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quinta-feira, 13 de julho de 2017

A Argentina e o Peronismo.

HISTÓRIA DA AMÉRICA
 Unidade 3 - América no Século XX
Tópico 01 – A Argentina e o Peronismo.

ARGENTINA E BRASIL: UMA BREVE COMPARAÇÃO
Historicamente, Brasil e Argentina apresentam uma economia na qual a exportação de produtos agrícolas representa uma parcela considerável em economia desses países. Nas primeiras três décadas do século XX, porém, ambos países começaram a mostrar sinais de desenvolvimento industrial.

No caso da Argentina, os produtos mas exportados eram trigo, carne e couro, já no Brasil a produção de café era a principal matéria de exportação. A crise de 1929, nos Estados Unidos, e a consequente quebra da bolsa de valões de Nova York, afetaram a economia em âmbito mundial


Mesmo frente ás dificuldades do mercado internacional, tanto Brasil quanto a Argentina já contavam com um contingente operariado expressivo. O primeiro surto industrial do século XX ocorreu no período correspondente á Primeira Guerra Mundial. Em decorrência da impossibilidade de países europeus envolvidos fornecerem seus produtos industrializados, agra seus antigos consumidores, viram-se obrigados a fomentar a produção daquelas mercadorias.

A Argentina exportava trigo e artigos pecuários, cuja necessidade assegurava a receptividade no mercado, diferentemente do café. Nos momentos de retração do mercado externo, a Argentina sempre teve vantagem de poder, mais facilmente que o Brasil, planificar a oferta de seus produtos exportáveis.
É importante ressaltar que o operariado argentino era extremamente politizado, devido ao fato de os imigrantes que foram para a Argentina possuírem origem urbana, ao contrário do Brasil quer eram oriundos de regiões agrícolas.
No Brasil, pelo fato de a indústria ser ainda muito incipiente (que está no começo), não apresentava um operariado muito expressivo e tampouco organizado em sindicatos e ou associações. Durante as primeiras 3 décadas do século XX, o Brasil era uma República de Coronéis. Com a Revolução de 30 e a ascensão de Vargas ao poder, o processo de industrialização avançou e as regulamentações das leis do trabalho tornaram-se prioridades no governo.

Enfim, Juan Perón e Getúlio Vargas surgiram no cenário político num momento histórico em que tanto Argentina quanto o Brasil estavam deixando para trás a tradicional e arcaica economia agrícola exportadora, para se lançarem no processo de modernização de suas economias.

ASCENSÃO DO PERONISMO
A DÉCADA INFAME
Infame significa desonroso, vil ou desprezível. É assim mesmo que podemos classificar a década de 30 do século XX na Argentina: um período de total retrocesso, tanto em questões políticas e sociais.
Após Irigóyen, presidente argentino que contribuiu para o progresso das conquistas sociais, a Argentina passou a ser governada por políticos preocupados em eliminar as conquistas sociais e torna-lo um país dependente do mercado externo.
Já no início dos anos 30, a Argentina assinou um pacto com a Ingçaterra denominado de Roca-Runcíman. No governo Uriburu, os britânicos obtiveram grandes vantagens sobretudo no setor de transporte de tarifas aduaneiras, o único compromisso da Inglaterra era a importação de carne.
Mais lamentável ainda foram as medidas retrógradas adotadas por José Felix Uriburu, que acabou com o salário mínimo, o fechamento dos sindicatos. O país tornava-se lenta e progressivamente dependente dos governos ingleses.
Diante dessa infame situação, os militares da ala mais nacionalista, pertencentes ao GOU (Grupo de Oficiais Unidos), assumiram o poder em 1943. O compromisso dos militares era devolver a moralização, desenvolver a modernização e restaurar a democracia no país.
De posse da Secretaria de Trabalho, Perón tratou de devolver as antigas conquistas Sociais. Devolveu as leis trabalhistas e aumentou os salários. Seu carisma junto às massas aumentou, fato que desagradou a junta militar, Perón foi destituído e preso em 1945. O operariado mobilizado por Evita Perón organizou uma manifestação em frente à Casa Rosada e Perón acabou solto. No ano seguinte, 1946 Perón foi eleito presidente.

Juan Domingo Perón

OS DOIS MANDATOS DE PERÓN
A Argentina viva uma tranquilidade econômica e as conquistas sociais foram ampliadas. O mundo vivia a Segunda Grande Guerra (1939-1945) e a Europa ficou economicamente destruída e necessitava importar produtos de primeira necessidade, Perón tratou de taxar as exportações, o que lhe permitiu acumular recursos para investir nas obras de infraestrutura, necessárias para o desenvolvimento do parque industrial Argentino.
Seu segundo mandato acabou sendo desgastado pelos seguintes fatores:
·         Descontentamento dos latifundiários com a taxação das exportações;
·         Imposição do clero e do imperialismo;
·         Excessiva ingerência dos sindicatos nas instâncias do poder;
·         Exército imbuído do anticomunismo ideológico em tempos de Guerra-Fria.

Juan Domingo Perón desafiou os interesses da oligarquia de terras quando impôs o estatuto do peão e o cumprimento do salário mínimo rural.
As tentativas de levar a diante suas ideias nacionalistas levou Perón a entrar em conflito político com os setores mais conservadores da Sociedade Argentina, fato que culminou num golpe militar em 1955. Perón preferiu deixar a Argentina e refugiar-se no Paraguai.

A ARGENTINA APÓS PERÓN
Após Perón, a Argentina passou a ser governada, interinamente, pelo general Aramburu. Arturo Frondizi foi o presidente eleito logo após a queda de Perón. Sua política desagradou profundamente os nacionalistas, permitiu a ampla instalação de empresas estrangeiras na Argentina, sobretudo empresas especializadas na exploração de petróleo.
Arturo Frondizi desencadeou várias e agudas crises militares ao anunciar o chamado de licitação que oferecia todo subsolo do país às empresas interessadas em extrair petróleo. Frondizi realizou várias concessões em benefício das empresas norte-americanas do cartel, e os interesses britânicos. Frondizi foi na contramão da política peronista, pois enquanto Perón preocupou-se em fortalecer a economia interna e diminuir a dependência externa, Frondizi foi logo abrindo as portas da Argentina para o grande capital estrangeiro.
Para atrair os inventismentos estrangeiros, Frondzi foi “obrigado” a “achatar” os salários dos trabalhadores, fato que desagradou as organizações sindicais. Frondizi foi derrubado em (mais) um golpe militar em 1963..

REFERÊNCIAS
ROCHA, Manoel José Fonseca; GALCOWSKI, Anderson Nereu. História da América. Indaial: Uniasselvi, 2011.

IMAGENS


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