Aproveitando a abordagem da escravidão no Brasil, na postagem anterior (clique aqui), vamos tomar conhecimento dos processos de "repartição" da África, como as nações europeias realizaram este processo, suas características e consequências para todo um continente.
Na próxima semana Postagens diários sobre o tema!
IMPERIALISMO
NA ÁFRICA
O Imperialismo na África
determinou a repartição do continente entre as potências europeias do final do
século XIX e início do século XX. Durante vários séculos o continente foi
explorado por colonizadores estrangeiros e até hoje sofre as consequências das
intervenções de outrora.
Imperialismo na África.
Ilustração: Edward Linley Sambourne (1844–1910)
O primeiro momento de conquista
do território africano na modernidade aconteceu com o avanço das grandes navegações. Inicialmente, Portugal e Espanha foram os
colonizadores da África entre os séculos XV e XVII. Esta primeira fase é
conhecida como Colonialismo. Durante
o século XVI os portugueses passaram explorar não só matérias primas, mas
também mão-de-obra escravizada, dando início ao comércio triangular com as
colônias europeias na América.
Como a Europa, durante os séculos
XVIII e XIX, passava pelo processo de Revolução
Industrial, necessitava de matérias-primas
e novos mercado consumidores para as mercadorias produzidas pelas
indústrias europeias. Uma solução encontrada foi a exploração de regiões da
Ásia e África.
Em 1830 missionários e
exploradores adentram no continente com a finalidade de “salvar as almas selvagens”, mascarando pela religiosidade que a
verdadeira intenção era a da conquista da África pela Europa. Os missionários
tinham como intensão construir cidades
aos moldes europeus, desrespeitando as culturas locais. Além disso prepararam os nativos para o cultivo
dos produtos de exportação, incentivando o trabalho livre e denunciando a
escravidão. Estes missionários estavam seguindo
a propaganda inglesa da época. Os exploradores foram responsáveis por
transmitir aos europeus os eixos de acesso ao centro do continente, colocando
nos mapas europeus, por exemplo, a nascente do Rio Nilo; as descobertas do Rio
Níger e do Rio. A descoberta deste rio fez com que os portugueses sonhassem em
ter um território que ligasse a parte atlântica africana, Angola, e a parte
índica, Moçambique, que resultaria no Mapa
Cor-de-Rosa.
Até o século XIX a
intervenção europeia esteve presente apenas
no litoral do continente africano,
com uma exploração especialmente marcada pelo
trafico negreiro que acontecia no Oceano
Atlântico. Mas com a ascensão de outras potências europeias acirrou a
corrida pelo domínio do continente e ampliou a exploração, adentrando no
território.
A entrada de novos países
europeus no cenário de dominação do continente africano causou uma imensa fragmentação das comunidades e das culturas nativas,
a exploração passou a ser guiada pelos interesses ligados às riquezas naturais – como ouro, cobre e diamantes – e pelas
estratégicas regiões localizadas próximas ao Mar Mediterrâneo visando os
privilégios no comércio marítimo.
O primeiro país europeu, após Portugal e Espanha, a invadir o continente africano foi a França, que desenvolveu sua conquista
imperialista entre 1830 e 1857 na Argélia. Era apenas o começo de uma
nova fase de exploração intensa da África. Os franceses prosseguiram a
conquista estabelecendo-se na Tunísia,
na África Ocidental e na África Equatorial, sendo que o domínio se
expandiu ainda até regiões como Madagascar
e Marrocos.
Em seguida aos franceses vieram os ingleses, os quais promoveram a conquista imperialista no Egito e o domínio do Canal de Suez.
Os alemães vieram em seguida conquistando
a África Oriental e Camarões, Togo e Namíbia, estes na
parte ocidental do continente.
Já atrasados, chegaram os italianos promovendo o domínio na Líbia, na Eritréia e na Somália.
A capacidade de tais países, pelo
crescimento conquistado ao longo dos séculos com base na exploração, era
inegável e oferecia condições de enfrentamento com grande poderio. As comunidades africanas, contudo, não
deixaram de enfrentar os europeus, é bem verdade que a derrota era quase inevitável,
mas o processo de dominação imperialista na África não foi tão fácil quanto se
pode parecer. Os países europeus forçaram
os povos africanos a seguirem
aspectos culturais europeus, justificando que estavam levando o progresso e a ciência para o continente. Os
europeus praticamente obrigaram os africanos a consumirem os produtos fabricados nas indústrias europeias.
Em 1876 Leopoldo II organizou a
Conferência Internacional de Geografia de Bruxelas, com o objetivo de localizar
rotas pelo interior do continente africano, além da instalação de postos
científicos, hospitaleiros e pacificadores, a fim de estabelecer a paz entre as
nações africanas. No fim da Conferência, Leopoldo II, estabeleceu uma
“Confederação de Repúblicas Livres” no Congo, que se tornaria o futuro o Estado
Livre do Congo, onde ele seria o soberano desse novo estado.
FONTES:
JUNIOR, Antonio Gasparetto. Imperialismo na África. Disponível em:
<www.infoescola.com/historia/imperialismo-na-africa/>.
Acesso em: 11/04/2017.
Imperialismo na África. Disponível em: http://www.suapesquisa.com/historia/imperialismo/imperialismo_africa.htm.
Acesso em: 11/04/2017.
ANDRADE, Ana
Luíza Mello Santiago de. Partilha da
África. Disponível em: <http://www.infoescola.com/historia/partilha-da-africa/>.
Acesso em: 11/04/2017.
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