IDADE
MODERNA
Começamos
agora uma série sobre a Idade Moderna, partido do resumo do Caderno de Estudos
da Uniasselvi (IERGS) do segundo semestre de 2016, de acordo com suas unidades
e tópicos, a partir dele reproduzimos segundo seus tópicos, ao final da série
(em seu último post.) será disponibilizado as referências do caderno, sem mais
começamos a coleta das informações desta época marcada pelo predomínio da razão
e a exploração europeia e a ideia do eurocentrismo
disseminado ao novo mundo recém-conquistado (não descoberto!)...
UNIDADE
1
TÓPICO
1
INTRODUÇÃO
À HISTÓRIA MODERNA
Período
histórico compreendido entre os séculos XV e XVIII, com a consolidação do
capitalismo mercantil, a descoberta de novas terras (continente americano) e
sua exploração, surgimento dos Estados Nacionais, o triunfo do racionalismo e
do Antropocentrismo.
O QUE SIGNIFICA “MODERNO”?
Normalmente
entendemos “moderno” como oposição a “antigo”, neste sentido, o moderno pode
ser o “recente”, que rompe com o passado.
No
renascimento, o período antigo passou a ser a Era Clássica Greco-romana – o
modelo de perfeição cultural, a única que valia a pena imitar -, mas, o moderno
passou a ser visto também como oposição ao período anterior, a Idade Média,
entendida como uma época a ser “superada”.
A
“IDADE MODERNA”
O termo
“idade moderna” foi criado no século XVI, por Francesco Petrarca, em 1341, a
distinção entre época antiga (greco-romana) e a época nova, o seu próprio
período (separados por um longo período de “obscuridade”, a Idade das Trevas).
A Europa despertava de sua “longa noite de mil anos” para conquistar o mundo. O
termo “moderno” ganhava um sentido de transformação.
O
ILUMINISMO E A NOÇÃO DE “MODERNIDADE”
Para os filósofos
que louvavam o racionalismo, como Kant e os iluministas franceses, a
modernidade era o progresso, só possível de obter através de uso pleno da
razão, ou seja , o esclarecimento ou a ilustração. Kant (1985, p. 100) definiu
esse conceito como “a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é
culpado”. A modernidade com um sentido de busca progressiva da autonomia
individual, o home se tornar consciente de si. No século XIX, sobretudo, no
período Vitoriano (1837-1901) auge do poder econômico e político da
Grã-Bretanha, o conceito de modernidade foi adaptado para representar os mais
elevados valores dessa sociedade – a glorificação da beleza, a fruição dos
prazeres, a futilidade e o esnobismo.
Ainda no
século XIX, os países do sul da Europa – Itália, Portugal e Espanha – foram
“sutilmente” excluídos do rol dos “modernos” por dois motivos:
1º - Perda de poder econômico e político;
2º - Ideia Iluminista, que a Igreja Católica, ao
interferir diretamente na vida da comunidade, diminuía a possibilidade de
expressão e desenvolvimento dos indivíduos e colocava entraves ao progresso
científico.
O
“MODERNISMO” NO SÉCULO XX
Oposição de
pensamento – Ciência x Igreja.
O Conceito de
modernidade adquiriu um sentido de renovação e de destruição dos modos antigos
e retrógrados em toda a sociedade, o termo surgiu no seio da própria Igreja
Católica, como um movimento de renovação interna.
No entanto, o
modernismo, ganhou ainda outro sentido no século XX, especialmente após a
Segunda guerra Mundial. A partir do momento em que os EUA se consolidaram como
a grande superpotência capitalista, o modo de vida americano e a sua expressão
política passaram a ser considerados como símbolo máximo da modernidade. Os
valores de direito à liberdade e à busca da felicidade individual, a acumulação
capitalista, a inovação tecnológica incessante, o consumismo e a cultura de
massa, todos devidamente racionalizados e justificados, passaram a representar
o ideal a ser perseguido.
CARACTERÍSTICAS
DA MODERNIDADE
O
TRIUNFO DA RAZÃO
A razão é, de
fato, um dos eixos norteadores de todas as atitudes dos homens modernos, ainda
que nem sempre estas atitudes sejam justificáveis. Nessa época a fé pura e
simples passou a ser considerada insuficiente para justificar a religião: era
necessário baseá-la na razão e deu origem a um método completamente racional e
experimental de investigação da natureza: a Ciência.
A
MODERNIDADE COMO “EMANCIPAÇÃO”
O Homem
moderno precisa recorrer à razão para vier e progredir sempre, por sua própria
conta e risco, noção de progresso e de aprimoramento individual, com o desenvolvimento
do pensamento, essas noções foram se difundindo pela Europa, especialmente nas
regiões ao norte, onde tornou-se preceito moral a ser obedecido.
A noção de
que a livre iniciativa é sempre mais capaz de resolver os problemas do que as
organizações que desejam controlar a realidade (como o Estado e a Igreja) exige
que cada indivíduo cuide de seus próprios interesses de forma consciente, este
é um exemplo claro dessa visão de modernidade.
MODERNIDADE
COMO DOMINAÇÃO
A modernidade
foi também uma época de dominação e exploração para os demais povos do mundo. E
foi em grande parte devido a essa exploração que a prosperidade europeia foi
possível. Os conceitos europeus de modernidade simplesmente não percebem esse
outro lado, bem ao contrário: criam a ilusão de uma era de progresso contínuos e
universais, que levaria a humanidade ao bem-estar definitivo. Um caráter fortemente
Eurocêntrico, que termina por
encobrir a violenta opressão que os exploradores oriundos desse continente
exerceram sobre o restante do mundo.
Quando os europeus
para tiram para a conquista do novo mundo, nos séculos XV e XVI, ainda
carregavam consigo o “espírito combativo” que havia motivado as cruzadas.
Portugueses e espanhóis entendiam a conquista de outras terras como uma
continuação da reconquista sobre os muçulmanos, foi assim que a colonização da
América Latina se efetuou. A conquista de um novo mundo era também a vitória
sobre os infiéis e uma afirmação de
poder da Igreja Católica sobre os movimentos protestantes.
Ao chegarem
às novas terras, os europeus estavam mais preocupados em converter os nativos
às suas próprias crenças (ou mata-los, se não conseguissem) do que em
entendê-los em suas especificidades culturais. Havia pouco lugar pra uma
compreensão do outro e uma aceitação da diferença, aos poucos Europeus
preocupados com os indígenas eram geralmente eram missionários religiosos. O
resultado foi uma aniquilação dos nativos, não apenas no sentido físico, mas
também no aspecto cultural.
Como o
pensamento europeu interpretou e justificou esse massacre?
Inicialmente,
duvidou-se que os indígenas tivessem almas, ou seja, fossem humanos. Quando
essa explicação foi rejeitada, os conquistadores atribuíram-se uma Missão Civilizadora, que seria benéfica aos indígenas, possibilidade
de progresso, caso eles se recusassem, seria necessária uma “ação pedagógica” ou uma “violência
necessária” (uma guerra justa), o colonizador europeu era inocente, e não o
culpado pela violência, mas sim o próprio indígena que se recusava a progredir.
A MODERNIDADE E A INVENÇÃO DA EUROPA
A ideia de
Europa remete a uma identidade entre vários povos de línguas e culturas distintas,
mas que se reconhecem como semelhantes em alguns aspectos, como: Características
comuns, inimigos comuns (geralmente os Muçulmanos) ale suas fronteiras. Os
cristãos desejavam expulsar os infiéis de “seus territórios”, pois temiam seu
avanço, contudo não haviam, também, o interesse em conhecer a cultura do
inimigo, apesar da admiração dos europeus pelos seu refinamento cultural e
filosófico.
Na Idade Moderna, os europeus conseguiram,
finalmente, se afirmar sobre os muçulmanos e alcançar a prosperidade comparável
à de seus rivais, que foi interpretada como sua prova de superioridade. Essa
ideia de triunfo é parte essencial da
mentalidade moderna (eurocêntrica). A visão moderna do mundo entendia que o
mundo era um presente de Deus (sempre há uma permissão divina para justificar)
ao europeus, que, portanto, teriam o direito de fazer o que bem entendessem: A
ERA EUROCÊNTRICA!
CONCLUSÕES
DESTE CAPÍTULO:
- Fica exposto que os termos moderno/ modernidade
tem caráter a ideia de PROGRESSO, na visão do europeu;
- Sempre há, mesmo em uma época da racionalização e
florescer da ciência, uma “autorização” divina para justificar atitudes desumanas,
como massacres de nativos contrários à conversão de suas crenças e a não
aceitação do “Progresso” europeu;
- A idade Média é retratada como a “Idade das trevas”,
de domínio da igreja que subjugava as iniciativas e pensamentos da época;
- Iluministas acreditavam que a racionalização (e
posteriormente a ciência) seria a LUZ que tirariam a pessoa da ESCURIDÃO da
ignorância, libertando dos domínios impostos pela igreja.
NO PRÓXIMO POST.
RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO.
Referências Imagens
Eurocêntrismo - http://alunosonline.uol.com.br/upload/conteudo_legenda/5e5ebdbada9b2a9406c93b516f0a0c0b.jpg
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