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quinta-feira, 8 de junho de 2017

Sociedades Andinas - Incas



HISTÓRIA DA AMÉRICA
 Unidade 1 - A Colonização da América - Os Primeiros Tempos
Tópico 02 - A América antes dos Europeus.

Os países situados atualmente na América Latina e que foram colonizados por espanhóis revelam suas origens nas civilizações pré-colombianas.


SOCIEDADES ANDINAS
A antiga civilização inca ocupou os territórios do atual Peru, Bolívia, Chile e Equador.
Assim como os Faraós, o imperador Inca, denominado SAPA era reconhecido como um Deus. A organização social apresentava estratificação, ou seja, classes determinadas nas quais os nobres compreendiam governantes, guerreiros e sacerdotes. 


Os funcionários públicos, como por exemplo, os cobradores de impostos, além de trabalhadores especializados em determinadas funções formavam uma classe intermediária. E por fim, na base da pirâmide social Inca, encontramos artesãos e camponeses, submetidos à cobrança de tributos.
Destacaram-se na arquitetura por construírem edificações a partir de blocos de pedras encaixadas. A cidade de Machu Picchu foi descoberta em 1911 e revelou a concepção urbana presente na sociedade Inca.

A agricultura era extremamente eficiente. O s terraços, construídos nas encostas das montanhas, possibilitavam o cultivo e aproveitamento das águas das chuvas, além disso, construíram canais de irrigação. Dentre as culturas mais comuns destacavam-se as de feijão, milho e batata. Possuíam domínio de técnicas e manipulação de metais, foram externados nas artes por meio de joias e objetos decorativos.

Lhama
A domesticação da Lhama possibilitou a sua utilização como meio de transporte, fonte de lã, carne e leite.


Na religião, destacava-se o culto aos Deus Sol como sua principal figura divina. Outros animais como o Condor e o jaguar também eram considerados sagrados e cultuados.
O país era rico e não apenas em termos do que poderia ser “levado embora”, havia riqueza em quantidade de pessoas e suas habilidades, maravilhas tecnológicas, metalurgia, edificação, estradas, irrigação, produtos têxteis, etc.
A agricultura andina é caracterizada por culturas resistentes às condições locais além da adaptação de variedades europeias e africanas como cevada, cana-de-açúcar, uva e banana. O cultivo do milho e batata-doce eram verificados em too o continente, embora no Sul nenhuma delas fosse produzida em quantidades expressivas.


INCAS – ASPECTOS HIERARQUICOS
Nos postos mais elevados da hierarquia social e política, encontramos uma autocracia teocrática hereditária. O Inca, soberano supremo, é ao mesmo tempo uma divindade que transmite o poder a seus filhos. Os direitos de vida e morte sobre seus súditos são absolutos, qualquer que seja o nível social deles.
Historiadores oficiais, escolhidos pelo Inca, escreviam DUAS histórias diferentes: uma para a nobreza e a hierarquia, outra para o povo. Esta última, cuidadosamente elaborada, excluía tudo que pudesse diminuir o respeito e a fidelidade ao soberano. Contadores de história e cantadores populares eram instruídos sobre os temas de suas histórias e canções. A derrota do Inca Urco frente aos Chancas foi totalmente ignorada pela “história oficial”. Assim, religião, mitos, lendas e histórias foram deliberadamente fabricadas por especialistas, visando a divinizar o Inca.



Soberano Inca Urco
Abaixo do soberano vinha uma complexa burocracia administrativa e militar que chegou a constituir, por seu caráter hereditário, de fato, uma casta. Os descendentes dessa casta recebiam uma educação, adequada para o mando e a administração. Dado o caráter guerreiro dos Incas, o preparo físico para a milícia era privilegiado.
Os povos dominados conservavam a liberdade de adorar suas antigas divindades, ainda que tivessem que aceitar como divindade suprema o Sol, Deus dos que andavam, e Inca, como representante de Sol na Terra.
A corte Inca contava com milhares de servidores, e a hierarquia civil e religiosa viviam dos tributos que milhões de seres humanos de todo o império entregavam ao Inca. Este recompensava seus dignatários de acordo com méritos militares, religiosos e administrativos. Considerava-se que os méritos acumulados antes da morte deveriam ser socializados. Dessa maneira, todos os parentes interessavam-se para que, enquanto o dignatário fosse vivo, servisse ao Inca da melhor forma possível porque dele dependiam a riqueza e as honras de todos.
Era costume que o supremo sacerdote fosse um irmão ou primo do próprio soberano. Essa espécie de papa era chamado de Villac Umu, este designava dez personagens, que por sua vez, escolhiam o clero para os escalões inferiores. Era uma rede que assegurava o culto ao Sol e a seu representante vivo, o Inca.
O camponês comum era chamado de Llacta Runa, tinha obrigações, poucos direitos e muito deveres. Abaixo dele existiam os Yanaconas, condenados à servidão ou à escravidão que se tornava extensivo a seus descendentes. Não eram escravos de produção, mas servidores domésticos. Não durou muito tempo e muitos deixaram essa condição, passando a fazer parte das famílias às quais serviam.
 
 


REFERÊNCIAS
ROCHA, Manoel José Fonseca; GALCOWSKI, Anderson Nereu. História da América. Indaial: Uniasselvi, 2011.

IMAGENS

Machu Picchu: http://historiadomundo.uol.com.br/upload/conteudo/images/cidade-machu-picchu-no-peru-principal-patrimonio-civilizacao-inca-5445573c15678.jpg

 

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