Pesquise dentro do Blog!

terça-feira, 27 de setembro de 2016

A Revolução Industrial #02 – A Primeira Fase Da Revolução




PRIMEIRA FASE DA REVOLUÇÃO: CARACTERÍSTICAS
 
 A Inglaterra foi o País que mais acumulou capital por meio do comércio com metrópoles e colônias. Por isso, pôde iniciar sua industrialização já no século XVIII. A partir de 1770 até 1850, houve uma grande transformação social e produtiva chamada pelos estudiosos de Revolução Industrial.


 Características da Revolução:
·                    Mudança na concepção de trabalho (servo x assalariado);
·                    Construção de fábricas e galpões;
·                    Decadência do Artesanato e Ascensão da Manufatura;
·                    Avanços tecnológicos em alta velocidade;
·                    Despreocupação com a poluição;
·                    Busca desenfreada por lucros;
·                    Não existência de qualquer direito trabalhista;
·                    Exploração da mão de obra infantil;
·                    Ascenção do capitalismo;
·                    A substituição do homem pela máquina;
·                    Novos grupos sociais (classes): Burguesia x Proletariado;
·                    Êxodo Rural;
·                    Nova Arquitetura para as cidades;
·                    Evolução nos meios de transporte (Navio a vapor e locomotiva);
·                    Nova concepção do “tempo”.

A CIDADE INDUSTRIAL
 Nas cidades industriais inglesas, a população operária comprimia-se em bairros de ruas estreitas, sinuosas e sujas, tomadas de mendigos, prostitutas e desempregados. A maior parte das casa dos operários se localizava próximo das fábricas e era construída a mando dos próprios empregadores, que alugavam aos empregados.
 As casa, geralmente, com dois andares e geminadas, abrigavam um grande número de pessoas. Os banheiros eram fossas, pois não havia rede de esgoto, em outros bairros os detritos eram jogados na rua. A água era fornecida em bicas espalhadas pela cidade. Era muito comum a formação de longas filas. A alimentação nas casas operárias era muito pobre, consistia basicamente de batata, tripas de animais, orelhas de porco e pão.
 Nessas condições, doenças como cólera e tuberculose ocorriam com frequência, a miséria aumenta a mortalidade na cidade.

O LUDISMO
 A vida dos operários era dura, trabalhavam de 14 a 16 horas por dia, de pé, parando apenas para um rápido almoço. Não haviam direitos trabalhistas como hoje, como férias, descanso semanal remunerado. A mecanização do trabalho causava a dispensa de diversos trabalhadores que reagiram destruindo as máquinas O principal movimento de destruição de máquinas foi o Ludismo e atingiu várias regiões da Inglaterra.


O Movimento Ludista teve o seu momento culminante no assalto noturno à manufatura de William Cartwright, no condado de York, em Abril de 1812. No ano seguinte, na mesma cidade, teve lugar o maior processo contra os ludistas: dos 64 acusados de terem atentado contra a manufatura de Cartwright, 13 foram condenados à morte e 2 a deportação para as colônias. Apesar da dureza das penas, o certo é que o movimento ludista não parou, dado que os operários viviam em péssimas condições.
O Ludismo enquanto prática de destruição de máquinas passou a ser cada vez mais hostilizado pelo patronato que recorreram aos parlamentos, visando a criação de leis mais severas para punir os envolvidos em revoltas. O Reino Unido que já possuía em sua legislação uma lei datada de 1721 que definia o exílio como pena máxima para a destruição de máquinas, em 1812 como resultado da oposição contínua a mecanização adotou o Frame-Breaking Act definindo a pena de morte para casos de destruição de máquinas.
A perseguição aos ludistas tornou-se implacável, com centenas de pessoas sendo presas e torturadas, dezenas de executados, industrial e a criação das primeiras trade unions (sindicatos) tornaram-se outros limitantes para o alcance e as possibilidades das revoltas ludistas, fazendo com que o ludismo entrasse em declínio em meados do século XIX.
O termo Ludismo é derivado de Ludd, sobrenome do operário que teria liderado o movimento de quebra-máquinas.


TRECHO DE UMA CANÇÃO LUDISTA: 
"Nós marchamos para realizar a nossa vontade
Com machado, lança ou fuzil
Meus valentes cortadores
Os que com apenas um só forte golpe
rompem com as máquinas cortadeiras".
A FORMAÇÃO DOS SINDICATOS
 A formação dos sindicatos remonta das corporações de ofício. As associações trabalhistas na Inglaterra foram proibidas de 1799 e 1800. Os sindicatos se tornaram ilegais, contudo muitos continuaram funcionando clandestinamente. Apenas em 1824, o funcionamento dos sindicatos deixou de ser ilegal e, em 1871 estas Associações foram efetivamente legalizadas.

O MOVIMENTO CARTISTA
 O cartismo foi o primeiro movimento de classe operária inglesa a reivindicar direitos políticos e a adquirir um caráter nacional. O movimento nasceu em Londres, e 1837, quando uma associação de trabalhadores enviou ao Parlamento a Carta do Povo, um documento em que requeriam, entre outras coisas, o voto secreto. A petição foi levada para assembleias de trabalhadores em todo o País e recebeu mais de um milhão de assinaturas. A recusa do Parlamento em aprovar a carta desencadeou uma onda de greves, manifestações e prisões.

 Por volta de 1840 o movimento cartista apresentou uma segunda petição, bem mais radical que a primeira. Este documento também exigia aumento nos salários dos operários e redução na jornada de trabalho, com mais de três milhões e trezentos mil assinaturas, mais da metade da população masculina inglesa da época.
 Aos poucos, as lutas operárias surtiram efeitos. As leis trabalhistas melhoraram as condições de trabalho nas fábricas e minas inglesas, além de fortalecer as lutas dos trabalhadores de outros países.



REFERÊNCIAS
FOCHI, Graciela Márcia. Cultura e sociedade na modernidade. Indaial: Uniasselvi, 2013.
SILVA, Fábio Luiz da; MUZARDO, Fabiane Tais; FOCHI, Graciela Márcia; SILVA, Thiago Rodrigo da. Cultura e Sociedade na Modernidade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2014.
APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá: Componente curricular História 8º ano. São Paulo: Moderna, 2007.
APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá: Componente curricular História 9º ano. São Paulo: Moderna, 2007.
MESQUITA, Fernando. A Revolução Industrial - As principais transformações da história da humanidade. 2015. Disponível em: http://cienciasnaturaisdinamica.blogspot.com.br/2015/06/a-revolucao-industrial.html, acesso em: 02/09/2016.
Ludismo. Disponível em: < http://www.suapesquisa.com/industrial/ludismo.htm>. Acesso em: 09 de setembro de 2016.
Ludismo. Disponível em: < https://pt.wikipedia.org/wiki/Ludismo>. Acesso em: 09 de setembro de 2016.
FREITAS, Eduardo, Terceira Revolução Industrial. Disponível em <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/geografia/terceira-revolucao-industrial.htm>. Acesso em 15 de setembro de 2016.

IMAGENS:

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...