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quinta-feira, 6 de abril de 2017

Nacionalismo e Nativismo = Antilusitanismo

HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL
Unidade 1 – Antecedentes da Independência

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NACIONALISMO E NATIVISMOS
O período que vai da chegada da família real à abdicação de D. Pedro I foi marcado pela emergência de nativismos e nacionalismos no Brasil. Esses dois sentimentos estavam vinculados a um preceito comum, o antilusitanismo (diz-se daquilo ou daquele que é contra os portugueses).

CARACTERÍSTICAS DOS NATIVISMOS
O sentimento antilusitano consolidou-se em razão de uma necessidade característica da ex-colônia, que era a de construir uma identidade nova que rompesse com o passado colonial.

No Período pós-independência, o nativismo foi exacerbado. Manifestações antilusitanas tomaram a forma de violência efetiva, tais como espancamentos de portugueses na Bahia em 1826, ou atentados a propriedade e pessoas no Rio de Janeiro, no mesmo ano.

Fato é que o antilusitanismo foi um dos caminhos para o reconhecimento da nacionalidade brasileira, bem como para enfraquecer as identificações regionais que ainda predominavam na época da independência, mas também para tocar em temas importantes como a tomada da consciência de diferenças entre mulatos e negros.



Com a abdicação de D. Pedro I, era necessário reafirmar o corte com o passado colonial. Essa racionalização refletiu-se em propostas como a que surgiu em 1831, e que tentava proibir a entrada de portugueses no Brasil por 10 anos.
Mesmo no período regencial (1831 a 1840), o antilusitanismo continuou forte e impregnado no novo país. O Projeto de Hino Nacional proposto por Francisco Manuel da Silva, e que ficou conhecido no período regencial como Hino ao 07 de abril, descrevia os portugueses como “monstros”, em 3 versos diferentes.
O período regencial, contudo, promove uma virada nesse antilusitanismo e nativismo. A nacionalidade passa a ser tratada em outras arenas que apenas a política, partindo para o mundo da economia, da sociedade, da literatura e do jornalismo.

** Período regencial é como ficou conhecido o decênio de 1831 a 1840 na História do Brasil, compreendido entre a abdicação de D. Pedro I e a "Declaração da Maioridade", quando seu filho D. Pedro II teve a maioridade proclamada.
Nascido a 2 de dezembro de 1825, Pedro II contava, quando da renúncia paterna, 5 anos e 4 meses, não podendo portanto assumir o governo que, por força da lei, seria dirigido por uma regência integrada por três representantes. Durante esta década sucederam-se quatro regências: A Provisória Trina, a Permanente Trina, a Una do Padre Feijó e a Una de Araújo Lima.

REFERÊNCIAS
KLANOVICZ, Jó. História do Brasil Imperial. Indaial: Uniasselvi, 2010.

WIKIPÉDIA. Período regencial (Brasil). Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_regencial_(Brasil). Acesso em: 24/03/2017.


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