PENSAMENTO
ILUMINISTA
FILOSOFIA
e CULTURA.
A filosofia iluminista entendia que a difusão
do conhecimento e da própria cultura poderia renovar a vida dos indivíduos e da
sociedade. Vem daí o projeto iluminista de educação e igualmente a moderna
concepção de escola.
A proposta iluminista de uma educação para
todos e que é para que a cultura estivesse ao alcance de todos, a educação
deveria ser pública. Todos deveriam receber o máximo de instrução possível,
inclusive aqueles que não houvessem frequentado a escola. O cidadão, para ser
realmente cidadão, deveria ser livre e a liberdade somente pode ser conseguida
com o uso particular da razão. Assim, a sociedade no projeto Iluminista seria
fruto de um conjunto de indivíduos, cidadãos perfeitamente instruídos e,
portanto, capazes de fazer seus próprios juízos.
O século XIX foi a época da emancipação da
ciência moderna, com diversas inovações como o motor de combustão interna, que
dependia de um combustível chamado gasolina e viria a ser um dos produtos mais
importantes para a sociedade do século XX.
A Racionalidade moderna
contribuiu para a emergência da sociedade industrial, na qual vivemos. A
sociedade moderna acabou por exigir da cada um de nós saberes muitos
específicos, capazes de nos fazer eficientes em nossa tarefa social. Uma
cultura geral já não era vista como necessária.
O Conceito de cultura passou a ser o inverso
daquele clássico: enquanto gregos e romanos valorizavam o sabre contemplativo,
a modernidade valoriza o conhecimento ativo, que permita nossa sobrevivência
imediata.
PROGRESSO
Entre os séculos XVII e
XVIII houveram diversas mudanças culturais, sociais e políticas. Devemos lembrar
as revoluções burguesas na Inglaterra (Revolução Puritana e Revolução Gloriosa)
e na França (Revolução Francesa), que colocaram a classe burguesa no poder
constituindo a nossa sociedade. Os iluministas construíram as bases filosóficas
da modernidade.
A nova ordem estabelecida pelos
revolucionários franceses, fundava-se os ideais iluministas da liberdade e
igualdade, que, por sua vez, somente podiam existir a partir na crença na
capacidade da razão humana em compreender a natureza, a confiança na capacidade intelectual do homem.
René Descartes (1596-1650) desejava descobrir
um método capaz de fundamentar o conhecimento científico. Para ele a dúvida
deveria estar na base do conhecimento. O pensamento Cartesiano consiste em
quatro fases: a evidência, a análise, a síntese e a enumeração.
Francis Bacon dizia que a ciência deve ser
baseada na observação e na experimentação, a partir da qual se deve construir o
conhecimento, a través da indução.
A religião
e a metafísica deixam de ser à base
do conhecimento. O desenvolvimento de divisões dentro do conhecimento foi
consequência natural da filosofia iluminista. A divisão do problema, a
observação cuidadosa e a descrição pormenorizada dos fenômenos levaram ao
surgimento de ciências especializadas.
O Pensamento Iluminista defende o estado
laico. A ciência separa-se da filosofia e da religião, tornando-se a explicação
hegemônica para a natureza e para a sociedade (fundamento do positivismo).
MODERNISMO
ARQUITETÔNICO
A mentalidade iluminista
e sua crença no progresso permitiram o surgimento da ideia de planejamento
urbano, nasceram as iniciativas de urbanização como a do Barão Hausmann
(1809-1891). Hausmann cortou paris com largas avenidas arborizadas, que seguiam
em linha reta, facilitando aquele o fluxo. Claro que havia, também, motivações
higienistas, estéticas e até políticas, pois uma cidade mais aberta dificultava
a construção de barricadas de revoltosos, como acontecera nas agitações de 1848.
O desprezo pelo campo convivia com certa visão
romântica da vida no campo, longe dos problemas urbanos.
Na Inglaterra, Ebenezer Howard (1850-1928), em seu livro Garden Cities of Tomorrow (1902), apresentou
suas ideias de uma cidade perfeitamente planejada. Através de diagramas, ele
mostra uma cidade circular dividida em seis grandes setores limitados por bulevares (vias de trânsito, geralmente
largas, com muitas pistas com qualidade superior de paisagismo) arborizados. Havia
preocupação com o aspecto sanitário para que houvesse a menor mortalidade e
maior longevidade possíveis. Para Howard, todo cidadão deveria ter fácil acesso
aos belos jardins e pomares que pensou em colocar em sua cidade. (OTTONI,
2002).
O modernismo arquitetônico surgiu no início do século XX e
caracterizou-se pelo uso de formas elementares, utilização de estrutura aparente,
coberturas planas, grandes superfícies cobertas de vidro. Este movimento racionalista
também foi expresso na urbanização das cidades.
REFERÊNCIAS
SILVA,
Fábio Luiz da; MUZARDO, Fabiane Tais; FOCHI, Graciela Márcia; SILVA, Thiago
Rodrigo da. Cultura e Sociedade na
Modernidade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2014.
IMAGENS:
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