A
EXPEDIÇÃO DE MARTIM AFONSO DE SOUZA E AS CAPITANIAS HEREDITÁRIAS
Era necessário
colonizar para não perder a terra! Portugal tinha consciência disso, pois as
nações europeias não aceitavam o Tratado de Tordesilhas, que afirmava que
Portugal e Espanha eram os únicos donos das terras da América. A colonização
visava-se, através do povoamento, preservar aposse já então disputada pelos
corsários holandeses, ingleses e franceses.
Martim
Afonso de Souza
A expedição de Martim
Afonso de Souza teve outros fatores, além destes:
·
O comércio como Oriente entrou em
declínio devido aos custos elevados, além da concorrência com franceses,
ingleses e espanhóis;
·
Portugal necessitava de novas
alternativas para aumentar os lucros;
·
A esperança de descobrir metais
preciosos nas terras brasileiras (como os espanhóis nas terras do Peru e
México).
Portugal
organizou a primeira grande expedição colonizadora destinada ao Brasil,
comandada pelo fidalgo Martim Afonso de Souza.
A
EXPEDIÇÃO COLONIZADORA
Era composta por 5
navios e uma tripulação de cerca de 400 pessoas. Partiu de Lisboa em dezembro
de 1530, seu objetivo era iniciar a colonização do Brasil, combater os
corsários estrangeiros, procurar ouro e fazer um maior reconhecimento
geográfico de nosso litoral.
Em 22 de janeiro de 1532,
Martim Afonso fundou a primeira vila do Brasil, a Vila de São Vicente, iniciou
o plantio de cana-de-açúcar. Um ano após o plantio das primeiras mudas,
instalou-se o primeiro engenho de açúcar do Brasil.
CAPITANIAS
HEREDITÁRIAS
O reino português não possuía
recursos para colonizar, e o mais importante fazer com que a colônia produzisse
lucros. A solução temporária veio com a fundação das Capitanias hereditárias,
transferindo assim a responsabilidade de povoar e colonizar para a iniciativa
particular dos futuros donatários (pessoas importantes indicadas pelo rei para
administrar as capitanias).
OS NOMES DO BRASIL
·
Pindorama (Nome
indígena);
·
Ilha de Vera
Cruz (1500);
·
Terra Nova
(1501);
·
Terra dos
Papagaios (1501);
·
Terra de Vera
Cruz (1503);
·
Terra de Santa
Cruz (1503);
·
Terra Santa Cruz
do Brasil (1505);
·
Terra do Brasil
(1505);
·
Brasil (a partir
de 1527).
Em 1534, o Brasil foi
dividido em 15 lotes de terras, administrados pelos donatários nomeados pelo
rei, que eram pessoas de razoável poder econômico, porém não eram nobres, pois
os nobres preferiam investir seus recursos na África ou na Índia. Nomeado pelo
rei, o donatário era a autoridade máxima dentro da capitania. Com a morte do
donatário, a administração da capitania passava para seus filhos, por isso, Capitanias
Hereditárias.
A instalação de
engenhos de açúcar e de moinhos de água e o uso de depósitos de sal dependiam
do pagamento de direitos; parte dos tributos devidos à Coroa pela exploração de
pau-brasil, de metais preciosos e de derivados da pesca cabiam também aos
capitães-donatários. Do ponto de vista administrativo, eles tinham o monopólio
da justiça, autorização para fundar vilas, doar sesmarias, alistar colonos para
fins militares e formar milícias sob seu comando.
Apesar de todo o
“esforço” das capitanias hereditárias apenas duas floresceram, são elas: São Vicente e Pernambuco. As outras
fracassaram logo nos primeiros anos, ou pela falta de recursos, ou por ataques
de índios, ou pelo desinteresse do próprio donatário.
O florescimento das
capitanias de Pernambuco e São Vicente esteve sempre associado ao cultivo da
cana-de-açúcar ou caça ao índio, pois os vicentinos passaram a vender a mão de
obra escrava índia para as demais regiões do Brasil.
Diversamente do que
ocorreu na América do Norte, ou mesmo na América Espanhola, os colonizadores
que aqui foram se estabelecendo vieram não para refazer suas vidas nos mesmos
moldes que em seu país de origem, mas para fazer fortuna, procurando extrair o
máximo tanto da natureza como dos que trabalhavam no menor tempo possível.
Enriquecer o mais depressa possível pela exploração dos recursos naturais
disponíveis e do trabalho alheio em bases servis, mediante trabalho escravo,
primeiro dos povos indígenas da região e depois dos africanos. Aos poucos, em
função da falência e do abandono, as capitanias foram sendo retomadas pela
Coroa, sendo que as mesmas desapareceram definitivamente na segunda metade do
século XVII.
REFERÊNCIAS
SOUZA,
Evandro José. SAYÃO, Thiago Juliano. História
do Brasil colonial. Indaial: Uniasselvi. 2011.
IMAGENS
Martim
Afonso de Souza: http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2013/05/Martim-Afonso-de-Souza.jpg
Capitanias:
https://historiaprimeiroanoblasallesp.files.wordpress.com/2015/11/df0e2-capitaniasportoseguro.jpg
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