A
MÁQUINA A VAPOR
A máquina a vapor, amplamente utilizada no
interior das fábricas modernas, foi aprimorada por James Watt (1736-1819) que se originou dos melhoramentos de um
modelo preexistente desenvolvido por T.
Newcome (1664-1729). Segundo G.N. Von Tunzelman, foi depois da
invenção de Newcome que a máquina se estabeleceu como modelo tecnológico usado na
drenagem da água nas minas de carvão.
Porém a máquina de Newcome tinha uma
deficiência significativa: seu consumo de combustível era alto, em razão da
necessidade de alternância de aquecimento e resfriamento do cilindro em cada
ciclo operacional.
Quando Watt iniciou seus trabalhos para
produzir as primeiras máquinas, encontrou muita dificuldade em conseguir
trabalhadores suficientemente precisos. Acabou recorrendo a habilidosos
trabalhadores em metal empregados na fábrica de Boulton e na fábrica de John
Wilkinson.
As transformações que a
máquina a vapor exigiu em termos de adaptações, por outro lado, permitiram a
criação/ aperfeiçoamento da energia que passou a acionar navios, locomotivas,
serrarias, máquinas de drenagem e outros. Como a máquina a vapor se transformou
gradualmente em um fator importante da produção, passou-se a prestar atenção no
que poderia torna-la mais econômica, reduzindo-se o gasto com vapor e
consequentemente com água.
O desenvolvimento da indústria mecânica
concentrada em grandes unidades produtoras teria sido impossível sem uma fonte
de energia. A solução foi encontrada num novo transformador de energia – a
máquina a vapor – que dependia da exploração, em escala extraordinária, do
carvão como fonte de energia. A eficiência era medida pelo trabalho feito pelo
consumo de um alqueire* de carvão.
*Alqueire:
Medida agrária variável
O poder mecânico das máquinas do século XVIII
estava tanto na transformação das forças naturais quanto no compartilhamento e
transferência do conhecimento de um local para o outro. As ideias mecânicas
foram a base da mensagem do domínio da natureza propagada nas conferências
científicas dadas em clubes, sociedades, salões e teatros ao longo desse século
na Inglaterra. Uma geração após Watt, o domínio do vapor conduziu a Inglaterra
ao posto de primeira nação industrial do mundo.
Existia muita preocupação por parte daqueles
que projetaram as primeiras máquinas a vapor em garantir que os benefícios
fossem assegurados, era imprescindível para gerar um nível aceitável de
confiança e consequentemente assegurar a viabilidade econômica de novos
empreendimentos. Diante disso os filósofos naturais do século XVIII estavam
interessados em aplicações industriais. O objetivo era construir máquinas para
revelar a medida de força, mas em última instância determinar o significado de
força.
O
TEAR MECÂNICO
Um dos principais setores no qual a Revolução
Industrial se processou foi a têxtil. O aprimoramento técnico foi uma das
principais vetores da revolução. Uma quantidade menor de funcionários, e uma
maior produtividade foram conquistadas com esta inovação.
O tear foi aprimorado por Edmond Cartwrighr
(1743-1823) por volta de 1785. A capacidade produtiva dos teares manuais
permitiu a confecção de mantas de tecidos na largura do comprimento que os
braços dos trabalhadores alcançavam.
A partir do tear mecânico foi possível ampliar
os tamanhos dos tecidos confeccionados, bem como combinar até oito fios ao
mesmo tempo, tornando as peças mais resistentes. Estima-se que esta máquina
conseguia corresponder e realizar ao trabalho que antes exigia a força braçal
de aproximadamente 200 funcionários.
Tear
Mecânico
A euforia e o entusiasmo dos industriais não
permitiam espaço para que se pensasse nas consequências em termos de produção
de lixo, resíduos, impactos e poluição ambiental/sonora e muito menos os
números de desempregos, miséria e exclusão social pelos quais seriam
responsáveis.
ENERGIA
ELÉTRICA
A eletricidade foi descoberta por
um filosofo grego chamado Tales de Mileto
que, ao esfregar um âmbar a um pedaço de pele de carneiro, observou que
pedaços de palhas e fragmentos de madeira começaram a ser atraídas pelo próprio
âmbar. Do âmbar (gr. élektron) surgiu
o nome eletricidade. No século XVII foram iniciados estudos sistemáticos sobre
a eletrificação por atrito, graças a Otto
Von Guericke. Em 1672, Otto inventa uma maquina geradora de cargas
elétricas onde uma esfera de enxofre gira constantemente atritando-se em terra
seca.
Durante o século XVIII as
maquinas elétricas evoluem até chegar a um disco rotativo de vidro que é atritado
a um isolante adequado. Uma descoberta importante foi o condensador, descoberto
independentemente por Ewald Georg Von
Kleist e por Petrus Van Musschenbroek.
O condensador consistia em uma
maquina armazenadora de cargas
elétricas. Eram dois corpos condutores separados por um isolante delgado.
Mas uma invenção importante, de
uso prático foi o para-raios, feito
por Benjamin
Franklin. Ele disse que a eletrização de dois corpos atritados era a
falta de um dos dois tipos de eletricidade em um dos corpos. Esses dois tipos
de eletricidade eram chamadas de eletricidade resinosa e vítrea. No ano de 1879, a criação da lâmpada incandescente
estabeleceu um importante marco nos sistemas de iluminação dos grandes centros
urbanos e industriais da época. Além do campo industrial e do trabalho,
os benefícios da energia elétrica foram percebidos a partir da possibilidade da
luz ao longo da noite e uma iluminação mais eficiente de ambientes internos e
externos.
REFERÊNCIAS
FOCHI,
Graciela Márcia. Cultura e sociedade na
modernidade. Indaial: Uniasselvi, 2013.
SILVA,
Fábio Luiz da; MUZARDO, Fabiane Tais; FOCHI, Graciela Márcia; SILVA, Thiago
Rodrigo Da. Cultura e Sociedade na
Modernidade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2014.
APOLINÁRIO,
Maria Raquel. Projeto Araribá:
Componente curricular História 8º ano. São Paulo: Moderna, 2007.
APOLINÁRIO,
Maria Raquel. Projeto Araribá:
Componente curricular História 9º ano. São Paulo: Moderna, 2007.
MASTER, Leo. História da Eletricidade. 2016. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fisica/historia-da-eletricidade/>.
Acesso em: 05/09/2016.
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