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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A Revolução Industrial #08 – Máquinas: Máquina A Vapor, O Tear Mecânico e a Energia Elétrica.




A MÁQUINA A VAPOR
 A máquina a vapor, amplamente utilizada no interior das fábricas modernas, foi aprimorada por James Watt (1736-1819) que se originou dos melhoramentos de um modelo preexistente desenvolvido por T. Newcome (1664-1729). Segundo G.N. Von Tunzelman, foi depois da invenção de Newcome que a máquina se estabeleceu como modelo tecnológico usado na drenagem da água nas minas de carvão.



 Porém a máquina de Newcome tinha uma deficiência significativa: seu consumo de combustível era alto, em razão da necessidade de alternância de aquecimento e resfriamento do cilindro em cada ciclo operacional.
 Quando Watt iniciou seus trabalhos para produzir as primeiras máquinas, encontrou muita dificuldade em conseguir trabalhadores suficientemente precisos. Acabou recorrendo a habilidosos trabalhadores em metal empregados na fábrica de Boulton e na fábrica de John Wilkinson.
As transformações que a máquina a vapor exigiu em termos de adaptações, por outro lado, permitiram a criação/ aperfeiçoamento da energia que passou a acionar navios, locomotivas, serrarias, máquinas de drenagem e outros. Como a máquina a vapor se transformou gradualmente em um fator importante da produção, passou-se a prestar atenção no que poderia torna-la mais econômica, reduzindo-se o gasto com vapor e consequentemente com água.
 O desenvolvimento da indústria mecânica concentrada em grandes unidades produtoras teria sido impossível sem uma fonte de energia. A solução foi encontrada num novo transformador de energia – a máquina a vapor – que dependia da exploração, em escala extraordinária, do carvão como fonte de energia. A eficiência era medida pelo trabalho feito pelo consumo de um alqueire* de carvão.
*Alqueire: Medida agrária variável
 O poder mecânico das máquinas do século XVIII estava tanto na transformação das forças naturais quanto no compartilhamento e transferência do conhecimento de um local para o outro. As ideias mecânicas foram a base da mensagem do domínio da natureza propagada nas conferências científicas dadas em clubes, sociedades, salões e teatros ao longo desse século na Inglaterra. Uma geração após Watt, o domínio do vapor conduziu a Inglaterra ao posto de primeira nação industrial do mundo.
 Existia muita preocupação por parte daqueles que projetaram as primeiras máquinas a vapor em garantir que os benefícios fossem assegurados, era imprescindível para gerar um nível aceitável de confiança e consequentemente assegurar a viabilidade econômica de novos empreendimentos. Diante disso os filósofos naturais do século XVIII estavam interessados em aplicações industriais. O objetivo era construir máquinas para revelar a medida de força, mas em última instância determinar o significado de força.

O TEAR MECÂNICO
 Um dos principais setores no qual a Revolução Industrial se processou foi a têxtil. O aprimoramento técnico foi uma das principais vetores da revolução. Uma quantidade menor de funcionários, e uma maior produtividade foram conquistadas com esta inovação.
 O tear foi aprimorado por Edmond Cartwrighr (1743-1823) por volta de 1785. A capacidade produtiva dos teares manuais permitiu a confecção de mantas de tecidos na largura do comprimento que os braços dos trabalhadores alcançavam.
 A partir do tear mecânico foi possível ampliar os tamanhos dos tecidos confeccionados, bem como combinar até oito fios ao mesmo tempo, tornando as peças mais resistentes. Estima-se que esta máquina conseguia corresponder e realizar ao trabalho que antes exigia a força braçal de aproximadamente 200 funcionários.

Tear Mecânico

 A euforia e o entusiasmo dos industriais não permitiam espaço para que se pensasse nas consequências em termos de produção de lixo, resíduos, impactos e poluição ambiental/sonora e muito menos os números de desempregos, miséria e exclusão social pelos quais seriam responsáveis.



ENERGIA ELÉTRICA 

  
 A eletricidade foi descoberta por um filosofo grego chamado Tales de Mileto que, ao esfregar um âmbar a um pedaço de pele de carneiro, observou que pedaços de palhas e fragmentos de madeira começaram a ser atraídas pelo próprio âmbar. Do âmbar (gr. élektron) surgiu o nome eletricidade. No século XVII foram iniciados estudos sistemáticos sobre a eletrificação por atrito, graças a Otto Von Guericke. Em 1672, Otto inventa uma maquina geradora de cargas elétricas onde uma esfera de enxofre gira constantemente atritando-se em terra seca.
 Durante o século XVIII as maquinas elétricas evoluem até chegar a um disco rotativo de vidro que é atritado a um isolante adequado. Uma descoberta importante foi o condensador, descoberto independentemente por Ewald Georg Von Kleist e por Petrus Van Musschenbroek. O condensador consistia em uma maquina armazenadora de cargas elétricas. Eram dois corpos condutores separados por um isolante delgado.
 Mas uma invenção importante, de uso prático foi o para-raios, feito por Benjamin Franklin. Ele disse que a eletrização de dois corpos atritados era a falta de um dos dois tipos de eletricidade em um dos corpos. Esses dois tipos de eletricidade eram chamadas de eletricidade resinosa e vítrea. No ano de 1879, a criação da lâmpada incandescente estabeleceu um importante marco nos sistemas de iluminação dos grandes centros urbanos e industriais da época. Além do campo industrial e do trabalho, os benefícios da energia elétrica foram percebidos a partir da possibilidade da luz ao longo da noite e uma iluminação mais eficiente de ambientes internos e externos.

REFERÊNCIAS
FOCHI, Graciela Márcia. Cultura e sociedade na modernidade. Indaial: Uniasselvi, 2013.
SILVA, Fábio Luiz da; MUZARDO, Fabiane Tais; FOCHI, Graciela Márcia; SILVA, Thiago Rodrigo Da. Cultura e Sociedade na Modernidade. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2014.

APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá: Componente curricular História 8º ano. São Paulo: Moderna, 2007.
APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá: Componente curricular História 9º ano. São Paulo: Moderna, 2007.
MASTER, Leo. História da Eletricidade. 2016. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fisica/historia-da-eletricidade/>. Acesso em: 05/09/2016.

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