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domingo, 24 de julho de 2016

Introdução à História Moderna

IDADE MODERNA
  Começamos agora uma série sobre a Idade Moderna, partido do resumo do Caderno de Estudos da Uniasselvi (IERGS) do segundo semestre de 2016, de acordo com suas unidades e tópicos, a partir dele reproduzimos segundo seus tópicos, ao final da série (em seu último post.) será disponibilizado as referências do caderno, sem mais começamos a coleta das informações desta época marcada pelo predomínio da razão e a exploração europeia e a ideia do eurocentrismo disseminado ao novo mundo recém-conquistado (não descoberto!)...

UNIDADE 1

TÓPICO 1

INTRODUÇÃO À HISTÓRIA MODERNA

 Período histórico compreendido entre os séculos XV e XVIII, com a consolidação do capitalismo mercantil, a descoberta de novas terras (continente americano) e sua exploração, surgimento dos Estados Nacionais, o triunfo do racionalismo e do Antropocentrismo.

 O QUE SIGNIFICA “MODERNO”?


 Normalmente entendemos “moderno” como oposição a “antigo”, neste sentido, o moderno pode ser o “recente”, que rompe com o passado.

 No renascimento, o período antigo passou a ser a Era Clássica Greco-romana – o modelo de perfeição cultural, a única que valia a pena imitar -, mas, o moderno passou a ser visto também como oposição ao período anterior, a Idade Média, entendida como uma época a ser “superada”.

A “IDADE MODERNA”

 O termo “idade moderna” foi criado no século XVI, por Francesco Petrarca, em 1341, a distinção entre época antiga (greco-romana) e a época nova, o seu próprio período (separados por um longo período de “obscuridade”, a Idade das Trevas). A Europa despertava de sua “longa noite de mil anos” para conquistar o mundo. O termo “moderno” ganhava um sentido de transformação.




O ILUMINISMO E A NOÇÃO DE “MODERNIDADE”

 Para os filósofos que louvavam o racionalismo, como Kant e os iluministas franceses, a modernidade era o progresso, só possível de obter através de uso pleno da razão, ou seja , o esclarecimento ou a ilustração. Kant (1985, p. 100) definiu esse conceito como “a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado”. A modernidade com um sentido de busca progressiva da autonomia individual, o home se tornar consciente de si. No século XIX, sobretudo, no período Vitoriano (1837-1901) auge do poder econômico e político da Grã-Bretanha, o conceito de modernidade foi adaptado para representar os mais elevados valores dessa sociedade – a glorificação da beleza, a fruição dos prazeres, a futilidade e o esnobismo.
 Ainda no século XIX, os países do sul da Europa – Itália, Portugal e Espanha – foram “sutilmente” excluídos do rol dos “modernos” por dois motivos:

1º - Perda de poder econômico e político;
2º - Ideia Iluminista, que a Igreja Católica, ao interferir diretamente na vida da comunidade, diminuía a possibilidade de expressão e desenvolvimento dos indivíduos e colocava entraves ao progresso científico.

O “MODERNISMO” NO SÉCULO XX

 Oposição de pensamento – Ciência x Igreja.
 O Conceito de modernidade adquiriu um sentido de renovação e de destruição dos modos antigos e retrógrados em toda a sociedade, o termo surgiu no seio da própria Igreja Católica, como um movimento de renovação interna.

 No entanto, o modernismo, ganhou ainda outro sentido no século XX, especialmente após a Segunda guerra Mundial. A partir do momento em que os EUA se consolidaram como a grande superpotência capitalista, o modo de vida americano e a sua expressão política passaram a ser considerados como símbolo máximo da modernidade. Os valores de direito à liberdade e à busca da felicidade individual, a acumulação capitalista, a inovação tecnológica incessante, o consumismo e a cultura de massa, todos devidamente racionalizados e justificados, passaram a representar o ideal a ser perseguido.



CARACTERÍSTICAS DA MODERNIDADE
O TRIUNFO DA RAZÃO

 A razão é, de fato, um dos eixos norteadores de todas as atitudes dos homens modernos, ainda que nem sempre estas atitudes sejam justificáveis. Nessa época a fé pura e simples passou a ser considerada insuficiente para justificar a religião: era necessário baseá-la na razão e deu origem a um método completamente racional e experimental de investigação da natureza: a Ciência.

A MODERNIDADE COMO “EMANCIPAÇÃO”

 O Homem moderno precisa recorrer à razão para vier e progredir sempre, por sua própria conta e risco, noção de progresso e de aprimoramento individual, com o desenvolvimento do pensamento, essas noções foram se difundindo pela Europa, especialmente nas regiões ao norte, onde tornou-se preceito moral a ser obedecido.

 A noção de que a livre iniciativa é sempre mais capaz de resolver os problemas do que as organizações que desejam controlar a realidade (como o Estado e a Igreja) exige que cada indivíduo cuide de seus próprios interesses de forma consciente, este é um exemplo claro dessa visão de modernidade.

MODERNIDADE COMO DOMINAÇÃO

 A modernidade foi também uma época de dominação e exploração para os demais povos do mundo. E foi em grande parte devido a essa exploração que a prosperidade europeia foi possível. Os conceitos europeus de modernidade simplesmente não percebem esse outro lado, bem ao contrário: criam a ilusão de uma era de progresso contínuos e universais, que levaria a humanidade ao bem-estar definitivo. Um caráter fortemente Eurocêntrico, que termina por encobrir a violenta opressão que os exploradores oriundos desse continente exerceram sobre o restante do mundo.


 Quando os europeus para tiram para a conquista do novo mundo, nos séculos XV e XVI, ainda carregavam consigo o “espírito combativo” que havia motivado as cruzadas. Portugueses e espanhóis entendiam a conquista de outras terras como uma continuação da reconquista sobre os muçulmanos, foi assim que a colonização da América Latina se efetuou. A conquista de um novo mundo era também a vitória sobre os infiéis e uma afirmação de poder da Igreja Católica sobre os movimentos protestantes.

 Ao chegarem às novas terras, os europeus estavam mais preocupados em converter os nativos às suas próprias crenças (ou mata-los, se não conseguissem) do que em entendê-los em suas especificidades culturais. Havia pouco lugar pra uma compreensão do outro e uma aceitação da diferença, aos poucos Europeus preocupados com os indígenas eram geralmente eram missionários religiosos. O resultado foi uma aniquilação dos nativos, não apenas no sentido físico, mas também no aspecto cultural.

 Como o pensamento europeu interpretou e justificou esse massacre?
 Inicialmente, duvidou-se que os indígenas tivessem almas, ou seja, fossem humanos. Quando essa explicação foi rejeitada, os conquistadores atribuíram-se uma Missão Civilizadora, que seria benéfica aos indígenas, possibilidade de progresso, caso eles se recusassem, seria necessária uma “ação pedagógica” ou uma “violência necessária” (uma guerra justa), o colonizador europeu era inocente, e não o culpado pela violência, mas sim o próprio indígena que se recusava a progredir.



A MODERNIDADE E A INVENÇÃO DA EUROPA

 A ideia de Europa remete a uma identidade entre vários povos de línguas e culturas distintas, mas que se reconhecem como semelhantes em alguns aspectos, como: Características comuns, inimigos comuns (geralmente os Muçulmanos) ale suas fronteiras. Os cristãos desejavam expulsar os infiéis de “seus territórios”, pois temiam seu avanço, contudo não haviam, também, o interesse em conhecer a cultura do inimigo, apesar da admiração dos europeus pelos seu refinamento cultural e filosófico.
  Na Idade Moderna, os europeus conseguiram, finalmente, se afirmar sobre os muçulmanos e alcançar a prosperidade comparável à de seus rivais, que foi interpretada como sua prova de superioridade. Essa ideia de triunfo é parte essencial da mentalidade moderna (eurocêntrica). A visão moderna do mundo entendia que o mundo era um presente de Deus (sempre há uma permissão divina para justificar) ao europeus, que, portanto, teriam o direito de fazer o que bem entendessem: A ERA EUROCÊNTRICA!

CONCLUSÕES DESTE CAPÍTULO:

- Fica exposto que os termos moderno/ modernidade tem caráter a ideia de PROGRESSO, na visão do europeu;
- Sempre há, mesmo em uma época da racionalização e florescer da ciência, uma “autorização” divina para justificar atitudes desumanas, como massacres de nativos contrários à conversão de suas crenças e a não aceitação do “Progresso” europeu;
- A idade Média é retratada como a “Idade das trevas”, de domínio da igreja que subjugava as iniciativas e pensamentos da época;
- Iluministas acreditavam que a racionalização (e posteriormente a ciência) seria a LUZ que tirariam a pessoa da ESCURIDÃO da ignorância, libertando dos domínios impostos pela igreja.


NO PRÓXIMO POST.

RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO.

Referências Imagens






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