Pesquise dentro do Blog!

terça-feira, 13 de junho de 2017

Os nativos do Brasil em 1500



OS NATIVOS DO BRASIL EM 1500
Os nativos, tratados como uma massa homogênea (diversidades culturais ignoradas) não dominavam nenhuma técnica de escrita e assim sendo, os relatos transmitidos são originados de viajantes.
Os índios desconheciam a escrita e qualquer sistema de numeração. Suas lendas e tradições orais, apesar de ricas em criatividade, são quase inúteis como testemunhos históricos. Eram artesãos de grande habilidade, mas construíram, decoravam e pintavam quase que somente sobre materiais perecíveis.


Acredita-se que o povoamento da América do Sul teve início por volta de 20.000 a.C. com os vestígios de presença humana no Brasil variando de 16.000 a.C. a 12.800 a.C. aproximadamente.
Pesquisas recentes indicam que o surgimento dos dois troncos indígenas Macro-Tupi e Macro-Jê, a partir 9.000 a.C. Entre os séculos VIII e IX as nações Tupi e Guarani originalmente do tronco Macro-tupi, dois grupos que indígenas que mais se destacaram nos primeiros séculos após a colonização do Brasil.

Em ocasião da chegada dos primeiros colonizadores portugueses ao Brasil, estima-se que a população indígena era composta de aproximadamente 5 milhões de pessoas. Os Guaranis localizavam-se basicamente no litoral sul e a região interiorana próxima à bacia dos rios Paraguai e Paraná. Os Tupis na costa entre o Ceará e a Cananeia, atual estado de São Paulo. As demais tribos dispersas pelo território, eram denominadas tapuias, assim conhecidos pelos tupis por serem aqueles que não falam a língua tupi.

Os Jês ocupavam o vasto planalto central do Brasil. Essas tribos centrais de fala Jê se distribuem por amplo arco de terra do Maranhão ao alto Paraguai.

O COTIDIANO E SOBREVIVÊNCIA DOS NATIVOS

Os nativos habitavam áreas próximas aos rios e regiões férteis. Estima-se que a permanência desses grupos em uma mesma região não excedia quatro anos. Além da agricultura, a caça, o extrativismo e a pesca compreendiam as atividades praticadas com o intuito de sobreviverem.

Os chefes determinavam os locais nos quais seriam instaladas as aldeias, considerando para tal os próprios recursos naturais e sustentabilidade do grupo além de condições de segurança.

As aldeias eram constituídas por cabanas, ou ocas. Havia trilhas que conectavam regiões litorâneas ao interior. Os nativos manipulavam fibras vegetais produzindo redes, cestos, cordas e uma gama extensa de utensílio. A alimentação era baseada no consumo de farinha de mandioca, peixe e carnes, além de dominarem técnicas de bebidas, inclusive alcoólicas. Com o barro moldavam potes e vasos.



Percebe-se entre os nativos que ocupavam o território hoje pertencente ao Brasil uma rígida divisão sexual do trabalho. Neste sentido, tarefas consideradas perigosas como à caça e guerra eram designadas aos homens. Por outro lado às tarefas de trabalhos domésticos, preparar os alimentos, tecer, plantar, colher e zelar pelas crianças eram atribuídos às mulheres. Ambos os sexos confeccionavam seus próprios pertences pessoais: cestos, redes, arcos, flechas e ornamentos e as próprias cabanas de sapé.

As uniões conjugais estabeleciam alianças entre as aldeias. As relações de poder podem ser observadas através da manutenção de um sistema em que o líder exercia suas prerrogativas sobre as famílias e os chefes sobre as aldeias.
Os Xamãs ou Pajés eram líderes religiosos, os rituais estavam ligados às atividades consideradas elementares para o sucesso e desenvolvimento das tribos. Eram comuns rituais e festejos em agradecimento à colheita expressiva ou ao sucesso em uma guerra.
Entre os Tupinambás, as moças tinham de passar por provas e segregação na puberdade, após o que lhes era permitida uma considerável liberdade sexual. Um rapaz, antes de ser considerado suficientemente valente para o casamento, tinha de provar-se em combate ou na matança de prisioneiros. Depois de casados ambos os parceiros permaneciam fiéis um ao outro. Em geral, o casamento era matrilocal, ou seja, o marido mudando-se para a casa da mãe da esposa.
Qualquer excesso de mulheres era resolvido com a poligamia por parte dos chefes e guerreiros famosos, pelo orgulho de estar associada a um homem importante. Os homens se casavam por volta dos 25 anos e aos 4 faziam parte do conselho dos mais velhos. Cada maloca (que comportava diversas famílias) era governada por um chefe. Os chefes conquistavam sua posição por bravura em combate, por “poderes mágicos” ou dons oratórios.

A crença na vida após a morte também era recorrente entre os nativos e a partir desta, acreditavam que o espírito do morto se encontraria com seus ancestrais.

Em um período inicial, os europeus trataram de conquistar a confiança dos grupos nativos. Essa relação amistosa favoreceu as trocas comerciais, a extração da famosa madeira denominada pau-brasil. A passividade se fez presente pelas primeiras 3 décadas de contato.

Superada essa fase e atendendo aos interesses da Coroa Portuguesa se fez necessária a adoção de práticas mais agressivas, os nativos passaram a revelar seu viés bélico. Estes resistiam à ocupação do seu espaço, defendendo o seu território com as armas e técnicas vinculantes entre as culturas nativas.
Com a necessidade de transformar o Novo Mundo em um polo produtor de produtos agrícolas, o índio passou a ser considerado um entrave, era necessário ocupar os espaços, derrubando a madeira e impondo métodos europeus de ocupação e colonização. Ocupar os espaços significou expulsar os nativos, e o confronto entre essas duas culturas já era inevitável.




REFERÊNCIAS
ROCHA, Manoel José Fonseca; GALCOWSKI, Anderson Nereu. História da América. Indaial: Uniasselvi, 2011.

IMAGENS

 Canais do Retro Games BR 3.0
 
Canais do Aula de História na Web 3.0
 
 Dica Express
  http://blogdicaexpress.blogspot.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...