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sexta-feira, 29 de julho de 2016

O Renascimento Cultural e Artístico

O RENASCIMENTO CULTURAL E ARTÍSTICO
ORIGENS CULTURAIS DO RENASCIMENTO ARTÍSTICO
 A Idade média havia sido uma época na qual as obras literárias do passado não estavam disponíveis com facilidade na Europa. Concentradas no Império Bizantino ou traduzidas pelos muçulmanos e difundidas para todos os seus domínios, as demais obras estavam em poder dos mosteiros, onde as preocupações essenciais eram religiosas, e pouco se cultivavam outras áreas do saber. Raríssimas eram as obras em poder de particulares, em geral senhores feudais muito ricos, uma vez que os livros, manuscritos, eram proibitivamente caros, e a alfabetização, fora dos mosteiros, era tão rara quanto “desnecessária”.
 Já no mundo muçulmano, os árabes tomaram contato com acervos sem igual nas bibliotecas do Oriente, e ficaram fascinados pela filosofia e pela cultura clássica da Grécia. Traduziram para o árabe e espelharam edições dessas obras pelas inúmeras bibliotecas que criaram em todos os seus domínios.
 No século XII, um dos principais centros de difusão cultural do Islã era a Espanha Muçulmana (Al-Andaluz), onde adaptavam com sucesso a filosofia grega clássica aos preceitos religiosos. Dentro da Filosofia islâmica, a obra de Aristóteles ocupava papel relevante.

O RENASCIMENTO CULTURAL DO SÉCULO XII
 As campanhas de reconquista começaram, lentamente, a expulsar os muçulmanos da península Ibérica. Quando ocuparam a cidade de Córdoba, os cristãos tomaram conhecimento do enorme acervo da biblioteca da cidade (estimavam cerca de 400 mil exemplares). O contato com esse enorme acervo acelerou o processo de renovação política, econômica e cultural que estava se iniciando, e deu origem ao movimento conhecido como renascimento do século XII. As novas fontes de pesquisa promoveram uma renovação sem precedentes nos estudos jurídicos, religiosos, filosóficos e científicos.


ESCOLÁSTICA
 Até o século XII, o pensamento da Igreja esteve baseado na obra de Platão (Santo Agostinho). De acordo com essa explicação, o mundo terreno seria um lugar de sofrimentos, do qual o ser humano deveria se esforçar para escapar (salvar-se) através da fé. Investigação do mundo natural não tinha importância: as questões de fé eram as únicas relevantes.
 A descoberta das obras antigas preservadas pelos muçulmanos trouxe uma nova perspectiva à religião. São Tomás de Aquino (1225-1274) foi o principal artífice dessa nova teologia. O mundo natural e o mundo divino eram criações de Deus. Para reuni-los, era preciso recorrer à razão e à lógica.
O debate em torno das questões teológicas com base na razão ficou conhecido como escolástica – a busca da verdade por meio de uma investigação minuciosa sobre os mínimos detalhes.


O HUMANISMO
 A escolástica esbarrava em uma dificuldade importante: os textos disponíveis geralmente eram traduções para o latim de obras que já eram traduções árabes dos originais, o que trazia incerteza sobre o significado original dos textos.
 Com a tomada de Constantinopla pelos turcos (1453) muitos estudiosos gregos levaram consigo textos originais das obras antigas e passaram a constituir uma nova categoria de estudiosos, não vinculados à Igreja ou a uma universidade medieval.
 O Humanismo do renascimento consistia na busca da perfeição cultural, que eles entendiam haver existido na Antiguidade clássica Greco-romana e se perdido durante o período feudal. As obras artísticas inspiradas no Humanismo, então, utilizavam-se da cultura clássica como fonte de inspiração – retórica, mitologia, estilística.
 Os homens do renascimento não negavam a existência de Deus, mas colocavam em primeiro plano os interesses humanos e terrenos. A importância que o homem adquiriu era à base do Humanismo.
 A invenção da imprensa (tipos móveis metálicos de Johannes Gutenberg) ajudou a difundir as obras recém-traduzidas. Outro importante fator que contribuiu para o desenvolvimento do Humanismo foi o surgimento das academias e dos Liceus.
 Até o século XIV, as universidades, controladas pela Igreja, mantinham o método de estudo da idade Média, baseado na memorização das velhas obras. As Academias e Liceus laicos criados com o Renascimento enfatizavam o estudo do grego e do latim e desenvolveram um conhecimento reflexivo, racional e crítico. Em pouco tempo, a palavra Humanista ganhou sentido mais amplo e foi aplicada a escritores, pintores, arquitetos, professores, estudantes, religiosos e cientistas que criticavam os valores do catolicismo medieval. Os humanistas estimulavam a curiosidade, a iniciativa, a vontade da exploração do mundo. Seu Objetivo era separar a fé da razão, evitando que a última fosse dominada pela primeira. Os humanistas não recusaram a fé cristã, e muitos teólogos alteraram suas práticas para buscar a realização humana dentro dos princípios Cristãos.

VALORES HUMANISTAS
 È possível sintetizar os valores humanistas em três características centrais:
  • O Ser Humano como centro do Universo: Os pensadores medievais colocavam Deus e a Igreja no centro do Universo. Os humanistas, ao contrário, situavam o Homem no centro do universo;
  • Predominâncias dos Valores da Antiguidade Clássica: A valorização dos estudos de pensadores greco-romanos ocorreu porque os artistas e sábios humanistas entendiam a Antiguidade clássica como a época de ouro da História;
  • Autonomia da Razão: Os Humanistas defendiam a busca da verdade por meio da investigação e da reflexão pessoal.

A POLÍTICA E A RELIGIÃO DO RENASCIMENTO
 O período do renascimento foi um momento que a Igreja Católica perdeu a hegemonia política na Europa, como ressurgimento do comércio, a centralização política, os Reis começaram a entrar em choque com a política da Igreja.
Ao longo da Idade Média, os papas passaram a interferir na política europeia com cada vez mais força. A influência política do Papa atingiu seu auge durante as Cruzadas e culminou com a Questão das Investiduras, no século XI, quando o papado assumiu um grande poder político.
 Em 1305, o Papa Clemente V decidiu transferir a sede do papado para a cidade de Avignon (apesar de ser francesa, era relativamente autônoma na época) e realizar um pontificado de conciliação com a monarquia francesa. Conseguiram manter certa autonomia frente à Coroa, o mesmo tempo em que consolidavam a autoridade da Igreja. No entanto, a partir de Clemente Vi (1342-1352), a influência do rei da França sobre os papas se tornou cada vez maior. Os papas dessa época ganharam uma reputação de corruptos e libertinos (alguns além de manter relações sexuais, tinham filhos).
 Quando o Papa Gregório XI (1370-1378) decidiu retornar a Roma sua posição política era tão delicada que ele sofreu uma feroz oposição de várias cidades do norte da Itália, pois não havia unidade política na península.


 O Papa seguinte, Urbano VI, revelou-se tão pouco conciliador que os cardeais que o elegeram, arrependidos, reuniram-se novamente e indicaram um segundo papa que se estabeleceu novamente em Avignon. No auge da Crise, havia 3 Papas ao mesmo tempo (em Roma, Avignon e Pisa) todos “legitimamente” eleitos por seus cardeais. Isso foi solucionado pelo Concílio de Constança (1414-1418) quando o papado foi reunificado e voltou definitivamente para Roma. Os papas de Avignon e Pisa são hoje considerados pela Igreja como Antipapas.

CORRUPÇÃO NA IGREJA: O COMÉRCIO DA FÉ
 Dentre os abusos cometidos pela Igreja nesse período, podem-se citar as Simonias e o Nepotismo.
 Simonia é o nome que se dá à prática, comum na época de pagar-se por uma nomeação a um alto cargo sacerdotal.
 O Nepotismo era a nomeação de parentes dos papas, ou altos prelados da Igreja para cargos importantes.

A CONSOLIDAÇÃO DOS ESTADOS NACIONAIS
 As monarquias da Inglaterra e da França, que estavam em um lento processo de Consolidação desde o período Feudal, ganharam força a partir da Guerra dos Cem Anos (1337-1453), da Peste Negra e da Reforma Religiosa do Século XVI, e consolidaram um modelo de Estado Absolutista baseado na monarquia de “direito divino”.  As monarquias Ibéricas (Portugal e Espanha) atingiram seu apogeu neste período, graças ao seu pioneirismo na expansão marítima e exploração da Ásia e da América.

AS REPÚBLICAS ITALIANAS
 No final da Idade Média, as regiões central e do sul da Península Itálica estavam em má situação. O norte da Península estava em melhor situação e acabaram conquistando uma maior autonomia. A região da Toscana, principalmente Florença, prosperou como cidade comercial, tirando proveito da reabertura do comércio no Mar Mediterrâneo após as Cruzadas.

RENASCIMENTO ARTÍSTICO NOS PAÍSES EUROPEUS:
 RENASCIMENTO ITALIANO
 O contato com os muçulmanos no Oriente Médio, no norte da África e na Península Ibérica deu aos estudiosos do Ocidente a chance de conhecer obras clássicas que não existiam na Europa Ocidental. Isso favoreceu os artistas e pensadores que buscavam inspiração na cultura greco-romana.
 Em algumas cidades italianas realizava-se um comércio movimentado e competitivo. Grandes banqueiros e mercadores, que viviam em clima de competição, valorizavam a razão e o individualismo. Ser individualista significava também sobreviver à concorrência dos outros comerciantes e poder escolher seu modo de viver e de pensar, sem interferência direta do catolicismo. Por outro lado esses ricos comerciantes e banqueiros passaram a exercer o Mecenato.

A PRÁTICA DO MECENATO
 Os estudiosos e artistas do Renascimento foram financiados por ricos banqueiros, comerciantes e nobres do norte e do centro da Itália. Eram os chamados Mecenas. O Interesse dos Mecenas não era simplesmente artístico; havia uma intenção política muito clara, que era usar a sua influência e carisma, que o mecenato proporcionava, para manter o poder na cidade. A imagem de benfeitores e patronos das artes dificultava qualquer tentativa de golpe. No século XVI, o grande centro de poder havia mudado para a península Ibérica, os maiores banqueiro europeus estavam agora no norte do continente e o grande centro do Mecenato na Itália passou a ser Roma.

TRECENTO – QUATTROCENTO – CINQUECENTO
 TRECENTO: O século XIV costuma ser referenciado pelos italianos como o Trecento (trezentos) o movimento artístico da época. Impregnada da mentalidade medieval com uma temática ou estética mais religiosa.
 Na Literatura, a Divina Comédia de Dante Alighieri, impregnada do imaginário medieval do além-mundo, é perceptível a mistura de elementos cristãos e pagãos; e o Decamerão, de Giovanni Boccacio, escrito alguns anos após a Peste Negra, com uma demonstração do cotidiano de meados do século XIV. É nítida uma crítica à Igreja Católica e à nobreza; várias dessas histórias falam de religiosos e nobres corruptos e libertinos.
 Outro grande escritor Italiano desta época é Francesco Petrarca. Na pintura, o grande nome deste período é o Florentino Giotto di Bondone, que é considerado o introdutor da perspectiva na pintura italiana. Sua técnica representa claramente uma ruptura com a representação icônica da pintura bizantina e medieval que existia em seu tempo.


QUATTROCENTO: As técnicas iniciadas por Giotto foram aperfeiçoadas, e os estudos de perspectiva na pintura se desenvolveram bastante. Os pintores Piero dela Francesca, Fra Angelico e Sandro Botticelli. Na Escultura, o trabalho de Donatello alcançou níveis de realismo que só seriam superados por Michelangelo. Outro renascentista que atuou em Florença foi o arquiteto de Filippo Bruneleschi. Na poesia e filosofia, Francesco Petrarca teve uma importância tão grande que sua escrita se tornaria a base do idioma Italiano moderno.

 Os principais nomes do Quattrocento italiano são Leonardo da Vinci, Rafael, Donatello e Michelangelo (os Tartarugas Ninjas...), além de pintores, eles se dedicaram ás mais diversas atividades. Rafael era arquiteto, Michelangelo era escultor, arquiteto, poeta e engenheiro, e Leonardo da Vinci era matemático, inventor, músico, engenheiro, botânico, escultor, arquiteto e escritor.



CINQUECENTO: No século XVI, o poder político de Florença estava em declínio, e o grande centro difusor de cultura mudou de lugar, passou a ser a cidade de Roma.
 O período do Cinquecento foi, em vários aspectos, o auge do renascimento. Os três grandes nomes do período anterior estavam em plena atividade: A Última Ceia, de Da Vinci, o teto da Capela Sistina, de Michelangelo, e a Escola de Atenas, de Rafael, são todos deste período. Nesta época, as técnicas de perspectiva, cores e realismo atingem seu esplendor na pintura e também na ciência política; a obra O príncipe, de Nicolau Maquiavel, descrevia a forma pela qual um governante deveria proceder para tomar e conservar o poder. A obra só foi publicada após a morte de Maquiavel, pois ele temia a repercussão que teria. De fato, o extremo realismo de Maquiavel, que não tinha ilusões sobre a tarefa de governar, chocou a sua época, e seu livro foi colocado no Índex de livros proibidos pela Igreja Católica em 1559.
 O teto da Capela Sistina, de Michelangelo

O RENASCIMENTO NO NORTE DA EUROPA
OS PAÍSES-BAIXOS (Atuais Holanda e Bélgica): se constituíram como grandes entrepostos comerciais desde o fim da Idade Média. Suas maiores cidades – Antuérpia e Bruges, em Flandres, e Amsterdam, na Holanda – Atraíam comerciantes de todas as origens e foram algumas das primeiras regiões em que a Reforma teve repercussão. Os intercâmbios comerciais entre as cidades dos países-baixos e o norte da Itália tiveram uma grande influência sobre as artes na região. Os elementos góticos da arte medieval não foram suprimidos, e o Renascimento ganhou cores um pouco mais sombrias, com um tom religioso mais marcado.
 Andreas Versalius elaborou os primeiros estudos sobre o corpo humano da era moderna. O cartógrafo Geraldo Mercator desenvolveu uma projeção cartográfica. Na filosofia, Erasmo de Rotterdam teve um papel destacado no humanismo no século XVI, e debateu longamente com Martinho Lutero as reformas que ambos julgavam necessárias; ao contrário de Lutero, Erasmo manteve-se católico até o final da vida.

INGLATERRA: Os principais expoentes do período são John Wyclif que traduziu a Bíblia para o inglês e Geoffrey Chaucer com seus contos de Canterbury.
 Filósofos como Francis Bacon e Thomas Morus tiveram importância na renovação do pensamento europeu. No teatro, destacam-se as figuras de Christoper Marlowe e, principalmente, William Shakespeare, que é considerado o maior dramaturgo e um dos maiores escritores que a humanidade já produziu.


William Shakespeare
 
PENSÍNSULA IBÉRICA: A literatura portuguesa do final da idade Média sofreu uma influência muito grande do trovadorismo, que costumava se manifestar nas cantigas de amor, em um espírito de amor cortesão que é claramente medieval.
 No século XVI, dois grandes nomes destacaram-se poesia portuguesa: Gil Vicente e Luiz Vaz de Camões, este último, compôs diversos poemas e a famosa epopeia Os Lusíadas, em que relata os feitos dos navegantes portugueses e toma emprestados elementos da mitologia grega e romana com o objetivo de criar um poema comparável à Ilíada e à Odisseia.
 Com a expansão marítimo-comercial europeia, nos séculos XV e XVI, a Coroa Espanhola foi a mais beneficiada pelas riquezas encontradas, principalmente do México e Peru, onde saíram toneladas de ouro e prata, com isso os reis espanhóis promoveram as artes e a construção de grandes palácios em seu país.
  Entre os pintores destacou-se El Greco (pois havia nascido na ilha de Creta), Humanista, lia obras em grego e latim e fez pinturas sobre temas religiosos para diversas igrejas na Espanha, além de retratos de nobres desse país.
 El-Greco


 Muitos artesãos e operários trabalharam durante 20 anos na construção do Palácio Escorial (símbolo da grandeza da monarquia espanhola), projetado por Juan Bautista de Toledo.
 O principal escritor espanhol foi Miguel de Cervantes em sua obra Dom Quixote de La Mancha, onde o autor satiriza os ideais da cavalaria medieval. O personagem principal é um pobre fidalgo de província, cuja mente fica perturbada pela leitura de romances de cavalaria. Obcecado pela ideia de fazer reviver a época da cavalaria, veste uma armadura enferrujada, monta o velho cavalo Rocinante e parte com seu gordo criado escudeiro, Sancho Pança, representante das pessoas comuns. Passam juntos por uma série de aventuras absurdas, incluindo um incidente em que Dom Quixote ataca moinhos de vento, julgando serem gigantes.


O RENASCIMENTO POR SEGMENTO
ARTES PLÁSTICAS: O monopólio da Igreja Católica sobre a produção artística perdeu a força que tinha no período medieval. Os artistas não abandonaram os temas religiosos, também passaram a explorar outros aspectos da vida social, inspirados na mitologia greco-romana, na valorização do indivíduo, em paisagens naturais e cenas do cotidiano.

 Os artistas renascentistas interessavam-se pelo mundo que os cercava, investigando a natureza para melhor representa-la. Estudam os pássaros, as plantas, a terra e, principalmente, os seres humanos. Leonardo da Vinci, por exemplo, desenhou partes do corpo humano com base na observação de cadáveres dissecados.
 Os artistas buscavam a perenidade de sua arte, ou seja, garantir que suas obras fossem conhecidas mesmo depois de sua morte. Para isso desenvolveram materiais duráveis, como a tinta a óleo. Esse tipo de tinta permite que o pintor corrija pinceladas e traços, quando seca, resiste às mudanças de temperatura e umidade.

AUTORRETRATO: Esforçando-se para conseguir perenidade e fama, muitos artistas também pintavam autorretratos ou se representavam em uma obra. O autorretrato também era uma maneira de o artista estudar as feições humanas e aperfeiçoar sua técnica, os retratos dos próprios artistas ou de outros indivíduos preservavam sua imagem para o futuro. 

VALORIZAÇÃO DA ARQUITETURA GRECO-ROMANA: Nas edificações de palácios e Igrejas, os artistas retomaram as linhas retas e as colunas e arcos típico das construções clássicas.

PERSPECTIVA: Os pintores renascentistas desenvolveram a técnica da perspectiva, por meio da qual procuravam dar uma aparência tridimensional às personagens e aos objetos representados.
 Para Albrecht Dürer (pintor Alemão – 1471-1528) perspectiva significava observar uma pintura na parede e ter a “Sensação de ver através dela”, como se ali estivesse uma “janela aberta”.

CONHECIMENTOS CIENTÍFICOS
 O estudo dos autores da Antiguidade Clássica favoreceu importantes avanços nos conhecimentos:
  • Um novo olhar sobre o universo: Até o Renascimento, predominava a interpretação Geocêntrica do Universo, elaborada pelo grego Ptolomeu no século II e defendida pela Igreja Católica, de acordo com essa teoria, o Sol e todos os Astros giravam em torno da Terra. Em 1543, o polonês Nicolau Copérnico apresentou a teoria Heliocêntrica, tendo o Sol como centro do Universo, e a terra e os demais planetas giravam ao seu redor.

 Copérnico evitava divulgar suas ideias, temendo a reação de bispos e cardeais católicos. Seu livro foi publicado no ano em que ele morreu (1543). Posteriormente, analisando a teoria de Copérnico, cientistas como o alemão Johannes Kepler e o italiano Galileu Galilei passaram a defendê-la. Por isso Galileu foi acusado de herege pelas autoridades católicas e, para livrar-se da pena de morte, negou publicamente suas convicções.
  • Desenvolvimento de Novas Ciências: As viagens marítimas impulsionaram o desenvolvimento de outras ciências, como a geografia, a cartografia, a botânica e a zoologia. Além do aperfeiçoamento dos navios, velas, conhecimentos sobre a pólvora (da China) o astrolábio e a bússola (dos árabes) e a partir disso outras inovações como a roca de fiar, o papel, os algoritmos arábicos;
  • Estudos da Anatomia Humana: Os artistas recorreram à Matemática e à geometria para estabelecer proporções ideais e harmonia na representação das figuras humanas e da paisagem natural. Nas ciências, por meio da dissecação de cadáveres, o belga André Vesálio (1514-1564) realizou importantes estudos na escola de medicina na Universidade de Pádua (Itália) que o levaram a ser considerado o fundador dos estudos de anatomia humana moderna.
O Espanhol Miguel de Servet (1511-1553) foi o primeiro médico a descrever a circulação do sangue no pulmão. Tanto Miguel de Servet quanto André Vesálio foram perseguidos pela Igreja, pois ela desaprovava a dissecação de cadáveres. Vesálio foi condenado à morte, quando fugia para a França, foi preso pelos reformadores em Genebra, em consequência de suas ideias religiosas e de sua conduta médica. Foi queimado vivo por ordem desses religiosos em 1553.


Referências Extras/ Imagens
DAUWE, Fabiano. História Moderna, Centro Universitário Leonardo da Vinci. – Indaial,2008;
APOLINÁRIO, Maria Raquel. São Paulo, Editora Moderna, PROJETO ARARIBÁ – HISTÓRIA 7º ANO, 2007.
COTRIM, Gilberto; RODRIGUES, Jaime. São Paulo. Editora Saraiva. Saber e Fazer História (Ensino Fundamental) – 7º ano, 2009.

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