FUNDAÇÃO
DE SÃO PAULO E OS BANDEIRANTES
FUNDAÇÃO
DE SÃO PAULO
Segundo Eduardo Bueno
(2004) São Paulo teve vários nascimentos:
·
O primeiro com João Ramalho entre 1510 e
1515;
·
O segundo foi obra do fidalgo Martim
Afonso de Souza em 1532;
·
O terceiro por iniciativa do padre
Leonardo Nunes, responsável pelo estabelecimento da capela de Santo André de
Borba do Campo, em 1550;
·
O quarto, consagrado pela historiografia
clássica, concretizou-se com a missa rezada pelos jesuítas, em 25 de janeiro de
1554, no pátio do Colégio, e por fim;
·
O quinto, e definitivo, ocorreu em 1560,
quando os moradores de Santo André se transferiram para Piratininga, onde até
então não existia uma vila, e muito menos uma cidade, mas tão somente o pequeno
colégio e igreja dos Jesuítas.
A fundação da cidade
representou uma alternativa de colonização, necessariamente não baseada na
monocultura da cana-de-açúcar, o que predominou foram as andanças dos
bandeirantes e a caça ao índio.
São Paulo possuía
posição geográfica privilegiada que facilitava o contato com outras regiões do
Brasil. A partir do planalto paulista, o viajante poderia alcançar o sul, o
centro-oeste e o nordeste. O rio Tietê
fez de São Paulo um centro privilegiado, pois o mesmo corria em direção ao
interior. Esse rio era uma verdadeira hidrovia, que facilitava a penetração dos
bandeirantes em direção ao Sertão, convertiam para São Paulo diversas rotas
sertanistas:
·
O caminho do Vale do Paraíba, que levava
ás “Minas Gerais”;
·
O Caminho do Sul, que levava às missões
Jesuíticas;
·
Os caminhos do norte que levavam até
Goiás;
·
O caminho fluvial do Tietê que levava em
direção a Cuiabá;
·
O caminho do mar que levava em direção
norte e sul.
São Paulo foi o primeiro centro urbano a se
encontrar afastado do litoral. O paulista era fruto da mistura do branco com o
índio, pois esse fator fez do bandeirante paulista uma pessoa altamente
adaptada para as grandes expedições de colonização.
OS
BANDEIRANTES
O bandeirante era uma
figura “rude”, mistura do branco com o índio (mameluco), que soube se adaptar
muito bem à lida dos sertões. O bandeirante foi responsável por ampliar os
limites do Tratado de Tordesilhas, pelo achamento de metais preciosos nos
sertões, a partir de sua inciativa, diversos povoados e vilas foram fundados em
várias regiões do Brasil.
Eles eram ”Piratas do Sertão”, perambulavam pelos
atalhos, pelos planaltos e pelas planícies armados até os dentes, com seus sons
de guerra e suas bandeiras desfraldadas. Eram grupos paramilitares rasgando a
mata e caçando homens. São tidos como os principais responsáveis pela expansão
territorial do Brasil.
Nas primeiras 3 décadas do século XVII, os
bandeirantes mataram ou escravizaram cerca de 500 mil índios, sem falar que
destruíram mais de 50 reduções Jesuíticas. Eles enfrentaram os Reis de Portugal
e Espanha, além do próprio Papa. Transformaram sua capital, São Paulo em um dos
maiores centros do escravismo indígena de todo o continente e fizeram dela uma
cidade sem lei, reino de terror, ganância e miséria. E também o polo a partir
do qual todo o sul do Brasil pôde crescer e se desenvolver.
São Paulo foi uma
cidade que nasceu pobre, mas resolveu essa situação a partir da ação do
bandeirante. O paulista descobriu a escravidão do índio como sua principal fonte
de riqueza.
A escravidão dos índios
reduzidos nas missões jesuíticas era ilegal, porém os paulistas não respeitavam
essa regra. Foram os paulistas que destruíram os chamados “sete povos das
missões”, no Rio Grande do Sul. Reduções jesuíticas famosas pelas belas
construções e a difusão da cultura entre os índios, incentivada pela dedicação e
ensino dos padres jesuítas.
Porém, também foram os
bandeirantes os primeiros a achar pedras preciosas no interior do Brasil. A
coroa portuguesa passou a enviar cartas régias incentivando os bandeirantes a
organizarem expedições com o intuito de encontrarem ouro. As primeiras
expedições foram organizadas ainda no século XVI, porém o sucesso só viria a
acontecer no século XVII.
REFERÊNCIAS
SOUZA,
Evandro José. SAYÃO, Thiago Juliano. História
do Brasil colonial. Indaial: Uniasselvi. 2011.
IMAGENS
Expedições
bandeirantes: http://image.slidesharecdn.com/brasilcolnia-unioibricaatbandeiras-121018174915-phpapp02/95/brasil-colnia-unio-ibrica-at-bandeiras-10-638.jpg?cb=1350582617
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