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terça-feira, 28 de março de 2017

Antecedentes da Independência


HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL
Unidade 1 – Antecedentes da Independência



Desde o final do século XVIII há tensões entre a metrópole e os interesses de colonos do Brasil, o que acabou por fomentar movimentos de separação, em meio aos diversos tipos de nativismo, a independência do Brasil, como processo, tem inúmeros focos, em diferentes datas e locais.
Leia mais em:

MOVIMENTOS CONTRÁRIOS AO DOMÍNIO PORTUGUÊS
Entre os eventos característicos desse processo estão a Conjuração Mineira (1789), a Conjuração baiana (1798) e a Revolução Pernambucana (1817), que são consideradas, do ponto de vista da história política nacional, rebeliões separatistas, por representarem a oposição de interesses locais e metropolitanos.


A Conjuração Mineira foi motivada pela exacerbação da derrama, como instituição violenta para obrigar a população da capitania das Minas (Atual estado de Minas Gerais) a entregar parte de seus bens para pagar dívidas.
Muitos colonos estavam descontentes com essa situação, seguida dos altos preços cobrados por mercadorias importadas, manufaturas em geral, que estavam proibidas de ser fabricadas no Brasil, além da ocupação de cargos administrativos da colônia, apenas por portugueses, a proibição da impressão de jornais e livros no Brasil.

Muitos membros das elites mineiras, embalados pelos ventos revolucionários franceses, acabaram por começar a reunir-se em Vila Rica, estabelecendo táticas de conspiração contra o governo português e dando início aos preparativos de insurreição.

Diversos indivíduos estavam envolvidos, como poetas, padres e militares como Joaquim Silvério dos Reis e Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), embrenharam-se por esse processo insurrecional, reivindicando um governo republicano, tomando a Constituição dos Estados Unidas da América como modelo, prevendo serviço militar obrigatório e apoiando a industrialização como base do desenvolvimento, sob os auspícios da ideologia maçônica que deu origem ao mote da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade, importante salientar que não faziam menções a problemas sociais como a escravidão ou concentração de terras e renda.

Às vésperas de uma derrama, eclodiu a revolta em Vila Rica em 1789, enquanto esses acontecimentos se desenrolavam em Vila Rica, ficou combinado que Tiradentes deveria ir ao Rio de Janeiro com o objetivo de divulgar as ações dos insurgentes e tentar conseguir apoio em armas, dinheiro e munição.
O projeto foi denunciado por Joaquim Silvério dos Reis, em troca de perdão de dívidas pessoais. Apenas Tiradentes assumiu integralmente a participação na conspiração, sendo condenado à morte, enforcado em 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, depois esquartejado e seus membros espalhados pelas cidades onde buscava apoio.

Na Bahia eclodiu um movimento popular de artesãos, escravos, ex-escravos, burgueses, alfaiates (por isso também é chamada de Revolta dos Alfaiates, ou ainda de Revolta dos Búzios), entre outros.
Um dos motivos era a dificuldade econômica acarretada a Salvador devido à transferência da capital para o Rio de Janeiro em 1763. As realizações da Revolução Francesa acabaram empolgando parcela da população soteropolitana.
Os grupos de revoltosos começaram a se encontrar em reuniões secretas, para organizar a conspiração em comum acordo com diversas camadas da população. As propostas eram a proclamação de um governo republicano, democrático, livre de Portugal, o livre comércio (contra o mercantilismo), o aumento do soldo (vencimento de militares de qualquer posto ou graduação) e a abolição da escravatura, até então nenhuma revolução tocou neste tema!
Entre os líderes desse movimento estavam os soldados Lucas Dantas de Amorim Torres, Luís Gonzaga das Virgens e Romão Pinheiro, o Padre Francisco Gomes, o farmacêutico João Ladislau de Figueiredo, o professor Francisco Barreto, o médico Cipriano Barata e os alfaiates João de Deus e Manuel Faustino dos Santos Lira.
A rebelião estourou em 12 de agosto de 1798, por meio de cartazes espalhados por toda a cidade de Salvador, enquanto o então governador de Pernambuco, Fernando José de Portugal, iniciava a repressão, que acabou com vários dos representantes presos, condenados com diversas intensidades, desde suplícios (castigo corporal) até degredos (exílio).
A Revolução Pernambucana, ocorrida em 1817, vinha na esteira de uma série de revoltas daquela capitania contra o regime colonial. O motivo era o tradicional aumento de impostos causado pela transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808, tendo por objetivo a libertação do Brasil do domínio português e a constituição de uma República em Recife.
Alguns representantes desse movimento foram o comerciante Domingos José Martins e padres que acabaram por derrubar o governador e implantar um novo governo, decretando a extinção de impostos, a liberdade de imprensa, de religião e a igualdade entre cidades. A revolução acabou sendo reprimida por tropas deslocadas da Bahia e do Rio de Janeiro, tendo seus participantes sido presos e executados.


REFERÊNCIAS
KLANOVICZ, Jó. História do Brasil Imperial. Indaial: Uniasselvi, 2010.


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Canais do Aula de História na Web 2.0
 
 Dica Express
  http://blogdicaexpress.blogspot.com.br/

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