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terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Outros Movimentos de Contestação



OUTROS MOVIMENTOS DE CONTESTAÇÃO

CONJURAÇÃO FLUMINENSE

A Conjuração Fluminense, que criticava o governo monárquico e aconteceu na cidade do Rio de Janeiro em 1794, então Capital da Colônia.

Os conjurados formaram a Sociedade Literária, uma associação de intelectuais (escritores e poetas) que debatia, de maneira geral, obras de filósofos iluministas. Os assuntos relacionados à política, filosofia e ciência eram motivos de discussões. Os integrantes da Conjuração Carioca foram delatados, porém, neste episódio, os envolvidos foram libertos após um pequeno período de detenção. Com Ideais liberal-democráticos, os conjurados defendiam o racionalismo e a Liberdade de pensamento.


CONJURAÇÃO BAIANA

No ano de 1798, ocorreu outro movimento de luta contra o regime colonial português. Na Bahia, em uma Loja Maçônica (Maçonaria), foi fundado o grupo “Cavaleiros da Luz”. Os ideais da Revolução Francesa eram temas de debate das reuniões daquela sociedade.

Maçonaria: Sociedade em caráter secreto, sua origem remonta às confrarias medievais, que detinham o segredo das construções de Igrejas. Sua principal bandeira era a luta contra o poder da monarquia absoluta. Na época da Independência, duas tendências se confrontaram dentro do “Grande Oriente”, a principal Loja Maçônica brasileira: a chamada maçonaria “vermelha” dos liberais radicais, e a monarquia “azul”, dos partidários de José Bonifácio. (BARROS, 1994)

A Conjuração Baiana, ou dos Alfaiates (os alfaiates destacaram-se na conspiração) ou ainda Revolta dos Búzios, foi um movimento de libertação que contou com a participação de grupos mais humildes.

A Escassez de gêneros alimentícios e a carestia (encarecimento do custo de vida) deram origem a vários motins na cidade, entre 1797 e 1798. Os conspiradores defendiam a Proclamação da República, o fim da escravidão, o livre comércio, o aumento do salário dos militares, a punição de padres contrários à liberdade.
Formaram um grupo na luta contra os privilégios e desigualdades sociais. O movimento de revolta tinha como ideal “a construção de uma sociedade igualitária e democrática, onde as diferenças de raça não estorvassem as oportunidades de emprego, nem a mobilidade social, dos 60 mil habitantes de Salvador, 40 mil era afrodescendentes”.
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Este movimento de contestação diferenciava-se da Inconfidência Mineira e a Conjuração Fluminenses, pois defendia a libertação dos escravos.
As ideias de liberdade e felicidade surgiam como promessa de um futuro próspero.
Em agosto de 1798 panfletos manuscritos foram distribuídos em Salvador em nome do "supremo tribunal da democracia baiana". Neles encontrava-se o programa político do movimento: independência, república, liberdade de comércio entre as nações, separação entre Igreja e Estado, reconhecimento da emancipação política do Brasil (ou seja, o fim do Pacto Colonial com Portugal), aumento do salário dos soldados e igualdade de direitos independentemente das diferenças raciais.
A circulação dos panfletos chamou a atenção das autoridades da capitania. As suspeitas, que inicialmente recaíram sobre o mulato Domingos da Silva Lisboa, um escriba profissional, logo levaram ao soldado Luís Gonzaga das Virgens que, sob tortura, foi instigado a delatar seus companheiros. Os alfaiates João de Deus e Manuel Faustino decidiram, então, libertar Luís Gonzaga e iniciar a revolução. No entanto, antes que pudessem deflagrar a revolta, muitos de seus participantes foram presos e indiciados numa devassa que envolveu 33 pessoas: 22 mulatos, 10 brancos e 1 negro.
Em 1799, foram enforcados, esquartejados e tiveram as partes de seus corpos expostas os soldados Luís Gonzaga e Lucas Dantas, e os alfaiates João de Deus e Manuel Faustino.


CONSPIRAÇÃO DOS SUASSUNAS

A conspiração dos Suassunas foi um movimento ocorrido em Pernambuco nos primeiros anos do século XIX. A maçonaria teve bastante participação neste episódio. Em 1798, foi fundado o Areópago de Itambé, e em 1802 a Academia de Suassuna, locais de divulgação das ideias revolucionárias francesas.

Uma sociedade política secreta que tinham por fim tornar conhecido o Estado geral da Europa. Era uma espécie de magistério que instruía e despertava o entusiasmo pela República, inspirando o ódio à tirania dos reis. Era finalmente a revolução doutrinada que traria oportunamente independência e o governo republicano a Pernambuco.
Pretendiam, acima de tudo, conscientizar os colonos de que eram explorados por um governo absolutista. Nas palavras de José Honório Rodrigues “a Conspiração dos Suassunas não passou do plano das ideias, não se concretizou em atos de rebeldia”.

REFERÊNCIAS
SOUZA, Evandro José. SAYÃO, Thiago Juliano. História do Brasil colonial. Indaial: Uniasselvi. 2011.

AGUIAR, Isabel. Processo de Emancipação Política Do Brasil. Disponível em: <Http://Profisabelaguiar.Blogspot.Com.Br/2016/08/Processo-De-Emancipacao-Politica-Do.Html>. Acesso em: 07 de novembro de 2016.

A Conjuração Baiana. Disponível em: < http://histbr.blogspot.com.br/2014/08/a-conjuracao-baiana-1798.html>. Acesso em 08 de novembro de 2016.

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