A
SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
No século XIX, a
segunda Revolução Industrial foi marcada pela indústria metal-mecânica. O papel
do ferro e do aço como principais matérias-primas foi muito destacado nas indústrias.
As embarcações eram movidas pelos motores que giravam as hélices, que eram por
sua vez alimentados por caldeiras que utilizavam o carvão para produzir fogo. A
importância que a navegação de longo curso, motivou a construção de importantes
canais marítimos, como o Canal do Panamá.
A
INDUSTRIALIZAÇÃO DA ALEMANHA
Na Europa, por volta de
1860, a Alemanha foi o centro dos avanços industriais. Ao iniciar o século XX,
a economia alemã era a mais moderna e dinâmica de toda a Europa. O desenvolvimento
da economia já vinha de antes da unificação. O governo nacional liberou
recursos para a instalação de empresas e adotou medidas para proteger a
indústria e a agricultura alemã.
Por meio de tarifas alfandegárias cobradas
sobre as importações, os agricultores e os industriais eram protegidos da
concorrência externa, podendo aumentar suas vendas e obter capitais para investir
na mecanização do campo ou no aperfeiçoamento da produção industrial.
Outro fator importante foi a importância dada
nas escolas ao ensino das ciências aplicadas á produção industrial. Graças ao
papel da escola, as indústrias podiam dispor de uma grande oferta de técnicos
empregados com salários baixos.
A
EXPANSÃO INDUSTRIAL DA RÚSSIA E DO JAPÃO
A Rússia Czarista (Czar = imperador que
governa a Rússia até o início do século XX) o desenvolvimento industrial foi,
sobretudo, iniciativa do Estado, que realizou empréstimos no exterior para
construir estradas de ferro e instalar empresas de diferentes ramos, com
destaque para os setores têxtil, carvão e minério de ferro.
Antes de 1860, o Japão vivia uma situação
semelhante à da Europa medieval. Havia um imperador, mas que de fato detinha o
poder eram os Damions, grandes
senhores de terra. A situação Japonesa mudou a partir de 1860, com a Revolução Meiji, que centralizou o poder
na figura do imperador. Iniciou-se no Japão uma era de grandes reformas, que
transformaram o Japão em uma grande potência. O governo assinou tratados
comerciais com países do ocidente, realizou uma ampla reforma educacional
destinada a erradicar o analfabetismo e promoveu a industrialização do país.
Criadas essas condições, na segunda metade de
século XIX, o Japão pôde iniciar sua arrancada industrial, também promovida
pela iniciativa estatal. Os capitais estrangeiros, contratados pelo governo
para financiar o desenvolvimento industrial, foram transferidos para as mãos de
grandes grupos econômicos, os Zaibatsu,
controlados por algumas poucas famílias.
Assim por volta de 1910, o Japão já tinha mais
de 10 mil quilômetros de estradas de ferro construídas, grandes barcos,
poderosas companhias de navegação e mineração e sua produção têxtil era uma das
maiores do mundo.
A
INDUSTRIALIZAÇÃO DOS ESTADOS UNIDOS
Nos
Estados Unidos, o grande salto na industrialização ocorreu após a Guerra civil
(1861-1865), também chamada de Guerra de Secessão. O Norte industrializado
venceu o Sul agrário e escravista e impôs seu projeto modernizador. Leis
protecionistas que amparavam a produção industrial e agrícola do País, a grande
oferta de mão de obra barata, garantida pela política de incentivo à imigração,
a ocupação do oeste e o incentivo à instalação de companhias de transporte e
comunicações são os principais fatores que explicam as transformações dos
Estados Unidos numa nação industrial e poderosa.
Em 1900, a força de economia norte-americana
despontava em vários setores. Os E.U.A. ocupavam o 1º lugar na produção mundial
de aço, produto fundamental nas ferrovias e fabricação de máquinas e tinha
também a maior malha ferroviária. Sua população urbana saltou de 15% em 1850,
para 40% em 1900, ou seja, dos 75 milhões de habitantes dos E.U.A., 30 milhões
viviam nas cidades.
A ERA DO CAPITLISMO FINANCEIRO
Até meados do século XIX, muitas empresas começavam a funcionar sem
grandes recursos e se expandiam à medida que seus donos reinvestiam na própria
empresa parte dos lucros obtidos com a comercialização dos produtos. Por essa
razão, predominavam as pequenas empresas familiares. Como os recursos que
alimentavam a produção eram obtidos pela dinâmica da própria indústria, essa
fase é conhecida como a era do Capitalismo Industrial.
A partir de 1880, as novas
atividades econômicas – empresas de petróleo, usinas elétricas e siderúrgicas
– exigiam grandes investimentos, que não podiam ser obtidos apenas com recursos
próprios. As instituições bancárias assumiram um papel central a partir
desse período, financiando produções industrial, agrícola e mineral em cada
país e controlando, por meio de aquisição de ações, empresas diferentes setores
e atividades. Começava a Era do Capitalismo Financeiro.
A partir da Segunda
Revolução Industrial surgiram empresas gigantes e poderosas. Essas empresas
resultaram principalmente da formação de Trustes, Cartéis e Holdings:
TRUSTE:
Associação de empresas de um mesmo ramo que se fundem com o objetivo
de controlar os preços, a produção e o mercado;
CARTEL:
Agrupamento de empresas
independentes que estabelecem acordos
ocasionais com o proposito de dividir
o mercado e combater os concorrentes;
HOLDING:
Empresa que controla uma série de outras empresas, do mesmo ramo ou de setores
diferentes, mediante a posse majoritária das ações dessas empresas.
REFERÊNCIAS
FOCHI,
Graciela Márcia. Cultura e sociedade na
modernidade. Indaial: Uniasselvi, 2013.
SILVA,
Fábio Luiz da; MUZARDO, Fabiane Tais; FOCHI, Graciela Márcia; SILVA, Thiago
Rodrigo da. Cultura e Sociedade na
Modernidade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2014.
APOLINÁRIO,
Maria Raquel. Projeto Araribá:
Componente curricular História 8º ano. São Paulo: Moderna, 2007.
APOLINÁRIO,
Maria Raquel. Projeto Araribá:
Componente curricular História 9º ano. São Paulo: Moderna, 2007.
MESQUITA, Fernando.
A Revolução Industrial - As principais transformações da história da humanidade. 2015. Disponível em: http://cienciasnaturaisdinamica.blogspot.com.br/2015/06/a-revolucao-industrial.html,
acesso em: 02/09/2016.
SOUSA,
Rainer Gonçalves. "Segunda
Revolução Industrial"; Brasil Escola. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/historiag/segunda-revolucao-industrial.htm>.
Acesso em 05 de setembro de 2016.
IMAGENS:
Indústria
alemã: https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrial#/media/File:BASF_Werk_Ludwigshafen_1881.JPG
Meiji:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/7b/MeijiJoukyou.jpg/300px-MeijiJoukyou.jpg
Soldados:
http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/upload/conteudo_legenda/576be488695cef16d24e236fbad37a33.jpg
Mapa:
http://www.klepsidra.net/klepsidra25/estados.jpg
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