HISTÓRIA DA AMÉRICA
Unidade 2 - Processos de Independência e a
Guerra do Paraguai
Tópico
01 - O Processo de Independência da América Inglesa.
A independência das treze colônias inglesas foi resultado de
um processo que encontra reflexos nas transformações econômicas, sociais e
intelectuais que a Europa vivia.
INFLUÊNCIAS EXTERNAS
Em geral, os historiadores costumam justificar a
independência dos E.U.A. a partir dos seguintes fatores externos:
Movimento Iluminista:
pregavam a liberdade, a fraternidade e igualdade. Quando esses ideais chegaram
às Américas os colonos americanos começaram a propagar sentimentos de repúdio à
exploração metropolitana.
Guerra dos sete anos
(1756 – 1763) França e Inglaterra discutiam questões de fronteiras territoriais,
a Inglaterra, em bora vitoriosa, saiu falida e resolveu apertar laços
mercantilistas com as treze colônias. Em outras palavras a metrópole queria
enriquecer por intermédio de impostos e exploração das riquezas naturais da
colônia.
A ideia de liberdade, pregada pelo Iluminismo, gerou na
sociedade americana um forte desejo de rompimento com os aços com a Coroa
Britânica, pois impedia seu crescimento econômico.
As colônias já contavam com classes sociais, economicamente
poderosas, esperando o momento certo par regirem contra a opressão
metropolitana.
AS ETAPAS DA INDEPENDÊNCIA
Ø
1750 – ficou proibida a fundição de ferro nas
colônias;
Ø
1756 – proibição de fabricação de tecidos nas
colônias;
Ø
1765 – Soldados ingleses poderiam se alojar nas
colônias;
Ø
1765 – Lei do Selo (Stamp Act), todo papel que
circulasse nas colônias deveria ser selado com i timbre da Coroa. Em repúdio a
isso fundou-se a associação secreta Sons
of Liberty, os Filhos da Liberdade, formada por mercadores, advogados,
jornalistas e artesãos para se opor a essa Lei;
Ø
1773 - A Lei do Chá foi
uma lei criada pelos britânicos buscando aumentar a taxa de aquisição
de impostos sobre a comercialização do chá. Também foi instituída a
exclusividade de sua venda (o monopólio
comercial) à Companhia das Índias Orientais.
A Lei do Selo e Lei do Chá são conhecidas como as “Leis
Intoleráveis”, por serem alvo de diversos boicotes por parte dos colonos.
1º CONGRESSO CONTINENTAL DA FILADÉLFIA
Diante desse quadro
de conflito e rígido controle metropolitano, os colonos reuniram-se em um
congresso com o objetivo de restabelecer
a liberdade das colônias. Foi um momento que as colônias do Norte e Sul
estavam unidas em busca de um mesmo objetivo. Contudo, o Rei Jorge III não
aceitou as propostas das colônias da América e procurou aumentar sua repressão.
2º CONGRESSO CONTINENTAL DA FILADÉLFIA
Este foi exclusivamente separatista. George Washington
assume o comando das tropas americanas e encarrega Thomas Jefferson de redigir
a Declaração de Independência.
A Inglaterra não
aceitou e o conflito aumentou ainda mais a repressão. Graças à ajuda da França
e Espanha, que queriam diminuir o poder britânico na América, os Estados Unidos
tiveram sua independência reconhecida em 1783.
O GRANDE REDATOR
O mundo das ideias foi sacudido a partir de 10 de janeiro de
1776 por um panfleto de 47 páginas redigidos por Thomas Paine, chamado Common
Sense, o Senso Comum, no qual ele advogava abertamente a separação completa
da Grã-Bretanha. Nenhuma razão plausível podia justificar a submissão de homens
livres da América a um Tirano que recebia sua coroa por herança. “Era um contrassenso que uma ilha (Inglaterra) dominasse um continente (A América)”.
DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA
Os Estados Unidos passaram a servir de exemplo ao restante
da América colonial, as treze colônias organizaram-se politicamente como uma
república confederada. A constituição não contemplava uma liberdade política
para toda a nação, pois o voto era censitário. Índios, negros (livres ou
escravos) não foram levados em consideração.
A ESCRAVIDÃO
Saltava aos olhos a contradição do II Congresso na
Filadélfia, que gritava por sua liberdade, da metrópole, mas mantinha escravos
em suas propriedades. Porém, em consideração à Carolina do Sul e à Geórgia,
notórias regiões escravistas, os demais parlamentares concordaram em não
colocar nenhuma clausula que condenasse a escravidão. A questão da escravidão
foi apenas protelada, explodindo 85 anos depois na terrível Guerra Civil de
1861 – 1865.
O SIGNIFICADO DA DECLARAÇÃO
Foi o anúncio do surgimento de uma nova era – a Era
Republicana e Democrática – que gradualmente substituiu no Ocidente os regimes
monárquicos e aristocráticos.
Mas indiretamente foi fonte da inspiração para que os
franceses insurgissem em 1789 contra a monarquia absolutista de Luís XVI,
estimulando-os a que igualmente redigissem um documento sensacional, a
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovado na Assembleia francesa
em 04 de agosto de 1789.
REFERÊNCIAS
ROCHA, Manoel José Fonseca; GALCOWSKI, Anderson Nereu. História da América. Indaial:
Uniasselvi, 2011.
IMAGENS
George
Washington: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b6/Gilbert_Stuart_Williamstown_Portrait_of_George_Washington.jpg
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