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quinta-feira, 13 de abril de 2017

Estruturas Econômicas e Políticas



ESTRUTURAS POLÍTICAS

Entre 1831 e 1840 temos o período em que o país assistiu a uma sucessão de regências, enquanto D. Pedro II não ocupasse o trono, em virtude de sua pouca idade. Uma regência provisória, composta por 3 indivíduos, que governaram o país entre maio e julho de 1831, quando é sucedida por uma Regência Trina Permanente

Regência Trina Permanente foi eleita, em julho de 1831, pela Assembleia Geral. A Regência Trina Permanente visava o equilíbrio político e regional, foram eleitos: Costa Carvalho, moderado, representando o Sul; Bráulio Muniz, exaltado, representando o Norte, enquanto ao centro, era mantido o brigadeiro Francisco de Lima e Silva.

O padre Diogo Antonio Feijó, foi uma das pessoas de maior destaque na Regência Trina Permanente. Nomeado para o cargo de ministro da Justiça, tinha como meta garantir a ordem publica, que interessava diretamente aos moderados.
Esta nova regência funciona até 1835, mas acabou limitando o poder Moderador dos regentes e instituindo a Regência Uma. Alternadamente, a regência foi ocupada por Feijó (1835-1837) e por Araújo Lima (1838- 1840).

Durante o período regencial podemos identificar 3 forças políticas importantes:

·         Restauradores ou Caramurus: grupo identificado com D. Pedro I, que desejava a volta do Imperado;
·         Liberais moderados: Defendiam a manutenção da estrutura social, política e econômica, com todos os privilégios das elites e da aristocracia;
·         Liberais exaltados: Defensores da republica, identificados com setores sociais urbanos e médios.

Desde 1835 cogitava-se antecipar a ascensão ao trono de D. Pedro II, que estava prevista para 1843, quando completaria 18 anos. Diversos setores se articulavam para atribuir maioridade a D. Pedro II para que pudesse assumir o trono, inclusive com apoio de jornais cariocas que atribuíam um caráter sagrado a esse processo.

D. Pedro II tem assim sua maioridade decretada quando contava com 15 anos, em 1840, marcando assim o início do Segundo Reinado, que durará até 1889, com a proclamação da República. As forças políticas do período regencial lutaram para influenciar no processo de condução da política do segundo reinado.

Estas forças de aglutinaram em dois grupos: Liberais e conservadores. A mobilização para a cerimônia de coroação deu feição especialmente política, ligando o “Dia do Fico” à Independência. A monarquia vai se consolidando entre 1841 e 1864, por meio da desarticulação de rebeliões regenciais.


ESTRUTURAS ECONÔMICAS

Quando passa da condição de Colônia para a de Império, o Brasil mantém sua economia calçada na exportação de produtos agrícolas para as nações que se industrializavam naquele momento.
Segundo Freyre (2003) o Brasil acabou se constituindo a partir do patriarcalismo, do patrimonialismo, da escravidão e estamento, visto que a base da manutenção econômica do império continuaria por muito tempo sendo escravista-exportadora.

A partir da Independência o incremento da importação, proporciona, de certa maneira facilita o comércio exterior, embora dificultando a importação de certos elementos necessários à modernização. Com a tolerância a estrangeiros que começa a se estabelecer, há também um fluxo cada vez maior de viajantes no país.

A abertura dos portos levou, também, à abertura e transformação dos hábitos, como uma verdadeira revolução, até mesmo na distribuição das atividades produtivas.

Dois fatos importantes, um de natureza geográfica: é o deslocamento da primazia econômica das velhas regiões agrícolas do Norte para as mais recentes do Centro-Sul (RJ, MG e SP), outro é a decadência das lavouras tradicionais do Brasil (cana-de-açúcar, algodão e tabaco) e o desenvolvimento do café, que acabará por figurar quase isolado na balança econômica brasileira.

O renascimento agrícola iniciado em fins do século XVIII e grandemente impulsionado depois da abertura dos portos (O Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas foi uma carta régia promulgada pelo Príncipe-regente de Portugal Dom João de Bragança, no dia 28 de janeiro de 1808) e da emancipação política do país, favorece as regiões agrárias mais antigas do Norte (do Maranhão até a Bahia). Já na primeira metade do século XIX, o Centro-Sul irá progressivamente tomando a dianteira nas atividades econômicas do país.
 
 
Portos Abertos

No segundo reinado, a exploração detinha-se especialmente no açúcar e no café, que alimentavam diretamente a organização burocrático-administrativa e política do Estado Imperial.
Havia novas forças sociais, formadas pela industrialização e urbanização. No norte do país, o cacau e a borracha emergiam no mercado externo, atraíam imigrantes e migrantes, interesses estratégicos e dinheiro, que eram traduzidos em modificações das feições urbanas, especialmente de Manaus e de Belém do Pará, mas também introduzindo uma quantidade significativa de empregados assalariados em economia nacional.

Mesmo que a economia permanecesse elitista, ia-se tornando cada vez mais produtiva e eficiente, o Estado ia ofertando melhores aparelhos de cobrança de impostos.

O CAFÉ

Não se sabe ao certo como essa cultura acabou sendo introduzida no Brasil, mas há suspeitas de que tenha entrado via Pará no início do século XVIII, dando início a um rápido percurso de expansão.
A produção brasileira passou a ter escala no final do século XVIII, quando as colônias francesas produtoras começaram a entrar em crise. O café, que então estava sendo cultivado em lavouras próximas à cidade do Rio de Janeiro, fixou-se no vale do Paraíba, uma ampla região situada entre províncias do Rio de Janeiro e de São Paulo em 1825 e o noroeste dessa província em 1850.


 O principal produto de exportação do Brasil, neste período, foi o café, que passa a ocupar esta posição após o declínio do ciclo minerador. Esta atividade econômica marcou profundamente a sociedade brasileira, desde fomentar o aparecimento de uma sólida elite rural, que passou a interferir em outros ramos da economia, como incentivar o ciclo migratório de europeus para novas áreas de cultivo, ao longo do século XIX.

O açúcar no século XIX voltou a sofrer a concorrência da mercadoria das Antilhas. A mecanização da agricultura e das fábricas ampliou o consumo e a produção de algodão brasileiro, embora fossem os EUA os principais fornecedores para a Inglaterra.

O Brasil teve sua industrialização limitada pelo pacto colonial, mas mesmo durante os primeiros anos da independência não foram feitos esforços no sentido de industrializar o país. Podemos dizer que será a partir de 1840 que medidas industrializantes serão implementadas pelo Império, o Barão de Mauá é exemplo do dinamismo econômico que marcou o período.
Ao lado da cana-de-açúcar, do ouro e alguns outros produtos, o café cumpre o papel de colocar algumas regiões da antiga colônia portuguesa na dinâmica do sistema mundial, com a peculiaridade de acompanhar a emancipação política do país, sustentando a Monarquia recém-instaurada – com a utilização do trabalho escravo até que se organizasse o abastecimento da força de trabalho com trabalhadores livres (principalmente imigrantes europeus).

No Oeste paulista, a partir do cultivo da cana-de-açúcar, a terra é incorporada ao cálculo econômico e reorganiza a vida social da região.

Essa passagem da produção local para a exportação do café foi favorecida pela topografia do Oeste paulista, seu relevo mais achatado ajudou no plantio em regiões mais altas, protegendo o café do ar frio das baixadas, poupando o trabalho exigido na plantação nas chamadas meias-laranjas do Vale do Paraíba.

Depois de a maquinaria toar parte na produção de café, é a vez da ferrovia, um dos maiores ícones da sociedade moderna, contribuindo para que a produção paulista se mantivesse no mercado internacional. O uso da tecnologia aconteceu condicionado pela dinâmica do mercado mundial. Incorporando transformações que permitem manter a base da organização produtiva, o café se constitui ao longo do século XIX como o principal produto brasileiro no mercado internacional. A partir da 3ª década do século XIX o café ocupa o lugar do açúcar no predomínio do comércio.




REFERÊNCIAS
KLANOVICZ, Jó. História do Brasil Imperial. Indaial: Uniasselvi, 2010.

RIBEIRO, Thyago. Regência Trina Permanente. Disponível em http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/regencia-trina-permanente/. Acesso em: 05 de abril de 2017.

WIKIPEDIA. Decreto de abertura dos Portos às Nações Amigas. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto_de_Abertura_dos_Portos_%C3%A0s_Na%C3%A7%C3%B5es_Amigas>. Acesso em 05/04/2017.


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