Pesquise dentro do Blog!

quinta-feira, 6 de julho de 2017

O Processo de Independência da América Espanhola.

HISTÓRIA DA AMÉRICA
 Unidade 2 - Processos de Independência e a Guerra do Paraguai
Tópico 02 - O Processo de Independência da América Espanhola.

A partir desse momento veremos os principais fatores responsáveis pelo processo de emancipação das colônias, o porquê da América Espanhola ter se fragmentado em diversos países e conhecer a atuação política dos principais líderes do processo de independência.

PROBLEMAS INTERNOS
As colônias espanholas, da mesma forma que as inglesas, viviam insatisfeitas com a opressão metropolitana, porém um fator acirrava ainda mais este descontentamento, a rivalidade entre Chapetones (colonos espanhóis que vivam na América) e Criollos (espanhóis nascidos na América). Os Chapetones ocupavam cargos administrativos e influíam na política já os Criollos eram discriminados social e politicamente pela Espanha.


INFLUÊNCIAS EXTERNAS
O desenvolvimento industrial Inglês: a Inglaterra passou a ampliar seus mercados;
Independência dos Estados Unidos: Os Estados Unidos passaram a ser exemplo e passaram a apoiar nações que buscavam a emancipação, além disso, os Estados Unidos buscavam conquistar novos mercados;
Os Ideais Iluministas: As ideias da busca de liberdade, igualdade e fraternidade.

A INDEPENDÊNCIA GRADUAL E A FRAGMENTAÇÃO POLÍTICA
Lopes (1989) atribuí à fragmentação política da América colonial hispânica aos seguintes fatores:
Ø  Influência Inglesa;
Ø  Território dividido, por tribos ou mesmo línguas. Além disso, não havia uma produção capitalista capaz de proporcionar a unificação política via integração de mercados;
Ø  A luta pela emancipação foi resultado de diferentes grupos, organizadas em locais diferentes e com interesses diferentes.

É necessário destacar que a ausência de escravidão, como única base de trabalho, também contribuiu para a não unidade política.




JOSÉ DE SAN MARTIN
José de San Martin (1778 – 1850) foi uma das figuras mais expressivas no processo de independência da América Hispânica. Em Londres entra em contato com os ideais revolucionários da América Espanhola. A partir de então passa a engajar-se nos movimento pró-independência.


José de San Martin
Em 1816, sai vitorioso de um combate contra as tropas espanholas. Seu espírito de liderança lhe confere a chefia de diversas tropas. Com um exército pouco numeroso marcha até o Peru, em 1820, ode domina Lima e declara a independência do País em 28 de julho de 1821.
Graças à ajuda de Simón Bolívar, José de San Martin consolidou o processo de independência ainda em 1821. Vale registrar que, mesmo vitoriosos, os dois entraram em conflito, pois não entraram em consenso sobre a forma de governo que deveria ser instaurada no Peru. José de San Martin foi um dos principais articuladores da independência da Argentina, que, embora tornado independente em 1810, só foi reconhecida em 1816, no Congresso de Tucumã.

SIMÓN BOLÍVAR
Nasceu no dia 24 de julho de 1783, em Caracas. Oriundo de família rica estudou na Europa (Madrid), onde recebeu influência dos teóricos iluministas. Invadiu a Colômbia e, em dezembro de 1819, foi votada uma constituição que o nomeava presidente ditador militar da União dos Estados Unidos da Colômbia. Atuou com sucesso na Venezuela e no Equador.

Simón Bolívar
Simón Bolívar desejava a América forte e unida e, no ano de 1826, convocou o Congresso do Panamá, mas infelizmente, o sonho de ver a América forte não se realizou, pelos seguintes fatores:
Hostilidade Inglesa: não desejavam uma América forte e unida;
A fobia dos Estados Unidos: Estes já apresentavam um alto grau de desenvolvimento econômico e não estavam dispostos a enfrentar concorrência e logo após sua independência começaram a influir nas questões sociais, políticas e econômicas dos países em fase de independência;
A Existência de polos econômicos locais: A existência de elites regionalizadas.

A NECESSIDADE DE CONSOLIDAR A INDEPENDÊNCIA
É preciso lembrar que, após a Revolução Francesa, Surgiu a Santa Aliança e o Congresso de Viena (1814-1815), ambas com o objetivo de restaurar o absolutismo na Europa, fato que iria despertar nas velhas dinastias o desejo de restaurar seus domínios políticos nas antigas colônias. Contra isso foi criada a Doutrina Monroe.

Santa Aliança
O processo de independência esteve intimamente ligado aos interesses econômicos de outras nações. A Inglaterra esteve presente em todos os momentos decisivos de nossa história, ora influenciando o processo de independência, ora o processo de abolição da escravatura, mas sem perder de vista seus interesses econômicos nesses países.
Tanto a Inglaterra quanto os Estados Unidos desejavam ampliar seus mercados com a América. Para atingirem seus objetivos, a Inglaterra registrou pela Europa que iria usar seus navios para impedir a chegada de expedições militares europeias à América. Os Estados Unidos criaram a Doutrina Monroe para defender a América.


O CONTEXTO HISTÓRICO ESPANHOL
A Espanha, nessa época, vivia situação diplomática difícil. Desde que a família Bourbon, de origem francesa, assumiu o trono espanhol em 1700, as coroas dos dois países fizeram alianças, chamadas de Pactos de Famílias, para garantir a concorrência de ambas diante do crescente econômico britânico. Tais alianças eram uma resposta à Inglaterra, que nessa época, dava início à Revolução Industrial, e buscava ampliar o mercado consumidor para seus produtos.
Diante dessa situação, quando se iniciou a Guerra de Independência dos Estados Unidos, França e Espanha viram-se obrigadas a apoiar os colonos americanos rebeldes, o que só fez aumentar a insatisfação dos colonos latino-americanos, que não entendiam como a Espanha podia ser, ao mesmo tempo, a favor e contra a liberdade colonial.
A Revolução Francesa também se tornou um marco no processo de independência da América Espanhola por vários fatores. Primeiro, por divulgar a liberdade, igualdade e fraternidade, o constitucionalismo, o republicanismo, ideais fundamentais nos discursos dos líderes Criollos. Mesmo que muitos deles vissem no radicalismo dos jacobinos um exemplo perigoso, que poderia levar as massas de trabalhadores (indígenas, mestiços, negros e mulatos) a lutarem também por seus direitos.
Confirmado esse receio, quando ocorreram as guerras pela independência do Haiti, as elites coloniais conheceram quão poderosas eram as ideias de liberdade e igualdade anunciadas pela Revolução Francesa, mas também o grau de agressividade liberado na rebelião de grupos explorados. Os Criollos que temiam mais do que tudo as rebeliões populares, tiveram, então de organizar sua luta pela independência colonial, ao mesmo tempo em que submetiam as massas populares, garantindo a manutenção de seus privilégios.
Quando em 1791, o rei Luís XVI foi deposto pela Revolução Francesa, a Espanha se uniu à Grã-Bretanha numa coalizão contra a França, mas foi derrotada e obrigada a assinar em 1795, o Tratado de Basileia, abrindo caminho para uma nova aproximação entre espanhóis e franceses, consolidado um ano depois pelo Tratado de Santo Ildefonso.
A aliança com a França foi uma catástrofe para os espanhóis. A derrota dos franceses e seus aliados em Trafalgar, em 1805, aniquilou a marinha espanhola, dificultando a comunicação entre a Espanha e suas colônias da América. Ao mesmo tempo, a maciça presença de militares franceses em solo espanhol fragilizou a coroa, a ponto de Napoleão Bonaparte forçar a abdicação do rei Carlos IV e de seu filho Fernando VII, e impor seu irmão, José Bonaparte como rei da Espanha, em 1808.
Em relação às exigências de Bonaparte e ao domínio francês, formaram-se juntas governamentais a favor de Fernando VII, que imediatamente passaram a instigar os colonos hispano-americanos a fazerem o mesmo. Esta estratégia foi eficaz, pois quando Napoleão enviou representantes para a América, com o intuito de convencer os colonos a apoiarem o novo governo, estes se mantiveram fiéis ao rei espanhol deposto.
Em guerra com a Inglaterra, a França não conseguia estabelecer controle sobre a América. Percebendo isso, Napoleão mudou de estratégia, passando a incentivar a independência hispano-americana,

AS JUNTAS GOVERNAMENTAIS
A rivalidade entre Criollos e Chapetones se ampliou, ocasionando inúmeras rebeliões. Os Criollos, então, foram se organizando aos poucos, para poderem governar os Cabildos (assembleias) e expulsar os espanhóis.
Sem a fiscalização metropolitana, o contrabando aumentou e os navios ingleses e estadunidenses passaram a suprir os mercados coloniais.
Iniciaram, assim, suas lutas pela liberdade, até que, em 1810, a Venezuela, a Argentina, a Colômbia, o México e o Chile se declararam independentes.

A RESTAURAÇÃO DOS BOURBON E A REAÇÃO AMERICANA

Fernando VII
Em 1813, ao recuperar o trono espanhol, Fernando VII buscou restabelecer a ordem absolutista. Na América, a política de perseguição de Fernando VII só fez inflamar ainda mais as revolta, os colonos, entretanto, não agiam de forma conjunta. A imensidão do território americano, o isolamento dos povoados e suas características geográficas distintas contribuíram para que cada colônia adotasse estratégias diferentes na guerra contra os espanhóis.
A partir de 1825, com o apoio da Inglaterra e dos Estados Unidos, grande parte da América já era composta por países independentes;

REFERÊNCIAS
ROCHA, Manoel José Fonseca; GALCOWSKI, Anderson Nereu. História da América. Indaial: Uniasselvi, 2011.

IMAGENS
José de San Martin: http://edant.revistaenie.clarin.com/2009/05/16/thumb/sanmartin290.jpg

Fernando VII:  https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/20/Fernando_VII_-_Vicente_L%C3%B3pez.jpg/245px-Fernando_VII_-_Vicente_L%C3%B3pez.jpg

Canais do Retro Games BR 3.0
 
Canais do Aula de História na Web 3.0
 
 Dica Express
  http://blogdicaexpress.blogspot.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...