Albert Einstein
Albert Einstein (14 de
março de 1879) foi um físico teórico alemão. Entre seus principais trabalhos
desenvolveu a teoria da relatividade, ao lado da mecânica quântica um dos dois
pilares da física moderna. Embora mais conhecido por sua fórmula de
equivalência massa-energia, E=mc² , foi
laureado com o Prêmio Nobel de Física de 1921 por suas descobertas sobre a lei
do efeito fotoelétrico, que foi
fundamental no estabelecimento da teoria quântica.
Quando Einstein tinha
um ano, a família se mudou para Munique.
Com três anos de idade, Einstein
apresentava dificuldades de fala. Aos seis,
aprendeu a tocar violino, instrumento que o acompanharia ao longo da vida. Primeiro
da classe durante toda a sua escolaridade, ele adorava a matemática! Porém, ele
era uma criança muito conturbada e rebelde. Assim, ele se recusava a aprender
as matérias que ele julgava desnecessárias.
Em 1896 recebeu o
diploma da escola secundária e, aos 17 anos, renunciou à cidadania alemã, ficando sem pátria por alguns anos. A
cidadania suíça lhe foi concedida em 1901. Cursou o ensino superior na ETH em
Zurique. Verdadeiro autodidata, Albert Einstein se formou sozinho em suas
ciências preferidas. Isso o fez aprofundar nos temas de mecânica celeste e
física nuclear.
Em novembro de 1915,
Einstein fez uma série de conferências e apresentou sua teoria da relatividade
geral. No ano seguinte o cientista publicou "Fundamento Geral da Teoria da Relatividade".
Em 1933, Hitler chegou
ao poder na Alemanha e o cientista foi aconselhado por amigos a deixar o país,
renunciando mais uma vez à cidadania alemã. Em 7 de outubro de 19 33, Einstein
partiu para os Estados Unidos, onde passou a integrar o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de
Princeton. Em 1940 ganhou a cidadania
americana, mantendo também a cidadania suíça.
O físico era pacifista
e defendia uma postura antiguerra,
mas suas descobertas sobre matéria e energia foram usadas para criar a bomba
atômica. Em 1939, enviou uma carta ao presidente dos Estados Unidos Franklin
Roosevelt, alertando sobre a possibilidade do desenvolvimento de artefatos
nucleares alemães.
O gesto deu origem ao
Projeto Manhattan (1941), que visava o desenvolvimento da bomba atômica pelos americanos, e, a partir dele, surgem às bombas
de Hiroshima e Nagasaki. Em 1954, ele diria ao amigo Linus Pauling que a carta
a Roosevelt foi o maior erro de sua vida. Apesar de não participar diretamente,
suas pesquisas foram a base, em seu argumento original, ele deduziu que a
velocidade de uma matéria (mesmo se for infinita) pode ocasionar um grande
prejuízo se ela é lançada em grande porte (a gente encontra a famosa equação
E=MC²). Os militares e os atomistas compreenderam rapidamente como eles
poderiam aproveitar esse tipo de invenção. E foi assim que a bomba atômica
nasceu…
Mais que um matemático
e um físico, o objetivo de Albert Einstein era de entender melhor o universo a
nossa volta. Para isso, ele utilizou a matemática e a física (disciplina
derivada da matemática) para revelar algumas teorias que são referências até
hoje nessa matéria.
Em 1988, a sociedade
americana de engenheiros civis criou o prêmio Albert Einstein a fim de
reconhecer e premiar as realizações excepcionais em matéria de controle de
erosão, sedimentação e desenvolvimento da navegação.
ÚLTIMOS
ANOS E MORTE
No verão de 1950, seus
médicos descobriram que um aneurisma — um vaso sanguíneo fraco — em sua aorta
abdominal estava ficando maior. Quando foi encontrado, os médicos tinham poucas
opções de tratamento e envolveram o vaso sanguíneo inflamado com papel celofane
na esperança de evitar uma hemorragia. Einstein parecia ter recebido bem a
notícia, assim como recusou quaisquer tentativas cirúrgicas adicionais para
corrigir o problema. Recusou a cirurgia dizendo:
"Quero ir quando eu quiser. É de mau
gosto ficar prolongando a vida artificialmente. Fiz a minha parte, é hora de ir
embora e eu vou fazê-lo com elegância".
Em 18 de março de 1950,
assinou seu testamento. Nomeou sua secretária, Helen Dukas, e amigo Otto Nathan
como seus executores literários; deixou todos os seus manuscritos para a
Universidade Hebraica de Jerusalém, a escola que ajudou a fundar em Israel; e
legou seu violino para seu primeiro neto, Bernhard Caesar Einstein.
Einstein também
organizou seus assuntos funerários. Queria uma cerimônia simples e sem lápide.
Escolheu não ser enterrado já que não queria ter um túmulo que poderia ser
transformado em um local turístico, e, ao contrário da tradição judaica, pediu
para ser cremado. Seus últimos dias foram relativamente pacíficos. Morreu na
manhã de segunda-feira em 18 de abril de 1955, no Hospital de Princeton às 1h15
da manhã, com 76 anos de idade, tendo continuado a trabalhar até quase o fim de
sua vida. Suas últimas palavras pronunciadas em alemão não puderam ser
entendidas pela enfermeira.
DESCOBERTAS
SIGNIFICATIVAS
ONDAS
GRAVITACIONAIS
Descoberta por Albert
Einstein em 1916, as ondas gravitacionais acabaram de ser reveladas por
instrumentos americanos. Ondas gravitacionais são ondulações de gravidade
causadas pela movimentação de objetos no espaço.
Segundo o famoso
físico, a gravidade é uma distorção do próprio espaço. Desta forma, quando
objetos que gravitam se movimentam, causam uma onda no espaço, semelhante ao
que acontece quando é lançada uma pedra em um lago, por exemplo.
As ondas gravitacionais
são vibrações no "tecido" do tempo-espaço, e
quando esta vibração passa pela Terra, o espaço que lhe é correspondente é
esticado e comprimido de forma alternada.
As ondulações de
gravidade causadas pelos objetos são difíceis de detectar, porque libertam
pouca energia e mesmo as ondas criadas a partir do movimento ou explosão de
planetas e estrelas não emitem energia detectável.
No dia 11 de fevereiro
de 2016, a National Science Foundation (Fundação Nacional da Ciência) revelou
que foram detectadas ondas gravitacionais pela primeira vez, através de
experiências conduzidas em dois observatórios localizados nos Estados Unidos,
principais participantes do projeto aLIGO
(Advanced Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory ou Observatório
Avançado de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser, na tradução para o
português).
A máquina das ondas gravitacionais
foto:
CALTECH/MIT/LIGO LABORATORY/REUTERS
Neste episódio, as
ondas gravitacionais conseguiram ser detectadas a partir da colisão de dois
buracos negros, localizados há milhões de anos-luz de distância da Terra.
ONDAS GRAVITACIONAIS PRIMORDIAIS
São designadas como
primordiais as ondas gravitacionais que surgiram na formação do universo, de
acordo com a Teoria do Big Bang.
Segundo a teoria da
inflação cósmica, o universo se expandiu exponencialmente depois do Big Bang,
originando ondas gravitacionais primordiais, cuja radiação seria detectável
aproximadamente 380.000 anos após o Big Bang,
TEORIA
DA RELATIVIDADE
Teoria da Relatividade é
a denominação dada ao conjunto de duas teorias científicas: a Relatividade
Restrita (ou Especial) e a Relatividade Geral .
A
famosa fórmula: E=MC².
Na verdade, essa
equação explica que uma massa (M) multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado
(C²) produz uma certa quantidade de energia (E) chamada de massa-energia. Isso
quer dizer que, quanto mais um corpo se desloca rapidamente, mais esse corpo
libera energia.
Tudo começou pela
hipótese criada pelos nossos ancestrais pensadores que era a seguinte: um
objeto em movimento tem uma velocidade que corresponde ao seu porte normal, mas
também a constatada por um observador externo.
Um exemplo interessante
para ilustrar isso: o viajante do espaço. Se locomovendo na velocidade da luz,
ele volta para Terra depois de um ano. Enquanto ele envelheceu somente um ano
(a duração de sua viagem), a Terra envelheceu muito mais. Para simplificar: foi
provado que se alguém se locomover na velocidade da luz, 1 segundo para ele
corresponde a 1 minuto aproximadamente para um observador imóvel.
Pegando os trabalhos de
dois físicos do século XIX (Morley e Michelson), Albert Einstein fez essa
descoberta surpreendente que, na verdade, as leis de física são iguais em todos
os lugares independente da referência. Algo mais surpreendente ainda: o
movimento provoca uma diminuição no tempo.
A Relatividade Especial
é uma teoria publicada no ano de 1905 por Albert Einstein, concluindo estudos
precedentes do físico neerlandês Hendrik
Lorentz, entre outros. Ela substitui
os conceitos independentes de espaço e tempo da Teoria de Newton pela ideia de
espaço-tempo como uma entidade geométrica unificada.
O espaço-tempo na
relatividade especial consiste de uma variedade diferenciável de 4 dimensões,
três espaciais e uma temporal (a quarta dimensão), munida de uma métrica
pseudo-riemanniana, o que permite que noções de geometria possam ser
utilizadas. É nessa teoria, também, que surge a ideia de velocidade da luz
invariante.
O termo especial é
usado porque ela é um caso particular do princípio da relatividade em que
efeitos da gravidade são ignorados. Dez anos após a publicação da teoria
especial, Einstein publicou a Teoria Geral da Relatividade, que é a versão mais
ampla da teoria, em que os efeitos da gravitação são integrados, surgindo a
noção de espaço-tempo curvo.
O
EFEITO FOTOELÉTRICO
A emissão de elétrons
de uma superfície em razão da interação de uma onda eletromagnética com a mesma
é chamada efeito fotoelétrico.
A descoberta desse
efeito ocorreu entre 1886 e 1887 por Henrich
Hertz, que usou a física clássica para explicá-lo. Os conceitos clássicos
tornaram a concepção desse fenômeno insuficiente, dando lugar aos conceitos
modernos proposto por Albert Einstein no ano de 1905. Dentre as propostas de
Einstein estão a quantização da energia, ou seja, para ocorrência da ejeção
imediata de elétrons da superfície, a energia da radiação (ondas
eletromagnéticas) estaria concentrada em pacotes (fótons) e não distribuída
sobre a onda (previsão clássica).
Podemos interpretar que
a energia que o fóton possui, ao ser transferida para a superfície, é
convertida em energia cinética (elétron com velocidade) mais a função trabalho
(energia utilizada para remover o elétron do átomo).
Em razão desse
trabalho, Albert Einstein, no ano de 1921, recebeu o Prêmio Nobel em física.
CURIOSIDADES
·
Einstein já visitou o Brasil! Foi ao Rio
de Janeiro em 1925 para fazer conferências e observar um cometa que
justificaria sua teoria de gravitação. Aproveitou o passeio para conhecer os
principais pontos turísticos da cidade, como o Pão de Açúcar e o Corcovado.
·
Em 1952, depois da morte do primeiro
presidente de Israel, Chaim Weizmanno, o então primeiro-ministro, Ben-Gurion,
ofereceu o cargo de presidente de Israel a Einstein, mas ele recusou. Disse que
não poderia aceitá-lo porque lhe “faltava aptidão natural” e “experiência” para
exercer uma função oficial, segundo sua carta de resposta.
·
Após sua morte, durante a autópsia, o
patologista do Hospital de Princeton, Thomas Stoltz Harvey, removeu o cérebro
de Einstein para preservação e pesquisa. Partes do cérebro do físico ainda
circulam por aí. Recentemente, 46 porções pequenas foram adquiridas pelo Mütter
Museum, um museu médico nos Estados Unidos.
·
Após ter-se licenciado, Albert Einstein
não conseguiu arranjar trabalho enquanto acadêmico. Assim, foi trabalhar como escriturário no município de Berne, na
Alemanha. Pouco depois, começaria a trabalhar na sua Teoria da Relatividade —
que mudou o mundo como o conhecemos, como confirmamos esta quinta-feira.
Albert Einstein fala sobre racismo e relatividade para alunos da Lincoln University, em 1946
FRASES
DE EINSTEIN
Autoridade.
“O respeito irrestrito à autoridade é o maior inimigo da verdade”. (No livro: A
curiosa história da Relatividade)
Visão.
“A natureza nos mostra apenas o rabo do leão. Mas não tenho dúvidas em minha
mente que o leão está junto com o rabo, mesmo se ele não se revelar de início”.
(Smithsonian, em fevereiro de 1979)
Política.
“Sou judeu por herança, suíço por nacionalidade, e ser humano pela composição,
e apenas ser humano, sem nenhuma ligação especial a qualquer estado ou entidade
nacional”. (No livro: The Yale Book of Quotations).
Certeza.
“Na medida em que as leis da matemática se referem à realidade, elas não são
certas, e, na medida em que são certas, elas não se referem à realidade".
(Em discurso proferido na Academia Prussiana de Ciências, em janeiro de 1921).
Humildade.
“Seres humanos foram dotados apenas de inteligência suficiente para ver com
clareza o quanto inadequada é a inteligência quando confrontada com o que
existe”. (Em carta à Rainha Elisabeth da Bélgica, em setembro de 1932)
Relatividade.
“Quando um homem se senta ao lado de uma mulher bonita por uma hora parece que
passou um minuto. Mas se ele se sentar em cima de um fogão quente por um minuto
parece que passou mais de uma hora. Isso é relatividade”. (No livro: The Yale
Book of Quotations).
Senso
comum. “O senso comum nada mais é do
que um depósito de preconceitos que se assentam na mente antes de você alcançar
18 anos”. (No livro: O Universo e Dr. Einstein)
Nacionalismo.
“Nacionalismo é uma doença infantil. É o sarampo da raça humana”. (No livro:
Albert Eisntein, o lado humano)
Mistério.
“A experiência mais bonita que podemos ter é o mistério. É a emoção fundamental
que está no berço da verdadeira arte e da verdadeira ciência. Quem não sabe
disso e não consegue mais se maravilhar poderia tão bem estar morto”. (“O mundo
como eu vejo”, de 1930)
Solidão.
“Minha paixão pela justiça social e responsabilidade social sempre contrastou
de forma estranha com minha falta de necessidade de contato direto com outros
seres humanos e comunidades humanas. Sou verdadeiramente um ‘viajante
solitário’ e nunca pertenci ao meu país, minha casa, meus amigos e nem mesmo à
minha família com todo meu coração. Em frente a esses laços, eu nunca perdi o
senso de distância e a necessidade de estar só”. (“O mundo como eu vejo”, de
1930)
Imaginação.
“Imaginação é mais importante que conhecimento. Conhecimento é limitado, a
imaginação cerca o mundo”. (Smithsonian, fevereiro de 1979)
Motivação.
“Os ideais que iluminaram meu caminho, e que várias vezes me deram coragem para
enfrentar a vida com alegria, foram bondade, beleza e verdade. Sem o sentido de
bondade, sem preocupação com o mundo objetivo – o eternamente inalcançável no
campo da arte e dos esforços científicos – a vida pareceria vazia para mim. Os
objetivos banais dos esforços humanos – posse, ostentação e luxo – sempre me
pareceram desprezíveis”. (“O mundo como eu vejo”, de 1930)
Educação.
“O objetivo da educação deve ser treinar a atitude e pensamento independentes
daqueles indivíduos que acham que o serviço à comunidade é o maior problema na
vida”. (Discurso proferido em outubro de
1936)
Aprendizado.
“A maioria dos professores gastam seu tempo fazendo perguntas que têm como
objetivo descobrir se o aluno não sabe algo, enquanto a verdadeira arte de
fazer perguntas é para descobrir o que o aluno sabe ou o que ele é capaz de
saber”. (Do livro: Conversas com Albert Einstein, de 1920).
Curiosidade.
“É importante não deixar de questionar. A curiosidade tem uma razão de
existir”. (Memórias do editor William Miller, citadas em edição da revista Life
de 1955)
Fontes:
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