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quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

A Fundação de São Paulo e os Bandeirantes



FUNDAÇÃO DE SÃO PAULO E OS BANDEIRANTES
FUNDAÇÃO DE SÃO PAULO

Segundo Eduardo Bueno (2004) São Paulo teve vários nascimentos:
·         O primeiro com João Ramalho entre 1510 e 1515;
·         O segundo foi obra do fidalgo Martim Afonso de Souza em 1532;
·         O terceiro por iniciativa do padre Leonardo Nunes, responsável pelo estabelecimento da capela de Santo André de Borba do Campo, em 1550;
·         O quarto, consagrado pela historiografia clássica, concretizou-se com a missa rezada pelos jesuítas, em 25 de janeiro de 1554, no pátio do Colégio, e por fim;
·         O quinto, e definitivo, ocorreu em 1560, quando os moradores de Santo André se transferiram para Piratininga, onde até então não existia uma vila, e muito menos uma cidade, mas tão somente o pequeno colégio e igreja dos Jesuítas.

A fundação da cidade representou uma alternativa de colonização, necessariamente não baseada na monocultura da cana-de-açúcar, o que predominou foram as andanças dos bandeirantes e a caça ao índio.
São Paulo possuía posição geográfica privilegiada que facilitava o contato com outras regiões do Brasil. A partir do planalto paulista, o viajante poderia alcançar o sul, o centro-oeste e o nordeste. O rio Tietê fez de São Paulo um centro privilegiado, pois o mesmo corria em direção ao interior. Esse rio era uma verdadeira hidrovia, que facilitava a penetração dos bandeirantes em direção ao Sertão, convertiam para São Paulo diversas rotas sertanistas:
·         O caminho do Vale do Paraíba, que levava ás “Minas Gerais”;
·         O Caminho do Sul, que levava às missões Jesuíticas;
·         Os caminhos do norte que levavam até Goiás;
·         O caminho fluvial do Tietê que levava em direção a Cuiabá;
·         O caminho do mar que levava em direção norte e sul.

 São Paulo foi o primeiro centro urbano a se encontrar afastado do litoral. O paulista era fruto da mistura do branco com o índio, pois esse fator fez do bandeirante paulista uma pessoa altamente adaptada para as grandes expedições de colonização.

OS BANDEIRANTES

O bandeirante era uma figura “rude”, mistura do branco com o índio (mameluco), que soube se adaptar muito bem à lida dos sertões. O bandeirante foi responsável por ampliar os limites do Tratado de Tordesilhas, pelo achamento de metais preciosos nos sertões, a partir de sua inciativa, diversos povoados e vilas foram fundados em várias regiões do Brasil.
Eles eram ”Piratas do Sertão”, perambulavam pelos atalhos, pelos planaltos e pelas planícies armados até os dentes, com seus sons de guerra e suas bandeiras desfraldadas. Eram grupos paramilitares rasgando a mata e caçando homens. São tidos como os principais responsáveis pela expansão territorial do Brasil.
 Nas primeiras 3 décadas do século XVII, os bandeirantes mataram ou escravizaram cerca de 500 mil índios, sem falar que destruíram mais de 50 reduções Jesuíticas. Eles enfrentaram os Reis de Portugal e Espanha, além do próprio Papa. Transformaram sua capital, São Paulo em um dos maiores centros do escravismo indígena de todo o continente e fizeram dela uma cidade sem lei, reino de terror, ganância e miséria. E também o polo a partir do qual todo o sul do Brasil pôde crescer e se desenvolver.
São Paulo foi uma cidade que nasceu pobre, mas resolveu essa situação a partir da ação do bandeirante. O paulista descobriu a escravidão do índio como sua principal fonte de riqueza.
A escravidão dos índios reduzidos nas missões jesuíticas era ilegal, porém os paulistas não respeitavam essa regra. Foram os paulistas que destruíram os chamados “sete povos das missões”, no Rio Grande do Sul. Reduções jesuíticas famosas pelas belas construções e a difusão da cultura entre os índios, incentivada pela dedicação e ensino dos padres jesuítas.
Porém, também foram os bandeirantes os primeiros a achar pedras preciosas no interior do Brasil. A coroa portuguesa passou a enviar cartas régias incentivando os bandeirantes a organizarem expedições com o intuito de encontrarem ouro. As primeiras expedições foram organizadas ainda no século XVI, porém o sucesso só viria a acontecer no século XVII.


REFERÊNCIAS
SOUZA, Evandro José. SAYÃO, Thiago Juliano. História do Brasil colonial. Indaial: Uniasselvi. 2011.

IMAGENS
Expedições bandeirantes: http://image.slidesharecdn.com/brasilcolnia-unioibricaatbandeiras-121018174915-phpapp02/95/brasil-colnia-unio-ibrica-at-bandeiras-10-638.jpg?cb=1350582617

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