HISTÓRIA DA AMÉRICA
Unidade 1 - A Colonização da América - Os
Primeiros Tempos
Tópico
02 - A América antes dos Europeus.
Os países situados
atualmente na América Latina e que foram colonizados por espanhóis revelam suas
origens nas civilizações pré-colombianas.
SOCIEDADES ANDINAS
A antiga civilização inca ocupou os territórios do atual
Peru, Bolívia, Chile e Equador.
Assim como os Faraós, o imperador Inca, denominado SAPA era reconhecido como um Deus. A
organização social apresentava estratificação, ou seja, classes determinadas
nas quais os nobres compreendiam governantes, guerreiros e sacerdotes.
Os
funcionários públicos, como por exemplo, os cobradores de impostos, além de
trabalhadores especializados em determinadas funções formavam uma classe
intermediária. E por fim, na base da pirâmide social Inca, encontramos artesãos
e camponeses, submetidos à cobrança de tributos.
Destacaram-se na arquitetura por construírem edificações a
partir de blocos de pedras encaixadas. A cidade de Machu Picchu foi descoberta
em 1911 e revelou a concepção urbana presente na sociedade Inca.
A agricultura era extremamente eficiente. O s terraços,
construídos nas encostas das montanhas, possibilitavam o cultivo e
aproveitamento das águas das chuvas, além disso, construíram canais de
irrigação. Dentre as culturas mais comuns destacavam-se as de feijão, milho e
batata. Possuíam domínio de técnicas e manipulação de metais, foram externados
nas artes por meio de joias e objetos decorativos.
Lhama
A domesticação da Lhama
possibilitou a sua utilização como meio de transporte, fonte de lã, carne e leite.
Na religião, destacava-se o culto aos Deus Sol como sua
principal figura divina. Outros animais como o Condor e o jaguar também eram
considerados sagrados e cultuados.
O país era rico e não apenas em termos do que poderia ser
“levado embora”, havia riqueza em quantidade de pessoas e suas habilidades,
maravilhas tecnológicas, metalurgia, edificação, estradas, irrigação, produtos
têxteis, etc.
A agricultura andina é caracterizada por culturas
resistentes às condições locais além da adaptação de variedades europeias e
africanas como cevada, cana-de-açúcar, uva e banana. O cultivo do milho e
batata-doce eram verificados em too o continente, embora no Sul nenhuma delas
fosse produzida em quantidades expressivas.
INCAS – ASPECTOS HIERARQUICOS
Nos postos mais elevados da hierarquia social e política,
encontramos uma autocracia teocrática hereditária. O Inca, soberano supremo, é
ao mesmo tempo uma divindade que transmite o poder a seus filhos. Os direitos
de vida e morte sobre seus súditos são absolutos, qualquer que seja o nível
social deles.
Historiadores oficiais, escolhidos pelo Inca, escreviam DUAS
histórias diferentes: uma para a nobreza e a hierarquia, outra para o povo.
Esta última, cuidadosamente elaborada, excluía tudo que pudesse diminuir o
respeito e a fidelidade ao soberano. Contadores de história e cantadores
populares eram instruídos sobre os temas de suas histórias e canções. A derrota
do Inca
Urco frente aos Chancas foi totalmente ignorada pela “história
oficial”. Assim, religião, mitos, lendas e histórias foram deliberadamente
fabricadas por especialistas, visando a divinizar o Inca.
Soberano Inca Urco
Abaixo do soberano vinha uma complexa burocracia
administrativa e militar que chegou a constituir, por seu caráter hereditário,
de fato, uma casta. Os descendentes dessa casta recebiam uma educação, adequada
para o mando e a administração. Dado o caráter guerreiro dos Incas, o preparo
físico para a milícia era privilegiado.
Os povos dominados conservavam a liberdade de adorar suas
antigas divindades, ainda que tivessem que aceitar como divindade suprema o
Sol, Deus dos que andavam, e Inca, como representante de Sol na Terra.
A corte Inca contava com milhares de servidores, e a
hierarquia civil e religiosa viviam dos tributos que milhões de seres humanos
de todo o império entregavam ao Inca. Este recompensava seus dignatários de
acordo com méritos militares, religiosos e administrativos. Considerava-se que
os méritos acumulados antes da morte deveriam ser socializados. Dessa maneira,
todos os parentes interessavam-se para que, enquanto o dignatário fosse vivo,
servisse ao Inca da melhor forma possível porque dele dependiam a riqueza e as
honras de todos.
Era costume que o supremo sacerdote fosse um irmão ou primo
do próprio soberano. Essa espécie de papa era chamado de Villac Umu, este designava dez personagens, que por sua vez,
escolhiam o clero para os escalões inferiores. Era uma rede que assegurava o
culto ao Sol e a seu representante vivo, o Inca.
O camponês comum era chamado de Llacta Runa, tinha obrigações, poucos direitos e muito deveres.
Abaixo dele existiam os Yanaconas, condenados
à servidão ou à escravidão que se tornava extensivo a seus descendentes. Não
eram escravos de produção, mas servidores
domésticos. Não durou muito tempo e muitos deixaram essa condição, passando
a fazer parte das famílias às quais serviam.
REFERÊNCIAS
ROCHA, Manoel José Fonseca; GALCOWSKI, Anderson Nereu. História da América. Indaial:
Uniasselvi, 2011.
IMAGENS
Machu Picchu: http://historiadomundo.uol.com.br/upload/conteudo/images/cidade-machu-picchu-no-peru-principal-patrimonio-civilizacao-inca-5445573c15678.jpg
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