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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Causas da Expansão Marítima Portuguesa



CAUSAS DA EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA

Desde o início do século XV, Portugal já vinha efetuando pesquisas e aprimoramento de suas técnicas de construção naval, bem como de navegação oceânica. Este projeto foi possível em função de diversos fatores, são eles: a unidade nacional conquistada muito cedo; a posição geográfica que propiciava as grandes navegações; o difícil acesso das terras portuguesas ao restante da Europa e a estabilidade interna que permitia o investimento em projetos de navegação.


Segundo MIGLIACCI (1997), a Escola de Sagres e a criação de uma estrutura profissional para os descobrimentos fazem a diferença, concentrando intensamente as energias e recursos nacionais para levar a cabo a tarefa dos descobrimentos.

Em complemento à sua vocação marítima, Portugal passou por um processo de unificação política, econômica e cultural. Sua base política, religiosa e de identidade, foi fruto da luta contra os mouros (povos árabes que viviam no norte da África e na Península Ibérica), que permitiu o surgimento do estado centralizado.
A partir do século XIII, foram-se definindo por uma série de batalhas algumas fronteiras na Europa, este processo permitiu a unificação dos feudos medievais, facilitando a capitalização do estado, e o consequente investimento em uma nova frota naval. Além disso, a Península Ibérica possibilitava uma situação geográfica privilegiada, que lhe permitia o pleno domínio do Oceano Atlântico.
Os portugueses já tinham experiência, acumulada ao longo dos séculos XIII e XIV, no comércio de longa distância. Os genoveses (Itália) investiram na expansão de Lisboa, transformando-a em um grande centro mercantil sob sua hegemonia. A experiência foi facilitada pelo envolvimento econômico de Portugal com o mundo Islâmico do Mediterrâneo e a utilização da moeda como meio de pagamento.
Durante todo o século XV, Portugal foi um reino unificado e menos sujeito a convulsões e disputas. A monarquia portuguesa consolidou-se através de uma história que teve um de seus pontos mais significativos na revolução de 1383 – 1385.
Além disso, nobres e clérigos viam a expansão de forma positiva, pois novos horizontes comerciais, de conquistas e de evangelização iriam permitir a construção de um estado ainda mais centralizado, forte, e acima de tudo, católico.
 Para os clérigos e nobres, cristianização e conquista eram formas de servir Deus e servir o rei e de merecer, por isso, recompensas. Para os mercadores era a perspectiva do bom negócio, das matérias-primas colhidas na origem e revendidas com bom lucro. Para o rei era motivo de prestígio, uma boa forma de ocupar os nobres e, sobretudo a criação de novas fontes de recita.
Em Portugal a expansão marítima e comercial passou a representar o ideal renascentista.
Os espanhóis foram aventureiros da descoberta, já os portugueses foram marinheiros do Renascimento: estudaram, projetaram, calcularam. No final, triunfaram sobre o desconhecido, e souberam, de imediato, o que haviam descoberto.
Os portugueses foram os primeiros povos europeus, organizados em um estado centralizado na figura do rei, a embasar as navegações como fruto de conhecimento científico e superando o mito medieval do “mar tenebroso”.
A expansão marítima só aconteceu em Portugal em função do fato de que os portugueses foram os primeiros povos europeus a promoverem a unificação política. Este fato fez com que os recursos fossem canalizados para o comercio e a construção naval.
Outro fator que contribuiu para as grandes navegações foi a invenção e o desenvolvimento de um navio especial para os descobrimentos: a Caravela

 A Vela latina permite o aproveitamento de ventos em ângulos de até 30 graus em relação à direção de deslocamento do navio, maior manobrabilidade das caravelas está em sua capacidade superior de velejar “contra” o vento, ziguezagueando em ângulo mais fechado em relação á rota.


A ESCOLA DE SAGRES E O INFANTE D. HENRIQUE
A partir do século XV, Portugal decidiu embarcar em um grande projeto nacional de exploração da costa atlântica, tendo como localização inicial o norte da África. Esse projeto foi capitaneado pelo 5º filho do rei D. João I, o infante D. Henrique (1394-1460). O plano inicial evoluiu para uma meta mais ambiciosa, a circum-navegação do continente africano, que permitiria chegar às Índias, terra das especiarias, por mar.

O Infante D. Henrique

O infante D. Henrique foi o principal responsável pela fundação, em 1443, da lendária “Escola de Sagres”, esta possuía posição geográfica privilegiada, isso lhe favorecia, pois permitia que os estudiosos mantivessem contato direto com o Oceano Atlântico.

Escola de Sagres

Em seu castelo, e sob o lema “o talento do bem-fazer”, D. Henrique reuniu cartógrafos e matemáticos para desenvolver as técnicas astronômicas que permitiriam a navegação oceânica, a construção naval, usando técnicas cada vez mais aperfeiçoadas. A cada expedição na costa africana, as informações coletadas serviriam para aprimorar mapas, técnicas de navegação e desenho dos navios.
Agindo contra o costume da época, mostrava tolerância para com outros credos e raças, ao escolher seus colaboradores prioritariamente por seu conhecimento. Com isso, atraiu, para seu esforço, vários sábios judeus, que sofriam menos restrições que os cristãos para viajar e obter informações no mundo árabe.
Estas novas técnicas permitiram que os navegadores se afastassem cada vez mais da costa, possibilitando assim uma maior autonomia para alcançar terras localizadas em outros continentes.

Estas inovações são chamadas por alguns estudiosos de a “arte da navegação”:
·         Calcular a distância: saber avaliar a velocidade de seu navio;
·         Determinar a orientação: uso da Bússola;
·         Calcular a Latitude: Uso do Astrolábio (instrumento para observar a posição dos astros e determinar-lhes a altura acima do horizonte);
·         Uma incerteza restava, a longitude.


Astrolábios e Bússolas

Próximo Post: Ocupação das Costa Africana e a Viagem de Vasco da Gama

REFERÊNCIAS
SOUZA, Evandro José. SAYÃO, Thiago Juliano. História do Brasil colonial. Indaial: Uniasselvi. 2011.

MIGLIACCI, Paulo. Os descobrimentos: Origens da supremacia europeia. 3 ed. São Paulo: Scipione, 1997.

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