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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Modernidade, Tempo e Espaço.



MODERNIDADE, TEMPO E ESPAÇO.



 Todas as culturas pré-modernas possuíam maneiras de calcular o tempo. Ninguém poderia dizer a hora do sai sem referência a outros “marcadores” socioespaciais: “quando” era quase ou conectado a “onde” ou indicado por ocorrências naturais regulares. A Invenção do relógio mecânico constituiu a chave explicativa e compreensiva na separação entre tempo e Espaço.

 O relógio expressou a designação precisa de “zonas” do dia. O Tempo ainda estava conectado como espaço (e o lugar) até que a uniformidade de mensuração do tempo pelo relógio mecânico correspondeu à uniformidade da organização social do tempo, padronização em escala mundial dos calendários.


 “Lugar” é melhor conceitualizado por meio da ideia de localidade, que se refere ao cenário físico da atividade social como situado geograficamente. O mapeamento progressivo do globo que levou à criação de mapas universais.

 O rompimento entre tempo e espaço forneceu uma base à recombinação relação á atividade social. Isto é facilmente demonstrado tomando-se o exemplo do horário: um horário, tal como uma tabela que marca as horas em que correm os trens, pode parecer à primeira vista meramente um mapa temporal. Mas na verdade é um dispositivo de ordenação tempo-espaço, indicando quando e aonde chegam os trens. Como tal, ele permite a complexa coordenação de trens e seus passageiros e cargas através de grandes extensões de tempo e espaço.


 Um sistema de datação padronizado, agora universalmente reconhecido, possibilitou uma apropriação de um passado unitário, mas muito de tal “história” pode estar sujeito a interpretações contrastantes. Tempo e espaço são recombinados para formar uma estrutura histórico-mundial.
 De uma maneira geral, com a soma dos fenômenos da reformulação da concepção de trabalho, das críticas dos trovadores e da utilização da prensa de tipos móveis, a desintegração de costumes e a introdução de novas formas de organização da vida social, a transição da produção artesanal para a produção fabril, que por sua vez foi considerado como fator principal para o processamento e consolidação da revolução industrial e do capitalismo no interior da Europa.
 O cenário era composto também pela decadência da nobreza feudal, pelos movimentos das Cruzadas, enfraquecimento do Latim, de crescente interesse pelo árabe e pelo grego e o desenvolvimento das escolas.

REFERÊNCIAS
FOCHI, Graciela Márcia. Cultura e sociedade na modernidade. Indaial: Uniasselvi, 2013.
Adaptado de: GIDDENS, Antony. As consequências da modernidade. São Paulo: UNESP, 1991.

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