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domingo, 7 de agosto de 2016

Economia Moderna

ECONOMIA MODERNA

A ECONOMIA COLONIAL: O MERCANTILISMO
 A prosperidade portuguesa, obtida com o comércio das especiarias, seguia a mesma lógica econômica que movia as repúblicas italianas: a acumulação de riquezas a partir do comércio de produtos de luxo no mercado europeu, conhecida como mercantilismo.
 O país como um grande comerciante, que enriquecia quando ganhava dinheiro e empobrecia quando gastava, essa lógica econômica, desenvolvida pelas nações para obterem sucesso econômico – Portugal e Espanha – e onde burguesia mercantil era muito próxima à coroa.

O METALISMO E A REVOLUÇÃO DOS PREÇOS
 O mercantilismo entendia que uma simples transferência de recursos: assim, o país que vendesse um produto enriqueceria, e o que comprasse empobrecia na mesma medida, sendo uma transação de soma Zero. Dentro dessa lógica, a única possibilidade de se aumentar o montante total da riqueza seria extraindo-a da terra na forma de metais preciosos.


 Um dos meios de acumular metais era procurar manter uma balança comercial favorável, ou seja, vender produtos muito mais caros e em maior quantidade do que aqueles que eram comprados de outros países.

 Assim, na virada dos séculos XVI-XVII, vários países criaram leis limitando a saída de recursos para o estrangeiro, visando assim manter a riqueza nacional. O nome que se dá a essa prática é bulionismo ou metalismo, que foi muito praticado durante a dinastia de Habsburgo (séculos XVI e XVII). Essa política, que parecia trazer a riqueza, teve como consequência uma enorme inflação, que gerou a chamada Revolução dos Preços. Preços das mercadorias em 1600 eram mais de duas vezes superiores que ao que foram em 1500, e em 1700 estavam ainda mais altos – mais de três vezes e meia o que havia sido quando a Revolução dos Preços teve início.


 É importante lembrar que a entrada de ouro e prata não foi a única causa do aumento dos preços: O crescimento populacional, que se recuperava da peste negra (século XIV) e o lento processo de urbanização, esses fatores levaram a uma produção menor de alimentos para uma população maior, o que contribuía para a Inflação.

 A Espanha, confiante nas riquezas que vinham das colônias, praticamente abriu mão da manufatura, e passou a importar tudo o que consumia. Essa foi uma das principais razões para a Espanha não ter conseguido manter seu poderio no século XVIII. Outra razão foi a longa sequência de guerras em que Carlos V e seus descendentes envolveram o país. A Espanha não manteve seus territórios na Europa e terminou por ceder a liderança econômica do continente à Holanda e política par a França de Luís XIV.

COLBERTISMO FRANCÊS
 Na França o mercantilismo foi caracterizado pelo incentivo às atividades manufatureiras. Estudiosos posteriores denominaram essa política econômica de Colbertismo, palavra derivada do sobrenome do ministro das finanças francês na época de Luís XIV, chamado Jean-Baptiste Colbert (1619-1683). Colbert vinha de uma família de grandes comerciantes e, ao tornar-se ministro, encontrou uma situação em que o governo da França gastava muito mais do que arrecadava. Procurou mudar isso, com o aumento da arrecadação, estímulos à produção manufatureira e às exportações e ampliação da rede de estradas.

 Os franceses procuraram desenvolver manufaturas, utilizando matérias-primas obtidas das colônias. Muitas dessas manufaturas produziam artigos de luxo, como louças, tapeçarias e perfumes.

O COLONIALISMO
 Também passou a ser fundamental que todos os países vendessem aos países estrangeiros mais do que comprassem (Superávit). Leis restringindo a importação fu surgiram, se todos os países evitassem comprar produtos do exterior, o próprio comércio internacional sofrer uma estagnação. Para evitar isso, os países precisavam oferecer produtos exóticos, que fossem desejados no exterior.


 Até meados do século XVI, os produtos exóticos mais atraentes eram as especiarias (temperos) e outros produtos do Oriente, como a seda. Foi com o fornecimento dessas mercadorias que as cidades italianas fizeram sua riqueza no final da Idade Média, e foi esse comércio que motivou os portugueses à expansão marítima.




O SISTEMA DE PLANTATION
 A cana-de-açúcar era beneficiada nos engenhos, uma tecnologia que havia sido desenvolvida e mantida em segredo pelos portugueses desde o século XV. O sistema de cultivo de açúcar português se baseava em grandes propriedades monocultoras – ou seja, que produziam um único produto principal -, com larga utilização de mão de obra escrava, esse sistema ficou conhecido Plantation, em que um produto exótico fosse cultivável.

 A enorme demanda por mão de obra transformou o tráfico internacional de escravos em um Negócio extremamente lucrativo, com rendimentos que superavam muitas vezes as próprias atividades que abastecia.





 Os produtos alimentícios, embora muito menos rentáveis, constituíam-se em parte não desprezível da economia. A mandioca, a batata e o fumo, que era utilizado principalmente como moeda de troca no tráfico internacional de escravos, junto com a aguardentecachaça ou rum, e o algodão, para o vestuário.

 O sistema de plantation tornou-se a principal atividade econômica das colônias americanas. Casos marcantes são as produções de açúcar no Brasil e de algodão no Sul dos Estados Unidos. O sistema de plantation desempenhava, na contagem geral da Espanha, um papel bem menos relevante, porque a maior arrecadação provinha diretamente da extração de ouro e prata.

 O EXTRATIVISMO
 A extração de produtos existentes nas Américas se tornou vantajoso economicamente. Os casos mais conhecidos são os do pau-brasil, da erva-mate, a cochonilha (Inseto mexicano), as peles de castor no atual Canadá e a pesca em diversas partes do litoral do continente.

AS COLONIZAÇÕES
 Algumas regiões de clima quente e úmido produziam, a custo baixo, artigos tropicais, como açúcar, algodão e tabaco, produtos escassos na Europa, portanto, podiam ser vendidos a um alto preço, além disso, o Estado podia cobrar as taxas alfandegárias. Se caracterizando uma Colonização de Exploração. Exemplos de países: Brasil, Peru, México, Cuba, Jamaica, entre outros.

 Já os produtos vindos das colônias situadas em regiões de clima semelhante ao europeu, não despertava o mesmo interesse, e assim desenvolveu-se um tipo de colonização chamada de Colonização De Povoamento, com principais representantes os Estados Unidos e o Canadá.

EXPLORAÇÃO
 Portugal e Espanha lideraram o processo de expansão marítima e colonização a partir do final do século XV. Os demais países estavam, nesse momento, em vias de consolidarem suas estruturas políticas. Dessa forma, portugueses e espanhóis tiveram a possibilidade de se instalar (dentro dos limites do tratado de Tordesilhas) nos territórios considerados mais adequados para a exploração mercantil.

 Assim, quando Inglaterra, França e Países Baixos conseguiram reunir as condições para efetivamente participarem da “corrida colonialista”, os territórios considerados mais vantajosos já haviam sido ocupados por Portugal e Espanha. Havia, no entanto, algumas regiões desocupadas, especialmente quanto à produção de açúcar no Caribe e de Algodão e fumo na América do Norte (Carolina e Virgínia). Essas regiões foram ocupadas por franceses, holandeses e ingleses, da mesma forma, o Plantation aplicado também fazia uso intenso de mão de obra escrava.



Tratado de Tordesilhas (Saiba mais nesse link)
AMÉRICA DO NORTE
 A América do Norte não interessou aos colonizadores europeus, não havia ouro como no México, e o clima era semelhante demais ao europeu para permitir o cultivo de produtos exóticos. Sendo assim, a região não foi colonizada durante todo o século XVI. No século seguinte a situação se alterou. Holandeses, suecos, dinamarqueses, escoceses e até mesmo o pequeno extinto ducato da Curlândia, na atual Letônia, estabeleceram domínios que terminaram por ser encampados nas colônias inglesas.

 A Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (VOC, na sigla em holandês) começou a explorar, a partir de 1602, a América do Norte em busca de uma passagem para às Índias. As primeiras colônias foram fundadas em 1615. Em 1626, o diretor da VOC, Peter Minut, comprou a ilha de Manhattan dos indígenas e iniciou a colônia de Nova Amsterdam, que os Ingleses rebatizaram de Nova York. As colônias holandesas receberam imigrantes de várias origens, protestantes, ingleses, franceses, judeus fugidos de Pernambuco, entre outros. Em 1664, os ingleses conquistaram a região e incorporaram a Nova Holanda a seus domínios.

 A França organizou expedições para tentar encontrar uma passagem para as Índias pelo norte do continente. As expedições lhes permitiram travar um contato mais próximo com os indígenas do Canadá e estabelecerem entrepostos para o lucrativo comércio de peles de animais. Mais ao Sul fundaram, na foz do rio Mississipi, a colônia da Luisiana, que servia como centro de abastecimento de gêneros para as colônias produtoras de açúcar no Caribe – especialmente o Haiti.




Referências extras/ Imagens
DAUWE, Fabiano. História Moderna, Centro Universitário Leonardo da Vinci. – Indaial, 2008;
COTRIM, Gilberto; RODRIGUES, Jaime. São Paulo. Editora Saraiva. Saber e Fazer História (Ensino Fundamental) – 7º ano, 2009.

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