CULTURA
MATERIAL E MODERNIDADE.
Conforme se impunham as dificuldades e
adversidades pelo caminho, o homem lançou mão de estratégias, mecanismos,
estruturas a fim de assegurar sua sobrevivência, reprodução e felicidade. O Homo Sapiens
(homem que sabe) foi também o homo artifex (homem artista), ou seja,
inventor, engenhoso, criativo, que reuniu cada vez mais inteligência,
artifícios e tecnologias (GANDILLAC, 1995).
Para o antropólogo Edward Burnett Tylor
(1832-1917), cultura seria o “todo complexo que inclui conhecimentos, crença,
arte, moral, leis, costumes e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos
pelo homem como membro da sociedade” (TYLOR, 1920).
NO
MEIO RURAL – JETHRO TULL E A MÁQUINA DE SEMEAR
Em 1708, o agricultor inglês Jethro Tull
(1674-1741), inventa a primeira máquina de semear, puxada a cavalo. Esta invenção
facilita o cultivo, tornando-se a matriz base para as inovações subsequentes
desse gênero. Jethro é considerado o Pai da Agricultura científica.
Pode-se acrescentar à técnica e máquina de
Jethro Tull, o afolhamento trienal, esterroamento regular, multiplicações das
fundições, arados de ferro e com rodas, a invenção da ferradura, das
braçadeiras de atrelagem, o jugo frontal, a substituição dos pavimentos romanos
rígidos por um sistema elástico de calçamento de estradas, implantação de
moinhos de vento e moinhos d’água como responsáveis por modernizar a produção
no interior dos campos (GANDILLAC, 1995).
Ao mesmo tempo em que os viajantes traziam do
Oriente o algarismo arábico, o astrolábio e a pólvora, desenvolveu-se a arte e
o uso do vidro, a fabricação de lentes e lunetas, a cartografia, a construção
de relógios automáticos, a indústria do papel, e logo depois o leme de grandes
profundidades que possibilitou a realização de viagens marítimas cada vez mais
longas (GANDILLAC, 1995).
Por outro lado, a invenção da máquina a vapor
(testada desde o século XVII), funcionou como um mecanismo acelerador de outras
mudanças e transformações, como a máquina de costura (1855), a dinamite (1866),
a máquina de escrever (1868), o aço (1868), a tabela periódica (1869), o
telefone (1876), a lâmpada elétrica (1879), o rádio (1888) e o dirigível
(1900).
Ao passo que houve um aprimoramento técnico e
acúmulo de invenções, ocorrem também migrações de grandes levas de pessoas rumo
às cidades, que por sua vez forçaram o processo de fim da servidão no trabalho.
Na esfera social às atividades econômicas e
financeiras, ocorreu o aparecimento de dois novos atores: o empresário capitalista,
que concentrou as máquinas, as terras e as ferramentas de trabalho; e o
proletariado, que foi submetido à severa disciplina e precisava realizar o
controle sobre a produção.
Através de alianças com outros grupos sociais,
a burguesia passou a dominar os setores manufatureiro e comercial, se tornando
em pouco tempo a categoria econômica mais importante, assumindo o poder
político a partir da Revolução Francesa, em 1789.
As invenções e inovações, no campo da técnica,
somadas às mudanças políticas sociais favorecem o desenrolar da modernidade,
noção de mundo como máquina (CAPRA, 1982).
As máquinas foram utilizadas nas atividades de
uso e domínio da natureza, a aplicação da química à indústria e á agricultura,
a navegação, o transporte através das ferrovias, as comunicações através do
telegrafo, o funcionamento dos moinhos e irrigação com a canalização dos rios,
entre outros.
Ao longo da Idade Média a impressora foi
responsável por potencializar o alcance e a divulgação do conhecimento e da
ciência
REFERÊNCIAS
FOCHI,
Graciela Márcia. Cultura e sociedade na
modernidade. Indaial: Uniasselvi, 2013.
GANDILLAC, Maurice de. Gêneses da modernidade. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995.
CAPRA, Fritjof. O ponto de
mutação. São Paulo: Ed. Pensamento/Cultrix, 1982. ADORNO, Theodor W.
IMAGENS:
Moinho1
- https://evolucaoenergiaeolica.files.wordpress.com/2012/06/moinho-de-vento_1856_1024x768.jpg
D’água1
- http://i.imgur.com/8gen9rA.jpg
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