HISTÓRIA DA AMÉRICA
Unidade 2 - Processos de Independência e a
Guerra do Paraguai
Tópico
03 – Os Estados Unidos “Os Guardiões da América”.
“A América para os Americanos”.
A DOUTRINA MONROE
Foi uma política proclamada pelos Estados Unidos em 1823, quando
este país afirmava que não toleraria medidas recolonizadoras, é preciso lembrar
que, após a Revolução Francesa, Surgiu a Santa Aliança e o Congresso de Viena
(1814-1815), ambas com o objetivo de restaurar o absolutismo na Europa, fato
que iria despertar nas velhas dinastias o desejo de restaurar seus domínios
políticos nas antigas colônias.
A suspeita que a França pudesse estar pensando numa
intervenção militar na América espanhola; a certeza de que a Inglaterra se
opunha a esta intervenção, e as pretensões destas e outras nações europeias de
decretar o destino da América deram origem a determinados trechos da mensagem
presidencial de dezembro de 1823 ao Congresso dos Estados Unidos, que ficou
conhecida como Doutrina Monroe. Qualquer interferência europeia com o objetivo
de oprimir ou controlar os governos independentes no hemisfério ocidental podia
ser considerado a expressão de uma atitude inamistosa para com os Estados
Unidos.
Juntamente com a poderosa frota naval inglesa, os Estados
Unidos passaram a patrulhar o Atlântico. Estava assegurado o mercado consumidor
americano para as poderosas industrias inglesas e a iniciante indústria
estadunidense.
OS PRINCIPIOS GERAIS DA DOUTRINA MONROE
Os estados unidos se colocaram como “protetores” das nações
latino-americanas recém emancipadas, repudiando qualquer intervenção armada
programada pela santa Aliança.
Seus princípios gerais eram:
Ø
O continente América não pode ser objeto de
recolonização;
Ø
É inadmissível a intervenção de qualquer país
europeu nos negócios internos ou externos de países americanos;
Ø
Os Estados Unidos, em troca, se absterão de
intervir nos negócios pertinentes aos países europeus;
Ø
Na Guerra entre os novos governos e a Espanha nós
declaramos nossa neutralidade, ao tempo que ainda não atingiram o seu
reconhecimento.
Foi somente ao fim da
Guerra de Secessão, em 1865, com a vitória do Norte seguida de um
impressionante crescimento do poderio
econômico dos Estados Unidos que a doutrina foi sendo posta em prática,
mudando seu conteúdo à medida que se concretizava. De nítida inspiração
progressista, passou a ser utilizada como justificativa intervencionista, como
um disfarce para s subordinação de parte da América Latina.
O BIS
STICK
Contexto expansionista dos Estados Unidos justificado pela
Doutrina Monroe, fundamentado em 2 princípios Básicos:
Corolário Onley (1825): Seu Objetivo era afirmar que
Washington não toleraria nenhuma intervenção europeia na América, sem ser
previamente consultado;
Corolário Roosevelt (1904): Os Estados Unidos tinham o
direito de intervir em assuntos dos países latino-americanos sempre que
instabilidades internas se fizessem presentes.
Em nome da ordem interna, mas, sobretudo, em nome do
capital, os Estados unidos, irão promover uma política fortemente imperialista.
Também durante o governo de Roosevelt temos a independência
do Panamá, na qual a atuação de bastidores dos norte-americanos foi decisiva.
Uma vez independente, o Panamá não tardou em negociar uma vantajosa cessão da
área do entorno do Canal do Panamá aos Estados Unidos. A área do Canal
permaneceria sob controle norte-americano até 1999.
A estratégia projetada por Roosevelt rendeu frutos tanto na
esfera política interna e entre a diplomacia internacional, com sua atuação
como mediador nas negociações de paz da Guerra Russo-Japonesa em 1905. No ano
seguinte, Roosevelt conquistaria até mesmo o Prêmio Nobel da Paz.
A doutrina do Big Stick continuou a ser reproduzida de uma
maneira ou de outra pelos presidentes seguintes, em um capítulo da história
conhecido como Guerras das Bananas. Trata-se de uma série de ocupações
militares feitas pelos norte-americanos em vários países do continente, entre
1898 e 1934. Os países afetados são México, Cuba, Panamá, República Dominicana,
Honduras, Haiti, Nicarágua, além do território associado de Porto Rico,
(anexado durante a Guerra Hispano-Americana de 1898).
Na prática, ainda hoje, a América Latina é uma área sob
forte influência dos EUA, em especial as nações da América Central, num claro
reflexo das ideias do Big Stick. De fato, é ali que se estrutura a influência
norte-americana, sendo irradiada dali para todas as outras regiões do planeta.
REFERÊNCIAS
ROCHA, Manoel José Fonseca; GALCOWSKI, Anderson Nereu. História da América. Indaial:
Uniasselvi, 2011.
SANTIAGO, Emerson. Ideologia
do Big Stick. Disponível em: <http://www.infoescola.com/politica/ideologia-do-big-stick/>.
Acesso em: 25 de maio de 2017.
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