HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL
Unidade
1 – Antecedentes da Independência
Desde o final do século
XVIII há tensões entre a metrópole e os interesses de colonos do Brasil, o que
acabou por fomentar movimentos de separação, em meio aos diversos tipos de nativismo,
a independência do Brasil, como processo, tem inúmeros focos, em diferentes
datas e locais.
Leia mais em:
MOVIMENTOS CONTRÁRIOS AO DOMÍNIO PORTUGUÊS
Entre os eventos
característicos desse processo estão a Conjuração
Mineira (1789), a Conjuração
baiana (1798) e a Revolução Pernambucana (1817), que são consideradas, do
ponto de vista da história política nacional, rebeliões separatistas, por
representarem a oposição de interesses locais e metropolitanos.
A Conjuração Mineira foi
motivada pela exacerbação da derrama, como instituição violenta para obrigar a
população da capitania das Minas (Atual estado de Minas Gerais) a entregar
parte de seus bens para pagar dívidas.
Muitos colonos estavam descontentes com essa situação,
seguida dos altos preços cobrados por mercadorias importadas, manufaturas em
geral, que estavam proibidas de ser fabricadas no Brasil, além da ocupação de
cargos administrativos da colônia, apenas por portugueses, a proibição da
impressão de jornais e livros no Brasil.
Muitos membros das elites mineiras, embalados pelos ventos
revolucionários franceses, acabaram por começar a reunir-se em Vila Rica,
estabelecendo táticas de conspiração contra o governo português e dando início
aos preparativos de insurreição.
Diversos indivíduos estavam envolvidos, como poetas, padres
e militares como Joaquim Silvério dos Reis e Joaquim José da Silva Xavier
(Tiradentes), embrenharam-se por esse processo insurrecional, reivindicando um
governo republicano, tomando a Constituição dos Estados Unidas da América como
modelo, prevendo serviço militar obrigatório e apoiando a industrialização como
base do desenvolvimento, sob os auspícios da ideologia maçônica que deu origem ao mote da Revolução Francesa: Liberdade,
Igualdade e Fraternidade, importante salientar que não faziam menções a
problemas sociais como a escravidão ou concentração de terras e renda.
Às vésperas de uma derrama, eclodiu a revolta em Vila Rica
em 1789, enquanto esses acontecimentos se desenrolavam em Vila Rica, ficou
combinado que Tiradentes deveria ir ao Rio de Janeiro com o objetivo de
divulgar as ações dos insurgentes e tentar conseguir apoio em armas, dinheiro e
munição.
O projeto foi denunciado por Joaquim Silvério dos Reis, em
troca de perdão de dívidas pessoais. Apenas Tiradentes assumiu integralmente a
participação na conspiração, sendo condenado à morte, enforcado em 21 de abril
de 1792, no Rio de Janeiro, depois esquartejado e seus membros espalhados pelas
cidades onde buscava apoio.
Na Bahia eclodiu um movimento popular de artesãos, escravos,
ex-escravos, burgueses, alfaiates (por isso também é chamada de Revolta dos
Alfaiates, ou ainda de Revolta dos Búzios), entre outros.
Um dos motivos era a dificuldade econômica acarretada a
Salvador devido à transferência da capital para o Rio de Janeiro em 1763. As
realizações da Revolução Francesa acabaram empolgando parcela da população
soteropolitana.
Os grupos de revoltosos começaram a se encontrar em reuniões
secretas, para organizar a conspiração em comum acordo com diversas camadas da
população. As propostas eram a proclamação de um governo republicano,
democrático, livre de Portugal, o livre comércio (contra o mercantilismo), o
aumento do soldo (vencimento de militares de qualquer posto ou graduação) e a
abolição da escravatura, até então nenhuma revolução tocou neste tema!
Entre os líderes desse movimento estavam os soldados Lucas
Dantas de Amorim Torres, Luís Gonzaga das Virgens e Romão Pinheiro, o Padre
Francisco Gomes, o farmacêutico João Ladislau de Figueiredo, o professor
Francisco Barreto, o médico Cipriano Barata e os alfaiates João de Deus e
Manuel Faustino dos Santos Lira.
A rebelião estourou em 12 de agosto de 1798, por meio de
cartazes espalhados por toda a cidade de Salvador, enquanto o então governador
de Pernambuco, Fernando José de Portugal, iniciava a repressão, que acabou com
vários dos representantes presos, condenados com diversas intensidades, desde
suplícios (castigo corporal) até degredos (exílio).
A Revolução Pernambucana, ocorrida em 1817,
vinha na esteira de uma série de revoltas daquela capitania contra o regime
colonial. O motivo era o tradicional aumento de impostos causado pela
transferência da corte portuguesa para o Brasil em 1808, tendo por objetivo a
libertação do Brasil do domínio português e a constituição de uma República em
Recife.
Alguns representantes desse movimento foram
o comerciante Domingos José Martins e padres que acabaram por derrubar o
governador e implantar um novo governo, decretando a extinção de impostos, a
liberdade de imprensa, de religião e a igualdade entre cidades. A revolução
acabou sendo reprimida por tropas deslocadas da Bahia e do Rio de Janeiro,
tendo seus participantes sido presos e executados.
REFERÊNCIAS
KLANOVICZ, Jó. História
do Brasil Imperial. Indaial: Uniasselvi, 2010.
Canais do Retro Games BR
Dica Express
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