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quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Concorrência Marítima



CONCORRÊNCIA MARÍTIMA

CONCORRÊNCIA ESPANHOLA
No final do século XV, enquanto a navegação marítima se desenvolvia e o comércio se ampliava em Portugal, soldados aragoneses e castelhanos ainda lutavam para reconquistar Granada, ao sul da península Ibérica. Na época Aragão e Castela eram governados por Fernando e Isabel, respectivamente. Eles se casaram e unificaram seus reinos em 1492, dando origem à Espanha. Foram eles que financiaram o projeto de navegação do genovês Cristóvão Colombo, que pretendia chegar até a Índia realizando um percurso diferente daquele dos portugueses.



 AS VIAGENS DE COLOMBO
O objetivo de Colombo era atingir o oriente navegando para oeste. Seu plano baseava-se na ideia de que a terra era redonda, como muito estudiosos defendiam.
Com 3 navios (Santa Maria, Pinta e Niña), concedidos pelos reis espanhóis, Colombo partiu do porto espanhol de Palos em 03 de agosto de 1492. Dois meses depois, em 12 de outubro, marinheiros da caravela Pinta avistaram sinais de terra, Colombo e os homens de sua tripulação haviam chegado ao novo continente, mas pensando ter chegado à Índia. Por isso, chamaram os habitantes deste lugar de índios. O lugar era uma ilha no mar do Caribe, chamada pelos nativos de Guanaani e à qual os espanhóis deram o nome de São Salvador.

 Colombo retornou à Espanha e, nos anos seguintes, comandou mais 3 viagens à América, sempre acreditando que havia chegado à Índia. Morreu sem saber que chegou a outro continente. Somente com as viagens de outros navegadores, sobretudo Florentino Américo Vespúcio, é que o engano de Colombo foi esclarecido, então o continente passou a ser chamado de Novo Mundo.

NEGOCIAÇÕES SOBRE A POSSE DAS TERRAS
Depois da primeira viagem de Colombo à América, os reis da Espanha apressaram-se em garantir a posse da nova terra. Para isso, pediram a intervenção do Papa, o espanhol Alexandre VI. Em geral, os papas eram autoridades respeitadas pelos reis cristãos da Europa, chegando a mediar conflitos entre reinos.
Em 04 de maio de 1493, o papa assinou um documento chamado Bula Inter Coetera, dividindo as novas terras e outras que viessem a ser descobertas entre Portugal e Espanha. Criou-se uma linha imaginária (um meridiano) unindo o polo Norte ao polo Sul, que passava 660 km (100 léguas) a oeste das ilhas de Cabo Verde. As terras que estivessem a oeste do meridiano pertenciam à Espanha; as a leste a Portugal. Com base na Bula, os espanhóis garantiram o domínio sobre a América. Aos portugueses restava lutar pela posse das terras africanas.
Inconformado com a decisão do papa, o governo português ameaçou recorrer às armas para resolver a questão. Mas antes que o conflito se agravasse, diplomatas espanhóis e portugueses chegaram a um acordo, assinando assim em 1494, o Tratado de Tordesilhas.

Pelo Acordo traçou-se uma nova linha imaginária que passava 370 léguas de Cabo Verde, As terras que estivessem a oeste do meridiano pertenciam à Espanha; as a leste a Portugal. Outros reis como os da França e Inglaterra não concordavam com essa divisão e passaram a concorrer com os portugueses e espanhóis nas navegações e na conquista de terras. Tendo seus interesses contrariados pelo acordo de Tordesilhas, o rei francês, Francisco I (1515-1547) teria dito: “Onde está o testamento de Adão, dividindo o mundo entre Espanha e Portugal?”.

NAVEGAÇÕES FRANCESAS, INGLESAS E HOLANDESAS.
Interessados em descobrir novos caminhos para o Oriente, franceses, ingleses e holandeses também investiram nas navegações marítimas. Mas eles se encontraram no Atlântico Norte, procurando uma passagem para a Ásia a noroeste. Seguiram esse caminho porque espanhóis e portugueses já conheciam e dominavam as rotas do Atlântico Sul.
Embora essa passagem não tenha sido encontrada, tais navegações possibilitaram a exploração e a ocupação da América do Norte, e também estimularam ataques a navios inimigos. A monarquia Inglesa, por exemplo, autorizava ataques e saques a navios de nações inimigas se os lucros do saque fossem divididos com o governo.


REFERÊNCIAS
COTRIM, Gilberto. Saber e fazer história: história geral e do Brasil, 7º ano. Editora Saraiva, São Paulo. 2009.

IMAGENS
Navegações Inglesas - francesas e holandesas: COTRIM, Gilberto. Saber e fazer história: história geral e do Brasil, 7º ano. Editora Saraiva, São Paulo. 2009. Pág. 25.


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