A
Revolução Russa: Alternativa Ao Capitalismo
A Revolução
Russa, ou, a revolução bolchevique
de outubro de 1917, foi um dos mais
importantes episódios da história do século
XX. Ela deu início ao primeiro Estado de regime socialista: a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS). Com a criação da União Soviética começou, então, o conflito mundial
entre capitalismo e socialismo.
A revolução socialista nasceu de dentro da Primeira
Guerra Mundial. Em 1917, camponeses,
operários e soldados uniram-se pelo sentimento contra as consequências da
guerra: terras destruídas, fome no
campo e na cidade. A extrema pobreza
dos trabalhadores somada à derrota dos
exércitos russos no campo de batalha formaram o terreno fértil para o
levante popular que deu origem a Revolução Russa.
RÚSSIA
CZARISTA E A REVOLUÇÃO DE 1905
Antes da Revolução de 1917, estourou, em 1905, a
Rússia, nesse período, vivia sob o comando dos czares. Para governar, ele
contava com as alianças com a nobreza rural, a Igreja Ortodoxa, os militares,
os camponeses proprietários (chamados de Kulaks), os altos funcionários
e os poucos capitalistas donos de indústrias.
O título de czar
ou tsar era concedido aos
imperadores russos desde o século XVI, (origem
no nome do imperador romano Júlio César). O império era governado por uma monarquia absolutista,
centralizado na figura do czar, considerado o representante de Deus na Terra. A Rússia czarista era constituída,
majoritariamente, por camponeses (denominados de mujiques) e proprietários de terra, que constituíam 80% da
população. Até 1861, os camponeses viviam
sob o regime de trabalho servil.
Devido à grande extensão territorial, a Rússia era
formada por uma população culturalmente heterogênea, um conjunto de etnias
distintas, com diferentes línguas, tradições, religiões e costumes
a sociedade do imenso Império estava estruturada em torno
das tradições, da religião e do poder de uma nobreza proprietária de terras
parasitária. O poder tzarista, de
fato, apoiava-se em poderosas tradições e estruturas políticas e sociais.
Contudo, já deixa vários sinais que o não desenvolvimento, social e tecnológico,
estava trazendo efeitos ao regime, baixa produtividade, proprietários
endividados, miséria, fome...
Na década de
1890, contudo, a sociedade viveu um período de modernização urbana. As
cidades passaram a contar com indústrias e ferrovias (estrutura industrial
típica da Segunda Revolução Industrial), além do uso de eletricidade e de
produtos químicos. Contudo, a modernização da cidade convivia com o atraso no
campo e em ambos os mundos, urbano ou agrário, a situação dos trabalhadores era
precária.
O impulso modernizador das principais cidades da
Rússia: Moscou, São Petersburgo, Kiev e Odessa, foi acompanhado pelo rápido crescimento urbano e pelas condições de
exploração do trabalhador. Nesse ambiente citadino se constituíram, por sua
vez, grupos políticos contrários ao
absolutismo monárquico. A ideia de igualdade social (da Revolução Francesa) começou a se espalhar nas cidades pela voz
dos militantes *marxistas do Partido Operário Social-Democrata Russo
(POSDR), entre eles: Georgi
Plekhanov, Vladimir Ulianov (Lênin) e
Lev Bronstein (Trotsky).
Karl
Marx
se dedicou ao estudo do capitalismo e de
sua dinâmica interna. E o conceito de mais-valia está entre as principais teorias
de Marx para explicar a desigualdade
social no sistema capitalista. Mais-valia é a
apropriação, pelo capitalista, do valor de uma mercadoria que não é pago ao
operário que a produziu.
No segundo
congresso do POSDR, realizado na Bélgica
em 1903, houve uma divisão interna no partido em duas correntes: bolchevique
(termo que significa “maioria”). Os bolcheviques defendiam a luta armada para derrubar a monarquia absolutista e pregavam a
formação de um governo operário e camponês centralizado. Seu líder era Lênin. A
menchevique (termo que significa “minoria”) diferente dos primeiros,
tinham o objetivo de compor um
governo em aliança com a burguesia liberal. Os mencheviques
planejavam construir um país aos moldes das nações capitalistas da Europa ocidental. O
líder era Julius Martov.
No ano seguinte (1904) houve a guerra entre russos e
japoneses pelo território do nordeste da China – a Manchúria. A derrota
humilhante da Rússia nessa guerra contribuiu para reascender o
descontentamento do povo em relação ao governo de Nicolau II. A guerra
russo-japonesa terminou em 1905.
Nesse mesmo ano, teve início um grande levante popular que exigia reformas
profundas na estrutura política e econômica do Império Russo, suas solicitações consistiram em: reforma agrária, tolerância religiosa e participação de representantes do povo no governo.
No domingo do dia 9 de janeiro de 1905, na cidade de São Petersburgo (capital política e cultural do império), teve
início uma passeata organizada pelo padre George Gapon. Os manifestantes rumaram para o Palácio de Inverno de Nicolau II. Eram
cerca de 200 mil participantes,
entre operários, mulheres e crianças. A passeata era pacífica e festiva, mas foi entendida como uma afronta ao
império. O desfecho foi trágico. Cerca de 200 pessoas morreram naquele episódio que ficou conhecido como “Domingo Sangrento”.
Domingo
Sangrento
Esse massacre só fez aumentar o descontentamento
social. A luta operária, organizada pelos sindicatos clandestinos, exigia:
“liberdade de organização sindical, direito de greve, jornada de trabalho de 8
horas, férias, previdência social etc”. Para acalmar os ânimos, o imperador
Nicolau II convocou eleições para compor um parlamento, denominado Duma, que seria encarregado pela
elaboração de uma constituição para a Rússia.
No entanto, soldados
e marinheiros também haviam se rebelado
contra o império russo. No Mar Negro, os militares do encouraçado Potemkin fizeram um levante contra as péssimas condições em que se encontravam, pois faltava até comida no navio. Também
reclamavam de uma possível participação na guerra contra o Japão. O levante
virou tema de filme e propaganda soviética em 1925.
A Revolução de 1905 mostrou a capacidade de organização política dos trabalhadores.
Ali surgiram os primeiros conselhos de
operários, camponeses e soldados
– os sovietes,
que nasceram dos comitês de greve, esses
conselhos eram geridos pelos próprios trabalhadores.
. Não é de se espantar que os conselhos foram interditados
no regime czarista, mas, após a
revolução de outubro de 1917 passaram a compor a base do governo, tornando-se órgãos
deliberativos do Estado.
A
RÚSSIA NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL
A economia da Rússia não estava preparada para
suportar uma guerra tão extensa. A
produção agrícola ficou arrasada e os meios de transporte destruídos. O
resultado foi uma grande alta nos preços
dos alimentos. A maioria da população passou a enfrentar seus piores
inimigos: fome e frio.
A pequena fração
socialista que se opusera à guerra em 1914 começou a crescer, além de aumentar dia a dia o número de greves e
protestos, inclusive nas indústrias armamentistas. Na Alemanha e na Rússia
eclodiram os motins da fome, nos quais multidões saqueavam os depósitos
de alimentos.
Em 1917 a
guerra chega a um impasse, e os povos estavam fartos de um conflito que se
tornara um gigantesco e interminável massacre e gerava toda sorte de privações.
Deserções e insubordinação cresciam entre os soldados, apesar das punições e
dos fuzilamentos.
Então, da
mesma forma que a guerra russo-japonesa precipitou a revolução de 1905, a
Primeira Guerra Mundial preparou o terreno para a revolução de 1917. Além da inflação e desemprego, os laços que
uniam o povo ao czar se
enfraqueceram ainda mais com as manifestações populares de ideário socialista.
Antes da Rússia sair da Grande Guerra, o exército
russo foi forçado pelos alemães a recuar para o interior de seu próprio
império, sofrendo perdas enormes em homens e armamento, demonstrando sua falta
de organização e logística. Mesmo quando a munição era produzida com fartura,
as tropas eram mal supridas devido ao sistema de transporte inconfiável. A
ferrovia era incapaz de suprir tanto a frente de combate quanto as grandes
cidades. Em consequência, a capital, Petrogrado
(rebatizada de São Petersburgo para
parecer menos germânico), vivenciou grave escassez de comida e combustível ao
final de 1916 e os preços dispararam, fora de controle.
Além da crise econômica provocada pela guerra
mundial, o governo czarista sofria com o desprestígio
político de Nicolau II e de sua “sagrada família”. Enquanto o jovem príncipe Alexei Romanov padecia com a
hemofilia (doença hereditária que impede a coagulação sanguínea), corria o
boato que a bela czarina Alexandra
Feodorovna cometera adultério
com o religioso e místico conselheiro de Nicolau: Grigori Rasputin.
Tendo assumido o comando do exército em 1915,
Nicolau II levava a culpa pelas derrotas enquanto sua esposa Alexandra ficava encarregada
da capital. Em particular, eles confiavam no apócrifo homem santo, Rasputin, que parecia exercer estranha
influência sobre a aflitiva hemofilia do filho deles. Rumores sobre o
relacionamento da czarina com Rasputin e histórias autênticas sobre sua
corrupção juntaram-se às más notícias da frente de combate e das dificuldades internas
para desacreditar a família imperial. Em 30 de dezembro de 1916, um grupo de nobres organizou uma cilada, e Rasputin acabaria envenenado por
cianureto durante a refeição. Outras versões contam que o monge ingeriu
cianureto em quantidade para matar cinco homens, mas não morreu, sendo fuzilado
e ainda vivo foi jogado no rio, que estava parcialmente congelado. O
que, em todo o contexto, ajudou no desencadeando para a revolução.
As consequências da Primeira Guerra Mundial foram
devastadoras para o Império Russo e precipitaram a Revolução Russa. Foi o
“desabastecimento, as carências, a inflação, a escassez, a desorganização geral
da vida econômica, provações sem fim”, que submeteram o “patriotismo e a
paciência” da população russa “a duras provas”.
O clima de revolta invadiu São Petersburgo. Panfletos
pedindo a saída do czar do poder eram distribuídos nas ruas.
A
REVOLUÇÃO DE FEVEREIRO
O clima de efervescência política vivido na Rússia
nos anos da Grande Guerra resultou na deposição do czar Nicolau II, no dia 15 de março de 1917. O czar deixou o governo
após o movimento revolucionário de
fevereiro que aconteceu em Petrogrado.
Em 23 de
fevereiro, no Dia Internacional da
Mulher na Rússia, ocorreu uma série de manifestações populares na capital.
A reivindicação básica dos pobres da cidade era pão, e a dos operários entre
eles, melhores salários e menos horas de trabalho. A reivindicação básica dos
80% de russos que viviam da agricultura era terra. Só as operárias e os
operários grevistas somaram cerca de 90 mil manifestantes no primeiro dia de
manifestações. Três dias depois, elas e eles eram 240 mil. O movimento terminou
com a tomada do Palácio de Inverno no dia 27 de fevereiro.
O governo provisório foi formado, de fato, por dois
grupos. Membros da Duma Imperial e
membros mais moderados dos sovietes (conselhos de operários, camponeses e
soldados). A maior parte dos membros do grupo dos sovietes era formada pelos mencheviques
(planejavam construir um país aos
moldes das nações capitalistas), que defendiam a permanência da Rússia na
guerra. O governo provisório favoreceu a classe média (pequeno grupo de proprietários e capitalistas da Rússia).
Os revolucionários, entretanto, conquistaram algumas
de suas reivindicações, como a redução da jornada de trabalho para oito horas
diárias e a liberdade de manifestação política, que dava legalidade aos conselhos e associações de trabalhadores. Porém, o
pedido de retirar os exércitos da guerra não foi atendido. Com essa decisão, o
governo provisório perdeu popularidade e legitimidade. Quando o Governo
Provisório insistiu em lançar o exército na ofensiva militar em junho de 1917,
o exército estava farto, e os soldados camponeses voltaram para as suas
aldeias. Foi aí que o Partido Bolchevista conquistou mais militantes em sua
luta, para derrubar o governo liberal instaurado em 2 de março de 1917.
REVOLUÇÃO
DE OUTUBRO E O GOVERNO BOLCHEVIQUE
A divisão entre os sovietes e o Governo Provisório
se acentuou com o retorno de Lênin à
Rússia, em abril de 1917. Em assembleia do Partido Bolchevique ele apresentou
suas principais ideias políticas para a formação de uma república dos sovietes.
Suas proposições foram publicadas sob o título de “Teses de Abril”. Esse documento histórico sintetiza as principais reivindicações
do Partido Bolchevique em abril de 1917: paz imediata; reforma agrária; criação
de um banco nacional; governo formado pelos sovietes.
Vladimir Ilitch Uliânov (Lênin)
A proposta de Lênin de “todo poder aos sovietes” ganhou adeptos entre os principais conselhos
das cidades mais importantes do país. Em outubro de 1917, o partido dos bolcheviques
contava com cerca de 225 mil militantes e com uma milícia organizada, formada pelos
“Guardas Vermelhos”. No dia 6 de
novembro, Lênin e Trotski (que ingressou
no partido bolchevique em julho e comandava o soviete de Petrogrado)
comandaram um ataque bem sucedido ao Palácio
de Inverno.
Os sovietes assumiram o poder e foi, enfim,
decretado o armistício. A Rússia se retirou da Primeira Guerra
Mundial em 1917 e em março de 1918 assinou o acordo de paz. A Alemanha
impôs uma paz punitiva e humilhante à Rússia (tratado de Brest-Litovsk). Esse tratado de paz tirou da Rússia territórios
que comportavam um terço de sua população. Regiões férteis para agricultura e
mais da metade de suas indústrias e minas de carvão.
A saída da guerra foi acompanhada pelo confisco das
propriedades privadas dos nobres e da Igreja ortodoxa. Houve a separação entre
Igreja e Estado. O controle das empresas passou para a mão de operários
eleitos. Por sua vez, as empresas, fábricas e bancos passaram a ser controladas
pelo Estado. Também foi traçado um rígido plano de desenvolvimento econômico
que pretendia superar a guerra civil que se instalara no país em 1918.
Se os bolcheviques tomaram o poder com relativa
facilidade em outubro de 1917, o difícil foi manter o poder e organizar o
Estado. Nações capitalistas tramaram
acabar com a revolução, para isso enviaram tropas que tinham como missão tirar
os socialistas do governo. Os ataques contrarrevolucionários foram financiados
por diversos países. Estavam envolvidos: Inglaterra, França, Estados Unidos,
Japão, Polônia, Sérvia, Grécia e Romênia. O plano dos países estrangeiros de
tomar o poder resultou na Guerra Civil (1918 a 1920), que colocou frente a
frente o exército “branco” (estrangeiros e contrarrevolucionários russos) e o
“vermelho” (bolcheviques).
OS contrarrevolucionários, mesmo partindo em
retirada, destruíam o gado, as plantações, as ferrovias, e além disso, a Rússia
foi castigada pelo inverno de 1920-21, em que a produção agrícola este 1/3
menor que no período anterior à guerra.
Em decorrência da grave crise econômica provocada
pela Guerra Civil, o governo bolchevique adotou o “comunismo de guerra”: aboliu
as transações financeiras, para implantar uma economia baseada no confisco de gêneros agrícolas (cereais).
A estatização da economia e o trabalho compulsório nas
fábricas e no campo também decorreram desse plano.
O comunismo
de guerra promoveu a rápida passagem do sistema capitalista para o socialista.
Sem essa política autoritária teria sido difícil superar a grave crise
econômica de 1920 e, consequentemente, manter o governo bolchevique. Entretanto, terminada a guerra civil, o Partido
Bolchevique revogou as determinações mais radicais do comunismo de guerra. Iniciou-se
uma nova fase da história da Rússia com a Nova Política Econômica (NEP).
O partido de Lênin adotou algumas políticas
capitalistas para estimular a produção e reanimar a sofrida população russa.
Foram restituídas a propriedade privada da terra e a relação de mercado. Os
bolcheviques abandonaram as utopias sinistras do comunismo de guerra e a
militarização do trabalho.
A
FORMAÇÃO DA URSS E O STALINISMO
A União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas ou União Soviética constituiu-se por um grupo
de países (anteriormente territórios do
Império Russo) que se uniram para formar uma única entidade soberana. A URSS foi formada em 1922, no Congresso Panrusso dos Sovietes.
O poder político permaneceu centralizado em Moscou (1918
passou a ser a capital da Rússia) pelo Partido
Comunista (PC), o único partido legalizado naquele momento.
No mesmo ano de formação da União Soviética, Josef
Stalin foi nomeado, após a morte de Lênin em 1924, secretário-geral do PC. Stalin venceu a disputa com Trotsky pela
liderança do partido e deu um novo rumo para o socialismo soviético.
Imprimiu um governo burocrático e
totalitário que apostou no desenvolvimento nacional e no fechamento do país às influências externas.
Assim, a união e a luta do proletariado
do mundo em torno dos ideais socialistas, deu lugar ao socialismo nacionalista de Stalin, que
defendia a revolução socialista na União Soviética.
Cansados de esperar revoluções ocidentais, os
militantes, que sonhavam em transformar em rica e próspera uma Rússia até então
arcaica e miserável, foram mobilizados por Stalin. Sua teoria, conhecida mais
adiante como a “construção do socialismo
em um só país”, mesmo carente de refinamento teórico, cativou os quadros partidários,
que anteviam a Rússia como uma espécie de América
socialista.
Para colocar em prática o desenvolvimento industrial
em um país predominantemente agrário, foi implantado, no período stalinista, o primeiro plano quinquenal (1928-1932).Oo
governo teve que forçar os camponeses (kulaks) a produzir mais gêneros
agrícolas. A produção agrícola foi utilizada como elemento de troca comercial para
obtenção de maquinaria estrangeira.
Para aumentar a produção agrícola, foi adotada a
coletivização da terra, que seria propriedade do Estado (acabando com a propriedade privada). A coletivização do
campo gerou uma verdadeira guerra entre a população rural e o Estado. Os planos
quinquenais (foram cinco até 1955) e geraram um alto crescimento econômico. No
final de 1930, a União Soviética já era capaz de produzir máquinas automóveis,
tanques e aviões.
No plano político, o modelo impôs o partido único,
que, ao longo do tempo, transformou-se em Partido-Estado. Monopolizando todos
os postos da administração estatal e controlando as diversas instâncias da
sociedade civil, Na ideologia,
entretanto, o modelo soviético mostrou-se ainda mais opressivo. Impondo o
“marxismo-leninismo” como única maneira de pensar, crer e se comportar, qualquer
outra manifestação de ideias era condenada e criminalizada.
Mais ainda, instituiu-se, nesses anos, o que Moshe
Lewin define como “culto secular ao
Estado” processo que incluiu tanto a “santificação”
do território soviético e a exaltação da “Mãe
Rússia” quanto o culto à personalidade
do líder, homem que, pelo saber
e infalibilidade, todos deveriam
reverenciar. A polícia política e os campos
de concentração – o sistema Gulag -, por fim, completaram as instituições
do socialismo soviético.
Destaques
do Tópico:
Ø O
sistema czarista (absolutismo monárquico) estava apoiado na aliança com a
nobreza, a Igreja Ortodoxa, os militares e os camponeses proprietários
(Kulaks).
Ø O
movimento revolucionário de 1905 na Rússia lançou as bases de contestação ao
regime czarista. Ali surgiram os
primeiros sovietes, que eram conselhos geridos pelos próprios trabalhadores.
Ø Na
Revolução de Outubro de 1917, os bolcheviques derrubaram o governo provisório
para implantar as primeiras reformas socialistas. O principal líder da
revolução foi Lênin.
Ø A
guerra russo-japonesa precipitou a revolução de 1905 e a Primeira Guerra
Mundial preparou o terreno para a revolução de 1917.
Ø Após
a Revolução Russa iniciou a Guerra Civil entre o exército branco, formado pelos
países capitalistas, e o exército vermelho, formado pelos bolcheviques.
Ø As
políticas econômicas implantadas na União Soviética até a consolidação da
revolução socialista foram: o comunismo de guerra; a Nova Política Econômica
(NEP) e os planos quinquenais.
Ø A
União Soviética foi formada em 1922 por um conjunto de países que antes faziam
parte do império russo. A União Soviética representou a alternativa ao sistema
capitalista de 1917 a 1991.
REFERÊNCIAS:
Dauwe, Fabiano.
Sayão, Thiago Juliano. História Contemporânea.
Grupo Universitário Leonardo da Vinci. – Indaial : UNIASSELVI,2009.
IMAGENS:
capitalismo-x-socialismo-eterna-batalha-economia:
https://www.iped.com.br/_upload/content/2015/05/07/capitalismo-x-socialismo-eterna-batalha-economia.png
capitalismo-socialismo-diferencas: https://andradetalis.files.wordpress.com/2013/12/capitalismo-socialismo-diferencas.jpg
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