OUTROS
MOVIMENTOS DE CONTESTAÇÃO
CONJURAÇÃO FLUMINENSE
A Conjuração
Fluminense, que criticava o governo monárquico e aconteceu na cidade do Rio de
Janeiro em 1794, então Capital da
Colônia.
Os conjurados formaram
a Sociedade Literária, uma associação de intelectuais (escritores e poetas) que
debatia, de maneira geral, obras de filósofos iluministas. Os assuntos
relacionados à política, filosofia e ciência eram motivos de discussões. Os
integrantes da Conjuração Carioca foram delatados, porém, neste episódio, os
envolvidos foram libertos após um pequeno período de detenção. Com Ideais
liberal-democráticos, os conjurados defendiam o racionalismo e a Liberdade de
pensamento.
CONJURAÇÃO BAIANA
No ano de 1798, ocorreu outro movimento de luta
contra o regime colonial português. Na Bahia, em uma Loja Maçônica (Maçonaria),
foi fundado o grupo “Cavaleiros da Luz”.
Os ideais da Revolução Francesa eram temas de debate das reuniões daquela
sociedade.
Maçonaria:
Sociedade em caráter secreto, sua origem remonta às confrarias medievais, que
detinham o segredo das construções de Igrejas. Sua principal bandeira era a
luta contra o poder da monarquia absoluta. Na época da Independência, duas
tendências se confrontaram dentro do “Grande Oriente”, a principal Loja Maçônica
brasileira: a chamada maçonaria “vermelha” dos
liberais radicais, e a monarquia “azul”, dos
partidários de José Bonifácio. (BARROS, 1994)
A Conjuração Baiana, ou dos Alfaiates
(os alfaiates destacaram-se na conspiração) ou ainda Revolta dos Búzios, foi um movimento de libertação que contou com a
participação de grupos mais humildes.
A Escassez de gêneros
alimentícios e a carestia (encarecimento
do custo de vida) deram origem a vários motins na cidade, entre 1797
e 1798. Os conspiradores defendiam a Proclamação da República, o fim da
escravidão, o livre comércio, o aumento do salário dos militares, a punição de
padres contrários à liberdade.
Formaram um grupo na luta contra os privilégios e desigualdades
sociais. O movimento de revolta tinha como ideal “a construção de uma
sociedade igualitária e democrática, onde as diferenças de raça não estorvassem
as oportunidades de emprego, nem a mobilidade social, dos 60 mil habitantes de Salvador, 40 mil era
afrodescendentes”.
.
Este movimento de
contestação diferenciava-se da
Inconfidência Mineira e a Conjuração Fluminenses, pois defendia a libertação dos escravos.
As ideias de liberdade
e felicidade surgiam como promessa de um futuro próspero.
Em agosto de 1798 panfletos
manuscritos foram distribuídos em Salvador em nome do "supremo tribunal da democracia baiana".
Neles encontrava-se o programa político do movimento: independência, república,
liberdade de comércio entre as nações, separação entre Igreja e Estado,
reconhecimento da emancipação política do Brasil (ou seja, o fim do Pacto
Colonial com Portugal), aumento do salário dos soldados e igualdade de
direitos independentemente das diferenças raciais.
A circulação dos panfletos chamou
a atenção das autoridades da capitania. As suspeitas, que inicialmente recaíram
sobre o mulato Domingos da Silva Lisboa,
um escriba profissional, logo levaram ao soldado Luís Gonzaga das Virgens que, sob tortura, foi instigado a delatar
seus companheiros. Os alfaiates João de
Deus e Manuel Faustino
decidiram, então, libertar Luís Gonzaga e iniciar a revolução. No entanto,
antes que pudessem deflagrar a revolta, muitos de seus participantes foram
presos e indiciados numa devassa que envolveu 33 pessoas: 22 mulatos, 10
brancos e 1 negro.
Em 1799, foram enforcados, esquartejados e tiveram
as partes de seus corpos expostas os soldados Luís Gonzaga e Lucas Dantas,
e os alfaiates João de Deus e Manuel Faustino.
CONSPIRAÇÃO DOS
SUASSUNAS
A conspiração dos
Suassunas foi um movimento ocorrido em Pernambuco nos primeiros anos do século
XIX. A maçonaria teve bastante participação neste episódio. Em 1798, foi
fundado o Areópago de Itambé, e em 1802 a Academia de Suassuna, locais de
divulgação das ideias revolucionárias francesas.
Uma sociedade política secreta
que tinham por fim tornar conhecido o Estado geral da Europa. Era uma espécie
de magistério que instruía e despertava o entusiasmo pela República, inspirando
o ódio à tirania dos reis. Era finalmente a revolução doutrinada que traria
oportunamente independência e o governo republicano a Pernambuco.
Pretendiam, acima de
tudo, conscientizar os colonos de que eram explorados por um governo
absolutista. Nas palavras de José Honório Rodrigues “a Conspiração dos
Suassunas não passou do plano das ideias, não se concretizou em atos de
rebeldia”.
REFERÊNCIAS
SOUZA,
Evandro José. SAYÃO, Thiago Juliano. História
do Brasil colonial. Indaial: Uniasselvi. 2011.
AGUIAR, Isabel. Processo de Emancipação Política Do Brasil. Disponível em: <Http://Profisabelaguiar.Blogspot.Com.Br/2016/08/Processo-De-Emancipacao-Politica-Do.Html>. Acesso em: 07 de novembro de 2016.
A
Conjuração Baiana. Disponível em: < http://histbr.blogspot.com.br/2014/08/a-conjuracao-baiana-1798.html>.
Acesso em 08 de novembro de 2016.
IMAGENS
Areópago
1: http://ecopassaporte.com/pe/wp-content/uploads/sites/2/2014/01/itambe_lj-maconica_paragem-de-ouro-fino.jpg
Canais do Aula de História na Web 2.0
Canais do Retro Games BR
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