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segunda-feira, 21 de agosto de 2017

A Crise de 1929 "A Grande Depressão"

CRISE DE 1929 A GRANDE DEPRESSÃO

ASCENÇÃO DOS EUA NO CAPITALISMO
Durante a Primeira Guerra Mundial, a economia norte-americana estava em pleno desenvolvimento. As indústrias dos EUA produziam e exportavam em grandes quantidades, principalmente, para os países europeus. Após a guerra o quadro não mudou, pois os países europeus estavam voltados para a reconstrução das indústrias e cidades, necessitando manter suas importações, principalmente dos EUA. Além das fábricas de automóveis, os EUA também eram os maiores produtores de aço, comida enlatada, máquinas, petróleo, carvão....
Porém essa prosperidade mascarava a miséria, o racismo, a discriminação social, enquanto o falso moralismo criava a lei seca e lançava as bases para a gestação da criminalidade institucionalizada do gangsterismo profissional. Nos anos 1920 entrou em vigor a “Lei Seca” (1919) que proibia a produção e o consumo de bebidas alcoólicas. Essa lei serviria como medida de repressão e controle social, porém teve um efeito inverso. Incentivou o crime organizado e a prostituição. A intolerância aos estrangeiros também foi um fator presente na sociedade norte-americana daquele período. Os americanos temiam perder os postos de trabalho para os imigrantes europeus.
Nos 10 anos seguintes, a economia norte-americana continuava crescendo causando euforia entre os empresários. Foi nessa época que surgiu a famosa expressão “American Way of Life” (Modo de Vida Americano). O mundo invejava o estilo de vida dos americanos.
A década de 20 ficou conhecida como os “Loucos Anos 20”. O consumo aumentou, a indústria criava, a todo instante, bens de consumo, clubes e boates viviam cheios e o cinema tornou-se uma grande diversão.
Sendo assim, os EUA, ao tempo que conseguiam uma produção econômica muito grande, pois tinham compradores dentro e fora do país, também estimulavam a oferta de crédito pra estes compradores, bem como a política de aumento salarial para empregados. Entretanto, sempre quando havia um período de pequena recessão, isto é: decréscimo na produção econômica, o governo intervinha no mercado aplicando mais crédito (dinheiro e títulos da Bolsa de Valores) para reparar os danos.
Os anos 20 foram realmente uma grande festa! Nessa época, as ações estavam valorizadas por causa da euforia econômica. Esse crescimento econômico (também conhecido como o “Grande Boom”) era artificial e aparente, portanto logo se desfez.
A medida de expansão de crédito tornava as taxas de juros artificiais, sem lastro (não tinham o valor em ouro) com as reservas de crédito reais, que eram ancoradas na poupança. Os investidores que tinham ações na Bolsa de Valores de Nova Iorque recebiam um sinal falso da expansão de crédito e, consequentemente, acabavam por ampliar os seus negócios, aumentar salários, e investir ainda mais. Este processo gerou uma “bolha inflacionária”, pois, em 1929, chegou um momento em que não se podia mais esconder o caráter artificial da expansão econômica: havia muito dinheiro emitido circulando, mas sem valor real com a produção.

De 1920 até 1929, os americanos iludidos com essa prosperidade aparente, compraram várias ações em diversas empresas.

FIM DA ILUSÃO INICIO DA CRISE
Com a diminuição das exportações para a Europa, as indústrias norte-americanas começaram a aumentar os estoques de produtos, pois já não conseguiam mais vender como antes, formou-se um excedente de produção agrícola nos EUA, principalmente de trigo, que não encontrava comprador, interna ou externamente. A indústria americana cresceu muito; porém, o poder aquisitivo da população não acompanhava esse crescimento. Aumentava o número de indústrias e diminuía o de compradores. Em pouco tempo, várias delas faliram. Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte-americanos tinham investimentos nestas ações.


Governo passou a exercer arrochado controle sobre os preços e os salários, além de promover aumento de impostos. Isso agravou a recessão e, em 24 de outubro de 1929, houve a chamada “quinta-feira negra”, caracterizada pela queda vertical das ações por falta de compradores. Alguns dias depois, em 29 de outubro, ocorreu a “terça-feira negra”, quando vários e vários lotes de títulos foram colocados à venda na Bolsa de Nova York, em um último gesto desesperado, sem atrair, entretanto, compradores. Ações de bancos e empresas ficaram completamente desvalorizadas, o que provocou a falência deles e o consequente desemprego de cerca de 12 milhões de americanos.

EFEITO DOMINÓ
1.                  Se O Valor Das Ações De Uma Empresa Está Desabando;
2.                  O Empresário Tem Medo De Investir Capital Nessa Empresa;
3.                  Se Ele Investe Menos, Produzirá Menos;
4.                  Se Produz Menos, Então, Não Há Motivo Para Tantos Empregados;
5.                  O Que Levará O Empresário A Demitir O Pessoal.


Muitos empresários não sobreviveram à crise e foram à falência, assim como vários bancos que emprestaram dinheiro não receberam de volta o empréstimo e faliram também. A quebra da bolsa trouxe medo, desemprego e falência. Milionários descobriram, de uma hora para outra, que não tinham mais nada e por causa disso alguns se suicidaram. O número de mendigos aumentou. O desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores. A quebra da bolsa afetou o mundo inteiro, pois a economia norte-americana era a alavanca do capitalismo mundial. Para termos uma ideia, logo após a quebra da bolsa de Nova York, as bolsas de Londres, Berlin e Tóquio também quebraram.
A crise fez com que os EUA importassem menos de outros países, como consequência os outros países que exportavam para os EUA, agora estavam com as mercadorias encalhadas e, automaticamente, entravam na crise.

EFEITOS NO BRASIL
 A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café. Desta forma, diminuiu a oferta, conseguindo manter o preço do principal produto brasileiro da época. Por outro lado, este fato trouxe algo positivo para a economia brasileira. Com a crise do café, muitos cafeicultores começaram a investir no setor industrial, alavancando a indústria brasileira.

NEW DEAL
Em 1930, a crise se agravou. Em 1933, Roosevelt foi eleito presidente dos EUA e elaborou um plano chamado New Deal. O Estado passou a vigiar o mercado, disciplinando os empresários, corrigindo os investimentos arriscados e fiscalizando as especulações nas bolsas de valores.

Outra medida foi a criação de um programa de obras públicas. O governo americano criou empresas estatais e construiu estradas, praças, canais de irrigação, escolas, aeroportos, portos e habitações populares. Com isso, as fábricas voltaram a produzir e vender suas mercadorias. O desemprego também diminuiu. Além disso, o New Deal criou leis sociais que protegiam os trabalhadores e os desempregados.
Para acabar com a superprodução, o governo aplicava medidas radicais que não foram aceitas por muitas pessoas: comprava e queimava estoques de cereais, ou então, pagava aos agricultores para que não produzissem.
Foi criado também um banco voltado apenas para conceder empréstimos a países estrangeiros. Para combater o desemprego, foi criado o seguro-desemprego, o salário mínimo e definidas as jornadas diárias de trabalho Foi abolido o trabalho infantil e o governo investiu recursos em obras, como construção de estradas. O governo também investiu na agricultura, na indústria e no comércio exterior. Houve um incentivo para que os produtores vendessem suas safras ao governo, para que este pudesse agir e regular o preço dos alimentos.
O New Deal alcançou bons resultados para a economia norte-americana. Com isto, o governo conseguiu controlar a inflação e evitar a formação de estoques.
Os efeitos econômicos da depressão de 30 só foram superados com o inicio da Segunda Guerra Mundial, quando o Estado tomou conta de fato sobre a economia ajudando a ampliar as exportações. A guerra foi então, uma saída natural para a crise do sistema capitalista.
Na década de 30, ocorreu a chamada “Política de Agressão (dos regimes totalitários – Alemanha, Itália e Japão) e Apaziguamento das Democracias Liberais (Inglaterra e França)”.
A política de agressão culminou em 1939 quando a Alemanha nazista invadiu a Polônia dando por iniciada a Segunda Grande Guerra.
O programa (New Deal) foi tão bem sucedido que no começo da década de 1940 a economia norte-americana já estava funcionando normalmente.


REFERÊNCIAS
GOMES. Cristiana. Crise de 1929 (Grande Depressão); Info Escola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/historia/crise-de-1929-grande-depressao/>. Acesso em 08 de agosto de 2017.
FERNANDES, Cláudio. "O que foi a Crise de 1929?"Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/historia/o-que-foi-a-crise-1929.htm>. Acesso em 08 de agosto de 2017.
A Crise de 1929; Sua Pesquisa. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/pesquisa/crise_1929.htm>. Acesso em 08 de agosto de 2017.
FERNANDES, Cláudio. Crise de 1929. História do Mundo. Disponível em:  <http://historiadomundo.uol.com.br/idade-contemporanea/crisede29.htm>. Acesso em 08 de agosto de 2017.
Dauwe, Fabiano. Sayão, Thiago Juliano. História Contemporânea. Grupo Universitário Leonardo da Vinci. – Indaial : UNIASSELVI,2009.

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