
 Para o antropólogo Edward Burnett Tylor (1832-1917), cultura seria o “todo complexo que inclui conhecimentos, crença, arte, moral, leis, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade” (TYLOR, 1920).

NO MEIO RURAL – JETHRO TULL E A MÁQUINA DE SEMEAR
 Em 1708, o agricultor inglês Jethro Tull (1674-1741), inventa a primeira máquina de semear, puxada a cavalo. Esta invenção facilita o cultivo, tornando-se a matriz base para as inovações subsequentes desse gênero. Jethro é considerado o Pai da Agricultura científica.
 Pode-se acrescentar à técnica e máquina de Jethro Tull, o afolhamento trienal, esterroamento regular, multiplicações das fundições, arados de ferro e com rodas, a invenção da ferradura, das braçadeiras de atrelagem, o jugo frontal, a substituição dos pavimentos romanos rígidos por um sistema elástico de calçamento de estradas, implantação de moinhos de vento e moinhos d’água como responsáveis por modernizar a produção no interior dos campos (GANDILLAC, 1995).




NOS ESPAÇOS URBANOS
 Ao mesmo tempo em que os viajantes traziam do Oriente o algarismo arábico, o astrolábio e a pólvora, desenvolveu-se a arte e o uso do vidro, a fabricação de lentes e lunetas, a cartografia, a construção de relógios automáticos, a indústria do papel, e logo depois o leme de grandes profundidades que possibilitou a realização de viagens marítimas cada vez mais longas (GANDILLAC, 1995).
 Por outro lado, a invenção da máquina a vapor (testada desde o século XVII), funcionou como um mecanismo acelerador de outras mudanças e transformações, como a máquina de costura (1855), a dinamite (1866), a máquina de escrever (1868), o aço (1868), a tabela periódica (1869), o telefone (1876), a lâmpada elétrica (1879), o rádio (1888) e o dirigível (1900).


 Ao passo que houve um aprimoramento técnico e acúmulo de invenções, ocorrem também migrações de grandes levas de pessoas rumo às cidades, que por sua vez forçaram o processo de fim da servidão no trabalho.
 Na esfera social às atividades econômicas e financeiras, ocorreu o aparecimento de dois novos atores: o empresário capitalista, que concentrou as máquinas, as terras e as ferramentas de trabalho; e o proletariado, que foi submetido à severa disciplina e precisava realizar o controle sobre a produção.
 Através de alianças com outros grupos sociais, a burguesia passou a dominar os setores manufatureiro e comercial, se tornando em pouco tempo a categoria econômica mais importante, assumindo o poder político a partir da Revolução Francesa, em 1789.
 As invenções e inovações, no campo da técnica, somadas às mudanças políticas sociais favorecem o desenrolar da modernidade, noção de mundo como máquina (CAPRA, 1982).
 As máquinas foram utilizadas nas atividades de uso e domínio da natureza, a aplicação da química à indústria e á agricultura, a navegação, o transporte através das ferrovias, as comunicações através do telegrafo, o funcionamento dos moinhos e irrigação com a canalização dos rios, entre outros.
 Ao longo da Idade Média a impressora foi responsável por potencializar o alcance e a divulgação do conhecimento e da ciência
REFERÊNCIAS
FOCHI, Graciela Márcia. Cultura e sociedade na modernidade. Indaial: Uniasselvi, 2013.
GANDILLAC, Maurice de. Gêneses da modernidade. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995.
CAPRA, Fritjof. O ponto de mutação. São Paulo: Ed. Pensamento/Cultrix, 1982. ADORNO, Theodor W.
IMAGENS:

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