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quinta-feira, 15 de setembro de 2016

O Pensamento Iluminista: Filosofia, Cultura e Progresso



PENSAMENTO ILUMINISTA


FILOSOFIA e CULTURA.
 A filosofia iluminista entendia que a difusão do conhecimento e da própria cultura poderia renovar a vida dos indivíduos e da sociedade. Vem daí o projeto iluminista de educação e igualmente a moderna concepção de escola.
 A proposta iluminista de uma educação para todos e que é para que a cultura estivesse ao alcance de todos, a educação deveria ser pública. Todos deveriam receber o máximo de instrução possível, inclusive aqueles que não houvessem frequentado a escola. O cidadão, para ser realmente cidadão, deveria ser livre e a liberdade somente pode ser conseguida com o uso particular da razão. Assim, a sociedade no projeto Iluminista seria fruto de um conjunto de indivíduos, cidadãos perfeitamente instruídos e, portanto, capazes de fazer seus próprios juízos.
 O século XIX foi a época da emancipação da ciência moderna, com diversas inovações como o motor de combustão interna, que dependia de um combustível chamado gasolina e viria a ser um dos produtos mais importantes para a sociedade do século XX.
A Racionalidade moderna contribuiu para a emergência da sociedade industrial, na qual vivemos. A sociedade moderna acabou por exigir da cada um de nós saberes muitos específicos, capazes de nos fazer eficientes em nossa tarefa social. Uma cultura geral já não era vista como necessária.
 O Conceito de cultura passou a ser o inverso daquele clássico: enquanto gregos e romanos valorizavam o sabre contemplativo, a modernidade valoriza o conhecimento ativo, que permita nossa sobrevivência imediata.

PROGRESSO
Entre os séculos XVII e XVIII houveram diversas mudanças culturais, sociais e políticas. Devemos lembrar as revoluções burguesas na Inglaterra (Revolução Puritana e Revolução Gloriosa) e na França (Revolução Francesa), que colocaram a classe burguesa no poder constituindo a nossa sociedade. Os iluministas construíram as bases filosóficas da modernidade.
 A nova ordem estabelecida pelos revolucionários franceses, fundava-se os ideais iluministas da liberdade e igualdade, que, por sua vez, somente podiam existir a partir na crença na capacidade da razão humana em compreender a natureza, a confiança na capacidade intelectual do homem.
 René Descartes (1596-1650) desejava descobrir um método capaz de fundamentar o conhecimento científico. Para ele a dúvida deveria estar na base do conhecimento. O pensamento Cartesiano consiste em quatro fases: a evidência, a análise, a síntese e a enumeração.
 Francis Bacon dizia que a ciência deve ser baseada na observação e na experimentação, a partir da qual se deve construir o conhecimento, a través da indução.
 A religião e a metafísica deixam de ser à base do conhecimento. O desenvolvimento de divisões dentro do conhecimento foi consequência natural da filosofia iluminista. A divisão do problema, a observação cuidadosa e a descrição pormenorizada dos fenômenos levaram ao surgimento de ciências especializadas.
 O Pensamento Iluminista defende o estado laico. A ciência separa-se da filosofia e da religião, tornando-se a explicação hegemônica para a natureza e para a sociedade (fundamento do positivismo).

MODERNISMO ARQUITETÔNICO
A mentalidade iluminista e sua crença no progresso permitiram o surgimento da ideia de planejamento urbano, nasceram as iniciativas de urbanização como a do Barão Hausmann (1809-1891). Hausmann cortou paris com largas avenidas arborizadas, que seguiam em linha reta, facilitando aquele o fluxo. Claro que havia, também, motivações higienistas, estéticas e até políticas, pois uma cidade mais aberta dificultava a construção de barricadas de revoltosos, como acontecera nas agitações de 1848.
 O desprezo pelo campo convivia com certa visão romântica da vida no campo, longe dos problemas urbanos.
 Na Inglaterra, Ebenezer Howard (1850-1928), em seu livro Garden Cities of Tomorrow (1902), apresentou suas ideias de uma cidade perfeitamente planejada. Através de diagramas, ele mostra uma cidade circular dividida em seis grandes setores limitados por bulevares (vias de trânsito, geralmente largas, com muitas pistas com qualidade superior de paisagismo) arborizados. Havia preocupação com o aspecto sanitário para que houvesse a menor mortalidade e maior longevidade possíveis. Para Howard, todo cidadão deveria ter fácil acesso aos belos jardins e pomares que pensou em colocar em sua cidade. (OTTONI, 2002).


O modernismo arquitetônico surgiu no início do século XX e caracterizou-se pelo uso de formas elementares, utilização de estrutura aparente, coberturas planas, grandes superfícies cobertas de vidro. Este movimento racionalista também foi expresso na urbanização das cidades.



REFERÊNCIAS
SILVA, Fábio Luiz da; MUZARDO, Fabiane Tais; FOCHI, Graciela Márcia; SILVA, Thiago Rodrigo da. Cultura e Sociedade na Modernidade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2014.

IMAGENS:

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